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AGÊNCIA CBIC

24/04/2025

Quintas da CBIC debate como tecnologia e IA podem impulsionar a construção civil na era da Reforma Tributária 

Em mais uma edição do Quintas da CBIC, realizada nesta quinta-feira (24), especialistas e lideranças do setor da construção civil se reuniram para discutir o tema “Eficiência, Inovação e IA na Indústria da Construção: como a tecnologia apoia as mudanças da Reforma Tributária e acelera a transformação do setor”. O evento, que contou com o patrocínio da Softplan, reuniu nomes de peso da indústria para um debate estratégico sobre os caminhos da modernização do setor. 

Participaram do encontro Eduardo Aroeira, vice-presidente da CBIC; José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC; Guilherme Quandt, diretor de Estratégia e Mercado do Ecossistema Sienge; e Fabrício Schveitzer, conselheiro de Estratégia do Ecossistema Sienge.  

A conversa destacou o momento de inflexão vivido pelo setor, em meio ao que os palestrantes definiram como uma “tempestade perfeita” de fatores estruturais e conjunturais. “Chegamos a um ponto de convergência de desafios: esgotamento do funding, envelhecimento da população e do trabalhador de obra, complexidade crescente da gestão. Isso tudo nos obriga a nos adaptar”, afirmou Fabrício Schveitzer. 

Para José Carlos Martins, a transformação do setor exige mais que feeling. “Não dá mais para operar com base em intuição. A informação é o único caminho para sairmos do amadorismo e atingirmos um padrão de profissionalização real”, ressaltou. Ele citou o IDI (Índice de Demanda por Imóveis), desenvolvido pela CBIC, como exemplo de como dados bem estruturados podem indicar com clareza onde estão as oportunidades de mercado. 

A complexidade gerada pela Reforma Tributária foi outro ponto central do debate. Na avaliação de Eduardo Aroeira, o novo sistema poderá estimular a industrialização da construção, trazendo ganhos de produtividade e redução de custos. “As informações existem, o desafio está em filtrá-las e estruturá-las. A reforma, com o sistema de compensação de créditos, tende a baratear formas industrializadas de construção”, explicou. 

Nesse contexto, a inteligência artificial desponta como aliada estratégica. Guilherme Quandt destacou que já existem soluções acessíveis e prontas para uso imediato. “É possível automatizar desde rotinas administrativas até o atendimento ao cliente com ferramentas baseadas em IA. 80% dos chamados nas incorporadoras são para emissão de segunda via de boletos, algo que hoje pode ser resolvido por WhatsApp, sem intervenção humana”, exemplificou. 

Schveitzer complementou que, além das aplicações operacionais, a IA pode ser decisiva em simulações complexas de cenários. “Estamos num ponto em que quem tem dados estruturados e sabe usar essas ferramentas sai na frente. A IA pode democratizar o acesso à análise sofisticada, mesmo sem grandes equipes”, avaliou. 

A necessidade de separar a disciplina de produto da disciplina de projeto também foi enfatizada pelo conselheiro do Sienge. Para ele, “produto é negócio, projeto é processo. As empresas precisam entender essa diferença para usar melhor as ferramentas de mercado e dados”. 

O evento também apontou a industrialização como vetor de ESG (ambiental, social e governança). Segundo José Carlos Martins, “a governança melhora quando você passa a calcular o componente, e não o metro cúbico de concreto. A fábrica entrega no dia certo, no custo certo, e isso torna o processo mais previsível”. Ele defendeu ainda que a industrialização, além de reduzir perdas e melhorar o ambiente de trabalho, favorece a implementação de boas práticas de governança. 

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