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AGÊNCIA CBIC

26/09/2011

Passos para cumprir uma agenda verde

"Cbic"
26/09/2011 :: Edição 184

 

Jornal Valor Econômico/BR 26/09/2011
 

Passos para cumprir uma agenda verde

Setor adota práticas para reduzir o impacto como consumidor de recursos naturais e grande poluidor

 
 A construção civil é um dos principais motores da economia brasileira. Sua cadeia produtiva movimenta R$ 224 bilhões e é responsável por 8,3% do PIB nacional e mais de 10 milhões de postos de trabalho, segundo dados de 2009 da Fundação Getulio Vargas (FGV). Mas, por outro lado, é também um dos setores que mais impactos causam ao meio ambiente. Consome 75% dos recursos naturais e 44% de toda a energia utilizada no país, sendo 22% apenas em instalações residenciais. Estima-se que o setor também gere 35% a 40% de todo o resíduo produzido pela atividade humana e que a construção e reforma de edifícios produzam anualmente cerca de 500 quilos de entulho por habitante. Só a produção de cimento responderia por quase 9% de todo o dióxido de carbono (CO2) emitido no Brasil. Por isso, a palavra de ordem no setor hoje é "sustentabilidade". Ciente de sua importância, a indústria da construção decidiu que,a partir de agora,vai avançar com uma agenda efetiva de práticas sustentáveis e inovação de materiais.
 O primeiro passo nessa direção foi dado em agosto, quando a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou o Programa Construção Sustentável. Elaborado por um conselho estratégico formado por representantes das mais diversas áreas do setor, do poder público, da sociedade civil e de movimentos sindicais, o documento aborda sete temas prioritários – água, desenvolvimento humano, energia, materiais e sistemas,meio ambiente e infraestrutura,mudanças climáticas e resíduos -e detalha as ações que deverão ser realizadas para que a construção civil evolua de forma sustentável, dentro do tripé ambiental, social e econômico. "O Programa Construção Sustentável mostra que esse caminho é mais do que viável:é inevitável", diz o estudo.
 "Esta é a primeira iniciativa que se faz de forma organizada e completa, pensando o setor como um todo", afirma Paulo Safady Simão, presidente da CBIC. "Precisamos de inovação tecnológica aliada à sustentabilidade. Essa é a nossa prioridade para os próximos anos", destaca. "Primeiro, vamos acelerar a construção sustentável, que está mais avançada do que a inovação. Pretendemos desenvolver internamente as empresas e externamente a sociedade, com um trabalho educativo. Vamos colocar o tema em debate no país." Segundo Simão, o maior desafia é dar acesso às práticas sustentáveis a todas as empresas do setor, envolvendo também as pequenas nesse processo."É uma tarefa complicada, porque temos 170 mil empresas formais, 90% delas micro e pequenas, e quase outro tanto de empresas informais."
 Uma iniciativa para ajudar a reverter o quadro atual já está sendo colocada em prática. Trata-se da criação do primeiro Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (Pisac), fruto de parceria entre o setor produtivo, a Universidade de Brasília (UnB), o governo e a empresa inglesa Building Research Establishment (BRE), com mais de 90 anos de experiência em desenvolvimento de pesquisa e inovação na área da construção civil. O parque tecnológico, que deverá ser inaugurado em 2012 em terreno cedido pela UnB, terá como missão principal ampliar as fronteiras da sustentabilidade no Brasil. Com orçamento inicial previsto de R$ 15 milhões, o parque terá um fundo de inovação a serviço das empresas que queiram investir em sustentabilidade, com pesquisa e teste de novos produtos.
 "A instalação do parque tecnológico e os Jogos Olímpicos em 2016 são excelentes oportunidades para o Brasil alavancar suas expertises e desenvolver soluções para o país", afirmou Peter Bonfield, chefe-executivo do BRE, durante encontro nacional sobre construção civil no Brasil, em agosto.Bonfield é engenheiro Ph.D. em energia do vento e responsável pelos projetos sustentáveis para a Olimpíada de Londres em 2012, que reconstruíram e reflorestaram uma área degradada na região leste da capital inglesa. "Uma pergunta que deve ser respondida é como os futuros prédios a serem construídos no Brasil, e também os já existentes, podem se adaptar às técnicas sustentáveis e contribuir para um uso eficiente do meio ambiente", destaca Bonfield. "A sociedade precisa de casas, hospitais, escritórios, parques. O Pisac será um espaço voltado à busca de tecnologias e procedimentos para que estes e outros locais possam ser inseridos em uma cultura de sustentabilidade, de maior eficiência para toda a população."
 "Com a disseminação do Programa Construção Sustentável e a criação do parque tecnológico vamos ter uma boa arrancada a partir do ano que vem", prevê Simão. "E o governo, como grande comprador que é, tem participação importante nesse processo. Vai ter de exigir de seus fornecedores o uso de materiais e técnicas sustentáveis.lsso tem de se tornar normal." Segundo ele, é preciso aproveitar a boa fase do setor para mudá-lo de patamar. "Vamos ter de introduzir novos mecanismos, procedimentos e inovações para dar conta da realidade que vem por aí. No estágio que estamos não vai ser possível seguir. Em termos de crescimento, a construção civil não tem do que reclamar. Desde 2005, a atividade vem em ritmo forte de expansão, que culminou com um salto em valores correntes no PIB do setor de 22,27% em 2010, quando movimentou R$ 165, 25 bilhões, ante R$ 135,15 bilhões em 2009, segundo a FGV."Isso representou um crescimento real, deflacionado pelo INCC, de 13,45%", afirma Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos e especialista na área de construção civil na FGV.
 "O ano de 2010 foi de crescimento "chinês" para o setor, o melhor resultado em 25 anos." Segundo ela, o excepcional salto se deveu, entre outros fatores, ao fato de o governo ter respondido à crise financeira mundial de 2008 com medidas anticíclicas, como o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), da CEF, que teve impacto muito grande no PIB do setor em 2010, período auge das contratações.
 "Além dos investimentos, o crédito imobiliário em expansão atingiu R bilhões. Apenas da poupança foram R$ 56 bilhões, 70% acima em relação a 2009", contabiliza Ana Castelo. "Neste ano, os recursos para financiamento habitacional podem chegar a R5 bilhões, mais de 30% superior ao total de 2010." Embora o crédito imobiliário represente apenas 5% do PIB brasileiro, a especialista da FGV lembra que
 ele cresceu muito em pouco espaço de tempo. "Se considerarmos os recursos do FGTS e poupança direcionados ao financiamento habitacional, houve crescimento de oito vezes no período entre 2004 e 2010." Ela lembra, porém, que essa fonte de recursos não conseguirá manter o ritmo de expansão por muito tempo, já que o índice de crescimento dos depósitos em poupança, por exemplo, tem sido inferior ao do financiamento.
 Mas a indústria da construção tem ainda muito fôlego para os próximos anos. Segundo a FGV, no PAC 2 estão destinados R$ 959 bilhões até2014 para obras de infraestrutura. Só os dois grandes eventos esportivos programados no país até 2016 – Copa do Mundo e Olimpíada – exigirão quase R$ 60 bilhões em infraestrutura. "Graças ao PAC, o investimento em infraestrutura passou a crescer acima de 10% ao ano, passando de R$ 59 bilhões em 2003 para R$ 131 bilhões em 2009", compara Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). "Em 2011, devemos atingir R$ 160 bilhões." Outros R8, 2 bilhões estarão direcionados à moradia popular para financiamento de imóveis para famílias com renda até dez salários mínimos até 2014. "O setor deve crescer bastante nos próximos dez anos e acredito que o MCMV vai dar conta de superar em seis anos o déficit habitacional do país de 5,6 milhões de moradias, 80% delas voltadas para a baixa renda", prevê Simão, da CBIC.
 O setor também tem atraído cada vez mais recursos do exterior. Em 2010, o ingresso de investimentos estrangeiros diretos no país voltados para atividades imobiliárias foi de US$ 1,12 bilhão, volume superado no período de janeiro a julho deste ano, quando atingiu US$ 1,14 bilhão, segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet). A construção de edifícios atraiu US$ 709 milhões em 2010, comparado aos US$ 701 milhões nos primeiros sete meses deste ano. Nos mesmos períodos, os aportes estrangeiros em serviços de arquitetura e engenharia foram de US$ 307 milhões e US$ 218 milhões, respectivamente.
 Com tantos fatores positivos, é natural que o setor se volte agora para a pauta da sustentabilidade, que entrou em voga depois da Rio 92, porém sem grandes progressos práticos. "A Europa tem avançado muito na questão do padrão mínimo de eficiência energética. Embora o Brasil esteja mais atrasado nessa questão, ele está muito adiantado em energia renovável, com 80% da energia gerada em hidrelétricas e metade do combustível usado em carros é álcool, ambos com pouco impacto em efeito estufa", analisa Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro da Construção Sustentável (CBCS). "Europa e Estados Unidos estão longe disso. Quem tem ganhado terreno nessa questão é a China, que no ano passado instalou 15 mil heliogeradores; no Brasil foram apenas 200."
 Takaoka foi eleito neste ano presidente do Conselho da Unep SBCI (Sustainable Buildings and Climate Iniciative), criado em 2006 pela ONU ao perceber, segundo ele, que o setor da construção civil é o que mais tem oportunidade de melhorar a eficiência e reduzir a emissão de gases de efeito estufa e os gastos no ciclo dos edifícios. "Isso porque pelo menos 30% da energia consumida no mundo passa pelas edificações", diz Takaoka. "Precisamos de nos conscientizar de que a cada dia temos uma fatia menor do planeta para cada um de nós."
 O presidente do CBCS acredita que nos próximos 20 anos a construção brasileira vai avançar bastante em sustentabilidade. Mas, hoje, ela ainda é pouco presente no setor. "Apenas 1% a 2% dos edifícios em construção no país contam com algum aspecto de sustentabilidade" observa Takaoka. "O segmento mais conscientizado é o de corporações, que sabe que construções sustentáveis são mais econômicas em termos de condomínio. A economia neste caso chega a 30% só trabalhando aspectos de água e energia. Se for além, com materiais mais fáceis de utilizar e limpar, ao longo de 30 anos da vida útil de um prédio antes de sofrer uma reforma, isso significa uma montanha de dinheiro em economia.
 Uma das referências na área corporativa é o Complexo JK, centro empresarial com trés torres e shopping center de luxo na capital paulista da construtora WTorre. O principal edifício, a Torre São Paulo, antigo esqueleto da Eletropaulo e hoje sede do banco Santander, é uma síntese das técnicas sustentáveis que a construtora vem adotando. Entre elas, destacam-se o sistema de ar condicionado a gás, reaproveitarnento da água de chuva, do lençol freático e do dreno do ar condicionado e sistema de esgoto a vácuo com economia de 90% da água em relação ao convencional, além de vidros de alto desempenho na fachada que retém o calor no lado externo. Por adotar uma série de práticas ambientalmente corretas, o JK ganhou certificação Gold do LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), selo concedido pela United States Green Buiding Council. "Uma marca da nossa empresa é a inovação", afirma Francisco Caçador, diretor da WTorre Properties. "Estamos desenvolvendo uma área total de 500 mil metros quadrados em São Paulo e Rio e todos os edifícios contarão com técnicas sustentáveis."
 Empresas de infraestrutura também se voltam para a sustentabilidade. "As práticas sustentáveis fazem parte da gestão de obras da companhia e são reproduzidas em todos os seus empreendimentos", enfatiza Kalil Farran, gerente de sustentabilidade da Camargo Corrêa, com receita liquida de R$ 6 bilhões em 2010 na divisão Engenharia e Construção, que tem entre suas obras em execução a hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o mineroduto Minas-Rio e a ponte sobre o Rio Negro, em Manaus. A Camargo Corrêa é a primeira empresa brasileira de construção pesada a adotar um plano para a gestão do carbono e a definir metas de redução da emissão de gases de efeito estufa, segundo Farran.
 "A empresa lançou o plano em 2011, mas já estuda o problema desde 2007, quando começou a adotar algumas medidas. Na usina de Jirau, por exemplo, através do controle automatizado no gerenciamento do consumo de combustível, reduzimos em 6% o consumo de diesel em 2010, o que representou economia de 2 milhões de litros, equivalentes a quase Rmilhões",relata Farran. "Na hidrelétrica Foz do Chapecó, a informatização do controle do uso de eletricidade proporcionou uma redução de 20% no consumo e economia de R,2 milhão."
 A Odebrecht Infraestrutura, companhia que faturou R,4bilhões em 2010 e tem 48 contratos em execução, entre eles a ferrovia Transnordestina, da CSN, e a duplicação da Ferrovia Carajás, da Vale, além de compromissos assumidos para a realização da Copa de 2014 (construção e reforma de estádios) e Olimpíada de 2016, também adota técnicas sustentáveis."Clientes privados e públicos estão em sintonia com as novas exigências e as tornam presentes nos projetos que pretendem realizar", afirma Benedicto Barbosa da Silva Junior, presidente da Odebrecht Infraestrutura. "O novo auditório do edifício-sede da Odebrecht em Salvador, por exemplo, é o primeiro prédio verde do Nordeste e recebeu certificação Green Building , na categoria Silver", exemplifica Silva Junior. "As ações sustentáveis no edifício contemplam a redução de 40% nos custos de energia, economia de 50% no consumo de água e de 30% no custo de manutenção. A obra custou5% a mais do valor de um prédio normal, porém tem-se a expectativa de o investimento ser recuperado em sete anos."
 As práticas sustentáveis se disseminam também entre as construtoras de edifícios residenciais. A Cyrela Brasil Realty atua em 67 cidades brasileiras e se intitula pioneira na gestão de resíduos sólidos nas obras, adotada há oito anos. Uma das maiores incorporadoras do país, com lançamentos da ordem de R$ 7,6 bilhões em 2010, a Cyrela investe em técnicas inovadoras nas construções – como o recém-lançado Tec Garden, que cria uma área verde em áreas de concreto nos empreendimentos, contribuindo para a economia de água, além de trazer conforto térmico aos prédios -, ao mesmo tempo que implanta um processo de seleção de compras de materiais e serviços na cadeia de produção, levando em conta itens como economia, qualidade, prazo de entrega e respeito ao tripé da sustentabilidade (econômico,social e ambiental). "Começamos o processo neste ano junto com uma consultoria. Estamos fazendo o credenciamento e acompanhamento dos fornecedores de 40 itens da cadeia produtiva", resume Ubirajara Spessoto, diretor-geral da Cyrela. "A meta é chegar a 100% no futuro e exigir que todos os fornecedores tenham itens sustentáveis."
 "A sustentabilidade já é uma realidade no segmento corporativo, porém no residencial estamos no patamar em que o usuário quer o benefício, mas ainda não sabe fazer a conta do custo-benefício", observa Luís Fernando Bueno, diretor de obras de terceiros da construtora Gafisa, cujas vendas atingiram o recorde de R$ 4 bilhões em 2010, 23% superior ao resultado de 2009. "Hoje não devemos nada em prática sustentável aos EUA. Temos aplicado o que há de mais avançado em técnicas construtivas e materiais no segmento corporativo.
 Na área residencial, também lá não se aplicam as técnicas sustentáveis utilizadas nos edifícios comerciais. Na Europa, a sus tentabilidade está mais avançada, tanto na execução das obras quanto na utilização de materiais. "Segundo Bueno, desde 2005 a Gafisa adota práticas sustentáveis em construção residencial, como controle da destinação de resíduos, vaso sanitário com "dual push", que economiza água, toda a tubulação de água fria e quente aparente coberta com uma carenagem de PVC ou "drywall", medição individual de gás e água, entre outros. "Mesmo assim, acho que, para chegar ao mesmo patamar de exigência que se tem na área corporativa, vamos levar de cinco a dez anos."
 Apesar da evolução, ainda há desafios no caminho da sustentabilidade na construção brasileira. "Um deles é a falta de informação correta sobre sustentabilidade, outro é a questão tecnológica e a inovação. Temos de avançar nesses temas", afirma Francisco Vasconcellos Neto,vice-presidente de meio ambiente do Sindicato da construção Civil de São Paulo (SindusCon-SP). "Outro gargalo enorme é a ausência de um inventário ambiental de materiais no país.Quando o produtor coloca o produto no mercado, ele não dá informações sobre o material, nem sobre a energia consumida, porque muitas vezes não sabe, e se sabe não divulga, para não colocar em risco a competitividade dele." Vasconcellos Neto decreta: "A questão da sustentabilidade é resumida em uma palavra: competitividade"
 Para Jean Benevides, vice-presidente da Câmara Temática de Construção Sustentável (CTCS) do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), ao se considerarem os impactos causados pela construção civil, uma das atividades que mais cresceram no país nos últimos anos, é impossível não incluir a questão da sustentabilidade à cadeia produtiva do setor. "O papel da construção civil mais sustentável é, principalmente, reduzir o uso de recursos naturais por meio da industrialização do processo construtivo, redução da geração de resíduos, gestão do consumo de água e energia, entre outros", analisa Benevides. "O mercado consumidor já começa a cobrar práticas de sustentabilidade.
 Benevides admite que o aumento de custo para a construção de edifícios mais sustentáveis, que varia de 2% a 15% dependendo dos itens e da qualidade da construção, pode inviabilizar sua aplicação em moradias destinadas à população de baixa renda. "No entanto, diversas políticas públicas têm auxiliado na incorporação de itens de sustentabilidade às habitações de interesse social", observa Benevides. "É o caso da obrigatoriedade de medição individualizada de água e gás e do uso de sistemas de aquecimento solar de água (SAS) no programa Minha Casa, Minha Vida." Outras políticas públicas na área da sustentabilidade voltadas para as habitações de interesse social são o Selo Casa Azul, da CEF, e Procel Edifica. "O projeto SUSHI, parceria do PNUMA, CBCS, CEF e CDHU-SP, é um exemplo de disseminação de práticas de sustentabilidade para a população de baixa renda", cita Benevides. "Dentro do SUSHI, foram escolhidos alguns empreendimentos da CDHU-SP como exemplo de boas práticas por incorporarem sistemas de aquecimento solar de água e janelas mais amplas,entre outros."
 O desenvolvimento sustentável ainda é um conceito em construção no mundo, reflete o economista e ecologista Sérgio Besserman Vianna, também presidente da Câmara de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio de Janeiro. "Mas a construção civil, por ser equipamento com vida útil muito longa, tem de atuar desde já com base nos sinais muito claros de sustentabilidade, como a eficiência energética, a reutilização da água e a valorização crescente que as pessoas dão às características locais ecologicamente saudáveis. E o governo deve subsidiar para viabilizar os elementos sustentáveis também nos imóveis de baixa renda." Ele destaca experiências feitas no Rio de Janeiro, que no ano que vem receberá a Rio+20 – Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável, como as das comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia, onde o governo 10cal está adotando primeira linha na incorporação de tecnologias sustentáveis para habitação de interesse social. "O Brasil deve aproveitar a oportunidade para construir um estoque de equipamentos mais consistentes, que atendam em parte aquilo que será a realidade do futuro.

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