
AGÊNCIA CBIC
Copa e obras públicas exigem mais cimento
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24/06/2011 :: Edição 125 |
Jornal Diário do Nordeste – Online/CE- 23/06/2011 Copa e obras públicas exigem mais cimento
Cerca de um milhão de toneladas do material de construção devem ser comercializadas até o fim deste ano no Estado As obras de infraestrutura da Copa do Mundo, incluindo o Metrofor, além de outras iniciativas públicas, como o Minha Casa, Minha Vida e os hospitais estaduais no Interior, devem alavancar o consumo de cimento no Ceará, durante o próximo semestre. A expectativa é que as três empresas que fabricam no Estado – Apodi, Votorantim (Poty) e Nassau- vendam, ao todo, cerca de um milhão de toneladas do material de construção, segundo estimativa da Cooperativa da Construção Civil do Estado do Ceará (Coopercon -CE). O volume, entretanto, representa o limite de operação das fábricas para atender à demanda tanto da construção civil, quanto do varejo. De acordo com o presidente da Coopercon -CE, Marcos Novaes, ainda não está faltando cimento no mercado, mas a necessidade é crescente. Depois do "boom" da construção civil em 2009, houve uma previsão de falta, que se concretizou em 2010. Importação Uma das alternativas do setor foi importar cimento da Turquia e do Vietnã para suprir esse abastecimento. "Se não fosse a importação, hoje estaríamos sem cimento", afirma Novaes. Além desse aspecto, a importação tem servido para regular o mercado e segurar os preços, que tiveram pouca variação entre um ano e outro. Mais fábricas A necessidade projetou a concorrência entre as empresas. Tanto que, em maio, a Apodi começou a operar no Estado, com um sistema fabril de moageiras, no Pecém, produzindo 1,5 mil toneladas por dia. Agora, já está ampliando sua capacidade de produção em três vezes, com a construção de uma fábrica em Quixeré, prevista para 2014. A ideia é disponibilizar 4, 5 mil toneladas do produto diariamente. Também em ritmo de expansão, está a Votorantim, fabricante do cimento Poty. Já instalada em Sobral e no Pecém, ela estuda uma terceira unidade cearense, talvez na região do Cariri. Segundo a assessoria da empresa, a fábrica de São Luís, que tem sua construção em andamento, já é fruto do aumento do consumo no Nordeste, assim como também faz parte de uma "preparação para atuar em momentos de pico". Demanda elevada A previsão para o próximo ano é que esse consumo de cimento cresça mais 10% em todo o Estado, em relação ao momento atual. Com base nos números do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), somente em março, último mês pesquisado, o consumo no Ceará chegou a 141.205 mil toneladas. De lá para cá, após as chuvas, a Coopercon-CE garante que houve um aumento significativo. Em todo o Nordeste o volume consumido no mesmo mês foi de um pouco mais de 1,3 milhão de toneladas, e entre os três primeiros meses do ano, 3 milhões de toneladas. Parte disso, 116.772 mil toneladas, é oriunda de importação. Em todo o Brasil, ainda em março, foram produzidos quase 5 milhões de toneladas de cimento, sendo o Nordeste o segundo maior produtor no período, perdendo apenas para a região Sudeste, que ganha também em consumo, dentro do ranking nacional. De acordo com o Snic, a indústria de cimento é responsável por 23 mil empregos nacionalmente. |
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