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AGÊNCIA CBIC

12/08/2011

83° Enic: Redução de resíduos da construção é tema de debate do encontro

 Palestrantes criticaram sistema de fiscalização e desperdício de materiais no canteiro de obras

Ontem, dia 11 de agosto, durante o segundo dia do 83° Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) – que acontece no World Tarde Center (WTC), em São Paulo – foram realizados diversos painéis e debates na Comissão do Meio Ambiente (CMA) da CBIC. O Painel de "Resíduos da Construção" foi mediado pelo consultor técnico do Sinduscon-MG, Roberto Matozinhos, e contou com apresentações da professora doutora Raquel Naves Blumenschein, membro da LACIS/FAU/UnB, do consultor técnico do Ministério do Meio Ambiente e do Sinduscon-SP, Tarcísio de Paula Pinto, e do analista ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Sergio Antônio Gonçalves.

Na abertura do encontro, o consultor Roberto Matozinhos ressaltou a preocupação do setor no desenvolvimento de programas que visam à redução de resíduos nos canteiros de obras, mesmo sem haver uma imposição legal que exija a adoção de tais práticas. "O trabalho de redução de resíduos deve ser iniciado muito antes de eles existirem. A indústria da construção está caminhando para a implantação de práticas ambientais sustentáveis, que contemplam planejamento, descarte adequado e reutilização de materiais", observou.

Segundo a professora Raquel Naves Blumenschein, 37% dos municípios já possuí uma legislação adequada, porém a fiscalização ainda é falha: "Existe uma ineficiência do sistema de fiscalização do descarte de produtos. Além disso, hoje, grande parte dos resíduos não é reaproveitada. É preciso intensificar a parceria com fornecedores para que os materiais sejam coletados corretamente e também aumentar os índices de reciclagem dos excipientes da construção", destacou Blumenschein.

Já o analista do Ministério do Meio Ambiente, Sergio Antônio Gonçalves, abordou questões relacionadas aos resíduos sólidos no Brasil, indicando que muito além de um problema ambiental, esta é uma questão de caráter social e econômico. "Resíduo tem valor econômico. É preciso chamar a atenção da sociedade para os catadores de materiais, por exemplo. Devemos ter consciência da importância desta atividade, oferecendo oportunidades dignas de trabalho. Essas pessoas ajudam a reduzir o lixo nas cidades e incentivam a reciclagem de muitos produtos", ressaltou o analista.

Por fim, o consultor técnico do Ministério do Meio Ambiente e do Sinduscon-SP, Tarcísio de Paula Pinto, apresentou uma série de exemplos bem sucedidos de empresas que se preocupam com a redução de resíduos da construção. "O projeto da CODASP (Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo), que usa resíduos urbanos para fazer a manutenção de estradas vicinais, como na cidade de Piracicaba, em São Paulo, é um bom exemplo de conscientização socioambiental", concluiu.

Estima-se que a coleta de resíduos na área urbana do país atinja quase 100%, no entanto, poucos municípios possuem coleta seletiva abrangente e apenas 7% dos municípios apresentam um manejo diferenciado dos resíduos da construção. Desta forma, faz-se necessária maior gestão de qualidade e fiscalização quanto à destinação adequada destes materiais.

Fonte: Sinduscon-SP

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