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06/06/2011

Faltam profissionais para a finalização de imóveis

 

"Cbic"
 
06/06/2011 :: Edição 113

Portal Bem Paraná/BR – 06/06/2011

faltam profissionais para a finalização de imóveis


Gesseiro,
estofador, marceneiros, encanador e eletricista são profissionais em falta no
mercado

Fábrica
de gesso, em Contenda, na região metropolitana de Curitiba: de 12 para 29
funcionários em menos de um ano (foto: Valquir Aureliano)

O boom da
construção civil iniciado há quatro anos começa a chegar aos segmentos ligados
a um segundo momento, o da entrega dos compradores. Nos últimos 18 meses, encontrar
gesseiros, marceneiros e estofador virou um trabalho de garimpagem.
Estes profissionais, requisitados para preparar a finalização dos imóveis para
receber o novo dono, estão sendo disputados no mercado. Para se ter uma ideia,
em um ano (maio de 2010/ maio de 2011) 3.372 vagas foram ofertadas pela Agência
do Trabalhador e apenas 659 foram preenchidas. Neste número estão incluídas as
profissões de marceneiro, gesseiro, encanador, eletricista, carregador e
descarregador de caminhão de estofador, apontadas pelos arquitetos como as
essenciais na finalização da obra, com a decoração e composição da iluminação
dos ambientes.
O dilema da falta de mão de obra é generalizado. Para se ter uma ideia, a
distribuidora Gesso Stilo, para atender a demanda precisou ampliar o número de
trabalhadores de 12 para 29 pessoas. “E se fosse para atender a todos os
pedidos eu teria de ter uns 100 funcionários”, conta o proprietário José Neto
dos Reis. O empresário conta que, além dos imóveis residenciais, há um grande
número de escritórios ficando prontos. “A maioria dos imóveis corporativos são
tipos caixas e, para serem utilizados, os empresários usam muito as paredes de
drywall (paredes de gesso) e, como somos exclusivos da Knauf do Brasil, todas
as solicitações do Paraná e Santa Catarina, passam por nós”, diz.


Com uma unidade fabril em Contenda, na região metropolitana de Curitiba, o
consumo de gesso semanal para atender a demanda é de cerca de 175 toneladas por
semana. A matéria-prima para a produção das placas de gesso e das paredes
(drywall) vem do pólo gesseiro de Pernambuco (formado pelas cidades de
Araripina, Trindade e Ipubi), onde Neto tem uma fábrica na cidade de Araripina.

Outros setores que têm experimentado um aumento da demanda é o moveleiro e de
carpintaria. Segundo as informações do presidente do Sindicato da Indústria do
Mobiliário e Marcenaria do Estado do Paraná (Simov-PR), Luiz Fernando Tedeschi,
em 2010, o setor cresceu 15% e o número de vagas 10%. “Só não foi na mesma
proporção devido as dificuldades que estamos enfrentando para conseguir
preencher as vagas oferecidas pelas empresas”, revela. 


Na região de Curitiba, o Simov-PR representa 1.400 empresas que empregam cerca
de 10 mil pessoas. No Paraná, são 2.500 empresa onde atuam 30 mil
trabalhadores. “O número de empregos gerados na região de Curitiba é devido ao
nível de automação e também ao fato de que a maioria das empresas é micro, ou
seja, empregam menos pessoas”, conta.
Tedeschi conta que os prazos são reflexos da demanda do setor. Ele revela que as
pequenas e médias empresas têm trabalhado com um prazo de 30 a 60 dias para a
entrega dos móveis encomendados. Já as micro, formadas geralmente por um
marceneiro e um ou dois ajudantes, tem atuado com prazos maiores, que oscilam
entre 4 e 6 meses. “Mas a automação não resolve muito o problema da falta de
mão de obra, uma vez que na montagem e no acabamento não há equipamentos
capazes de substituir a mão de obra humana”, diz.
Esse é o caso do marceneiro José Leite, que tem a agenda comprometida até
novembro deste ano. Como não encontra mão de obra qualificada, Leite revela que
está investindo em maquinário e ampliou o horário do expediente. “Estamos
trabalhando das 7h30 às 20 horas, e nos sábados, até as 16 horas, e dependendo
do caso, às vezes até aos domingos”, conta.


Para Leite, houve um aumento de 30% na demanda pelos seus serviços. Ele conta
que trabalha com arquitetos, executando os móveis projetados para cada
ambiente. Atuando no segmento de móveis sob medida, Leite revela que antes os
pagamentos eram feitos em duas vezes — 50% na encomenda e 50% na entrega.
“Agora tem muita gente parcelando em até 4 vezes ou mais e, se você não
trabalhar assim, fica fora do mercado”, conta.


Mudanças — Um segmento que ainda não sentiu muito o reflexo dessa demanda é o
de transporte de mudanças. Segundo a empresa Curitibana Mudança, as pessoas que
estão se mudando para o primeiro apartamento não têm o costume de contratar o
serviço por conta do preço.  “No entanto, o segmento classe A tem
movimentado o setor, mas não chega a se configurar como um aumento”, conta a
proprietária da empresa, Carmem Giulian Sanguini.
A empresa trabalha com preços por hora e preço fechado. Para ter uma ideia de
quanto mais ou menos sai uma mudança de um apartamento de um quarto, oscila
entre R$ 800 a R$ 1000, dependendo da qualidade dos móveis e miudezas. “Quanto
mais caras e delicadas as peças, mais cara é a mudança”, diz Carmem.  “Por
isso, não podemos contratar qualquer trabalhador para trabalhar na embalagem e
transporte dos móveis”, conta.


"Cbic"

 

 

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