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14/04/2025

Requalificação em IA gera soluções para a escassez de mão de obra

“A inteligência artificial está turbinando e potencializando a capacidade da engenharia, e é necessário que o setor beba da sabedoria de quem já está fazendo essa revolução.” Foi assim que Ilso de Oliveira, vice-presidente de Obras Industriais e presidente da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), deu início ao painel Inteligência Artificial: Acelerando a Engenharia e a Capacitação Profissional, realizado na tarde da sexta-feira, durante o Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC). Promovido pela CBIC, o evento acontece em conjunto com a 29ª edição da Feicon, no pavilhão 8 da São Paulo Expo até 11 de abril.

“Precisamos entender como a IA pode incorporar a automação das atividades repetitivas do nosso setor. Sabemos que isso já vem sendo utilizado por algumas empresas. Não estamos olhando apenas para o problema da mão de obra escassa, mas também para questões de sustentabilidade, inovação e, acima de tudo, para a valorização do ser humano, que precisa se manter relevante para o mercado de trabalho”, provocou Marcos Mauro Moreira Filho, vice-presidente da CBIC para a região Sul.

O executivo pontuou que, diante da crise de escassez de mão de obra na construção em nível mundial, é primordial que o setor aprenda a realocar talentos. Por isso, a inteligência artificial tem papel essencial ao ajudar as empresas a utilizar seus profissionais de forma mais eficiente.

O Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC) é uma realização da CBIC, em parceria com a RX | FEICON, apoio do Sistema Indústria e correalização com SESI e SENAI. O evento conta com o patrocínio oficial da Caixa Econômica Federal e Governo Federal, além do patrocínio da Saint-Gobain, no Hub de Sustentabilidade e Naming Room de Sustentabilidade; do Sebrae Nacional, no Hub de Inovação, e da Mútua, no Hub de Tecnologia. Também são patrocinadores do ENIC: Itacer; Senior; Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP, Associação Brasileira das Indústrias de Vidro – Abividro, Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – Abrafati, Anfacer, Sienge, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos – Apex Brasil, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo – CAU/SP; Multiplan; Brain; COFECI-CRECI; CIMI360; Esaf; One; Agilean; Exxata; Falconi, Konstroi; Mais Controle; Penetron; Seu Manual; Totvs; Unebim, Zigurat; Yazo.

Aprender para perseverar – “Quem não aprender inteligência artificial será substituído em um ou dois anos. Hoje, é possível que uma única pessoa opere com a capacidade de uma empresa inteira. E, na indústria da construção, essa tecnologia pode ser aplicada em canteiros de obras, estruturação e planejamento, compras, orçamentos, vistorias de recebimento, manuais técnicos, áreas comercial e jurídica, além de projetos”, afirma Helbert Costa, CEO da Adalink.

Segundo Costa, algumas construtoras já estão refazendo seus planejamentos por meio de aplicativos de mensagens. “Com um único comando, o sistema refaz o plano, os cronogramas de arquitetura e engenharia e realoca pessoas.” O CEO alerta que, para se manter relevante no mercado, cada profissional deve buscar capacitação por iniciativa própria. “Não importa se a empresa oferece recursos de IA aos colaboradores — cada pessoa da equipe precisa ser mais produtiva do que antes. Já existem ferramentas gratuitas que elevam o patamar de produtividade individual.”

Para os interessados nesse campo, ele recomenda começar reconhecendo o potencial da IA e entendendo o que ela pode ou não fazer. “A IA não vai conseguir fazer 100% de uma atividade, mas faz 70%. Não procure uma IA para fazer o seu trabalho — busque uma que potencialize sua entrega. Use-a de forma inteligente, suprindo uma falha sua”, destaca.

Do ponto de vista da educação, a transformação gerada pela inteligência artificial é imensa. Essa tecnologia deve ser vista como um complemento, e não uma substituição. No entanto, sem capacitação, ela não será eficaz. A requalificação e o upskilling são urgentes no setor. “A IA permite um aprendizado personalizado. Não é preciso aprender tudo — basta aquilo que será usado para desenvolver sua atividade”, explica Felipe Morgado,

superintendente de Educação Profissional e Superior do SENAI. Ele conta que o SENAI já contabiliza mais de 90 mil matrículas nessa área e que, com isso, foi possível observar ganhos de produtividade acima de 60% em empresas que apostam na qualificação de seus colaboradores.

Como contraponto, Morgado trouxe dados de uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), que revelam que, entre 2021 e 2023, o setor da construção diminuiu o uso de IA. Contudo, as empresas que a utilizaram registraram aumento de 14% a 15% na produtividade e redução de 4% a 6% nos custos. Isso porque a tecnologia auxilia na otimização de processos e recursos, previsão de riscos e oportunidades, automação de tarefas repetitivas e apoio a decisões complexas. “Portanto, a empresa que investe em capacitação vê resultados.”

O tema está alinhado ao projeto “Sustentabilidade das Empresas de Obras Industriais e Corporativas”, da COIC/CBIC, com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Nacional).

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Abril/2025

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