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AGÊNCIA CBIC

10/07/2025

Inflação supera limite da meta e acende alerta para o cenário econômico, aponta CBIC

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/ Arquivo

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação oficial do país, subiu 0,24% em junho, segundo dados divulgados pelo IBGE. Com esse resultado, o IPCA acumula alta de 2,99% no primeiro semestre de 2025 e de 5,35% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta de inflação estabelecida para o ano.

A economista-chefe da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, alerta que, de acordo com as novas regras de metas inflacionárias em vigor desde janeiro, o Brasil já descumpre oficialmente a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “A nova sistemática considera o descumprimento da meta quando, por seis meses consecutivos, a inflação ultrapassa o intervalo de tolerância. Com os dados de junho, isso já ocorreu”, explica.

Em 2025, a meta de inflação é de 3,0%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, variando entre 1,5% e 4,5%. Desde janeiro, no entanto, o índice já vem registrando valores acima desse intervalo.

Entre os grupos que mais pressionaram o índice no mês estão Habitação, com alta de 0,99%, e Vestuário, com 0,75%. O maior impacto individual, porém, veio da energia elétrica residencial, que subiu 2,96% e sozinha respondeu por 0,12 ponto percentual do IPCA de junho. “A adoção da bandeira vermelha patamar 1 e os reajustes em capitais como Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro contribuíram para esse aumento”, destaca Ieda.

A economista também chama atenção para o cenário mais amplo da inflação. “Todos os nove grupos componentes do IPCA registraram variações expressivas nos últimos 12 meses, o que evidencia uma pressão disseminada sobre os preços”, observa. Ela cita, por exemplo, os aumentos em Alimentação e Bebidas (6,66%) e Educação (6,21%) como exemplos de pressões relevantes sobre o orçamento das famílias.

Para conter a alta dos preços, o Banco Central tem elevado a taxa básica de juros (Selic), que passou de 10,5% para 15% entre setembro de 2024 e junho de 2025 — o maior nível dos últimos 20 anos. Segundo Ieda, esse movimento tem efeitos sobre o consumo e o crédito, mas também impacta negativamente o ambiente de investimentos. “O aumento da taxa de juros ajuda a controlar a inflação, mas também encarece o crédito e desestimula novos projetos, especialmente no setor produtivo”, afirma.

Outro ponto de atenção para os próximos meses é a possibilidade de uma nova pressão inflacionária vinda do mercado externo. O governo dos Estados Unidos anunciou uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para o país, prevista para entrar em vigor em agosto. “Caso a medida se concretize, poderá gerar desvalorização do real, mais inflação e novos aumentos de juros, o que traria consequências negativas para a produção, o emprego e o crescimento da economia”, alerta a economista.

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