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AGÊNCIA CBIC

14/04/2025

Cimento e concreto permanecem como pilar da tecnologia na construção do Brasil

A tecnologia do setor da construção, com foco na utilização de cimento e concreto foi o tema para um dos últimos debates do Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC), em São Paulo, na tarde da sexta-feira (11/04). A discussão destacou como soluções inovadoras baseadas em cimento e concreto estão otimizando processos, reduzindo prazos e elevando a qualidade das edificações em todo o país. Promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o evento acontece em conjunto com a 29ª edição da Feicon, no pavilhão 8 da São Paulo Expo.

Moderado por Eduardo Aroeira Almeida, vice-presidente Financeiro da CBIC, o painel reuniu especialistas de grandes construtoras e instituições do setor: Daniel Katz, CEO da Katz Construções; Diego Ciola Esteves, head de Engenharia e Operações Off-Site da MRV&CO; Paulo Koelle, diretor da Stone Pré-fabricados; e Valter Frigieri, diretor de Planejamento e Mercado da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Na abertura, Aroeira ressaltou a urgência de modernizar o setor, especialmente neste momento de retomada do crescimento. “A produtividade é o grande desafio da construção brasileira, e as soluções baseadas em cimento e concreto têm se mostrado fundamentais para tornar o setor mais eficiente e competitivo. Precisamos olhar para o futuro com foco em industrialização, sustentabilidade e inovação”, afirmou.

Daniel Katz apresentou a impressão 3D em concreto como uma inovação promissora, especialmente para obras de pequeno porte e habitação social. “Com a impressão 3D, conseguimos reduzir drasticamente o tempo de obra e o desperdício de materiais. Essa tecnologia está revolucionando a forma de construir, principalmente em regiões que demandam soluções ágeis e de baixo custo”, explicou. Ele citou como exemplo uma moradia construída para a CDHU, do Governo do Estado de São Paulo: foram apenas quatro dias para a impressão das peças, dois para a montagem e um total de 20 dias até a entrega final.

O Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC) é uma realização da CBIC, em parceria com a RX | FEICON, apoio do Sistema Indústria e correalização com SESI e SENAI. O evento conta com o patrocínio oficial da Caixa Econômica Federal e Governo Federal, além do patrocínio da Saint-Gobain, no Hub de Sustentabilidade e Naming Room de Sustentabilidade; do Sebrae Nacional, no Hub de Inovação, e da Mútua, no Hub de Tecnologia. Também são patrocinadores do ENIC: Itacer; Senior; Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, Associação Brasileira das Indústrias de Vidro – Abividro, Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – Abrafati, Anfacer, Sienge, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex Brasil, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo – CAU/SP; Multiplan; Brain; COFECI-CRECI; CIMI360; Esaf; One; Agilean; Exxata; Falconi, Konstroi; Mais Controle; Penetron; Seu Manual; Totvs; Unebim, Zigurat; Yazo.

Ganho de escala – Diego Ciola compartilhou a experiência da MRV&CO com kits pré-montados e sistemas off-site, que transferem parte significativa da obra para o ambiente industrial. “Estamos industrializando o canteiro de obras. A adoção de kits hidráulicos, elétricos e estruturais traz mais previsibilidade, qualidade e segurança ao processo construtivo”, pontuou. No entanto, ele destacou a escassez de mão de obra qualificada como um obstáculo, e mencionou a solução inovadora da empresa: parcerias público-privadas que viabilizaram a instalação de fábricas de kits dentro de presídios.

Paulo Koelle apresentou cases de fachadas pré-fabricadas em concreto, evidenciando os ganhos em escala e acabamento. Dependendo do tipo de concreto utilizado, é possível criar painéis vazados, curvos ou até torcidos e que podem deixar a construção mais leve. “A pré-fabricação é o caminho mais eficiente para padronizar a qualidade e encurtar os cronogramas. Além disso, reduz o impacto ambiental do canteiro”, destacou.

Valter Frigieri, da ABCP, reforçou o papel estratégico do cimento e do concreto na agenda de inovação do setor, principalmente em projetos com foco em sustentabilidade. “Esses materiais têm versatilidade e desempenho técnico que permitem inúmeras aplicações inteligentes. Quando aliados à tecnologia, tornam possível avançar em produtividade sem abrir mão da sustentabilidade”, concluiu.

Com demonstrações práticas e relatos de experiências bem-sucedidas, o painel reforçou a mensagem de que o futuro da construção passa pela industrialização e pelo uso inteligente de materiais tradicionais em processos inovadores, sem perder de vista de que o cimento e o concreto continuam sendo a base da construção — mas é a inovação que definirá como vamos construir o Brasil do futuro.

O painel faz parte das ações do projeto Construção 2030, da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da CBIC, presidida por Dionyzio Klavdianos, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). A iniciativa tem como objetivo acelerar a modernização tecnológica do setor e alinhar a construção civil brasileira às melhores práticas internacionais.

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