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AGÊNCIA CBIC

10/05/2011

Chávez busca projeto e dinheiro para habitação

"Cbic"
10/05/2011 :: Edição 094

Jornal do Commercio/BR – 10/05/2011

chávez busca projeto e dinheiro para habitação


VISITA – Presidente venezuelano passa por Brasília para incrementar relações
com governo Dilma e adota programa do Minha
Casa, Minha Vida
, vitrine petista

TATIANA SABADINI

O presidente venezuelano Hugo Chávez pode ter perdido um companheiro na
região, com a saída de Luiz Inácio Lula da Silva do cenário político, mas com
Dilma Rousseff no Planalto ele pode ganhar uma aliada até mais forte. Nos
últimos anos, o país se tornou o terceiro parceiro comercial do Brasil, e os
acordos bilaterais prometem intensificar ainda mais a relação. Hoje, o
mandatário venezuelano desembarca em Brasília para discutir novos projetos.

Entre eles, está a implementação do financiamento de casas para as famílias
mais pobres, uma versão do projeto do Minha
Casa, Minha Vida
– grande vitrine da governante brasileira durante a
campanha presidencial – para os venezuelanos, com o financiamento de bancos
brasileiros.

A visita de Chávez ao Brasil será breve. Ele chegou a Brasília na noite de
ontem e se encontra com Dilma hoje de manhã, no Palácio da Planalto. A
presidente brasileira resolveu deixar de lado a seriedade protocolar e convidou
o colega para um almoço mais íntimo no Palácio da Alvorada. O governante
venezuelano deve deixar a capital no meio da tarde, rumo ao Equador.

"Temos uma relação complexa com a Venezuela, e os acordos que temos não
ficam apenas no papel: é uma coisa muito concreta, que contribui para melhorar
a vida do povo", afirma o embaixador Antônio Simões, subsecretário-geral
do Itamaraty para América do Sul, América Central e Caribe.

Em fevereiro, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, fez uma
visita oficial a Caracas e assinou acordos nas áreas de habitação e de
agricultura, prévios à vinda de Chávez a Brasília. Brasil e Venezuela também
têm colaboração em tecnologia, infraestrutura e indústria.

O comércio bilateral movimentou US$ 4,6 bilhões em 2010, com saldo de US$
3,8 bilhões para o Brasil – o que corresponde a 15% do superávit apurado na
balança comercial.

Empresas brasileiras trabalham, por exemplo, na ampliação de linhas de metrô
de Caracas e na renovação do sistema de tratamento e abastecimento de água.

CASAS. Patriota teve agenda intensa na capital venezuelana.

Além de reunir-se com o colega Nicolás Maduro, encontrou-se com ministros de
outras pastas e com o próprio Chávez. O Brasil apresentou o projeto Minha Casa, Minha Vida e a Venezuela
aderiu ao modelo. "A vantagem é que não é um investimento apenas do Estado. Ele (Chávez) se interessou pela
ideia de pequenos empresários poderem investir em casas populares, de poder
colocar o sistema privado junto com o governo", explica Simões. A Caixa
Econômica Federal, que tem representações no país, deve aprofundar a operação
nos próximos meses e criar um sistema de financiamento similar ao do Brasil.

De acordo com o embaixador da Venezuela em Brasília, Maximilien Sánchez, a
questão da habitação é importante para o país, especialmente depois das chuvas
que deixaram centenas de desabrigados, no último ano. "Estamos aprendendo
com a Caixa Econômica Federal como ampliar o crédito imobiliário na Venezuela. Temos nos empenhado
incessantemente nessa questão, para dar melhor resposta possível à população
venezuelana, e o Brasil é um grande parceiro, com experiências muito
bem-sucedidas, que queremos ter como inspiração", garante o diplomata.

Projetos de cooperação agrícola se desenvolvem há alguns anos. Um escritório
da Embrapa ajuda em programas de agricultura familiar e distribuição de
sementes.

A Venezuela era um país agrícola até a descoberta de petróleo.

Depois disso, os empresários resolveram deixar o campo de lado e uma massa
invadiu as cidades em busca de emprego.

Hoje, o país importa 60% dos alimentos que consome.

"São
duas as demandas: o desenvolvimento do nosso setor agropecuário e o combate ao
latifúndio. É muito interessante o que ocorre hoje, no Brasil, onde o governo
dá prioridade aos pequenos produtores e às fazendas coletivas nas suas
compras", comenta Sánchez.



"Cbic"

 

 

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