Mexichem projeta aumento de 8% das vendas deste ano

DCI OnLine – 24/07/2012

mexichem projeta aumento de 8% das vendas deste ano

O avanço das obras no mercado imobiliário e de infraestrutura ficou abaixo do esperado no primeiro semestre para a Mexichem Brasil, detentora das marcas Amanco, Plastubos e Bidim. A meta de crescimento do grupo para este ano só não foi revisada para baixo devido ao desempenho registrado pelo segmento de itens de irrigação, que teve incremento puxado pela estabilidade vivida na agricultura. "Por isso, vamos manter nossa estimativa de expansão das vendas em 8% para 2012", afirmou ao DCI o vice-presidente executivo do Grupo Mexichem Brasil, Maurício Harger.

Um dos maiores conglomerados dos segmentos químico, petroquímico e de material de construção da América Latina, a Mexichem Brasil atua principalmente no segmento de tubos e conexões de PVC e na fabricação de geotêxteis não-tecidos. Harger destaca que o Brasil é o principal mercado da Mexichem na região. "O País continua sendo prioridade", diz.

Harger explica que, no início do ano, as expectativas de crescimento do mercado total de construção predial (que inclui os segmentos residencial e comercial) eram de 7%. "Esse incremento já não poderá ser atingido, uma vez que as vendas no setor vieram abaixo do esperado", diz o executivo. Grande parte da demanda das marcas Amanco e Plastubos vem da construção civil, através dos pedidos de tubos e conexões.

A expectativa da Mexichem é que o mercado total nesse segmento cresça em torno de 2% a 3% em 2012. "Para o ano que vem, no entanto, acreditamos que ainda exista espaço para que essa taxa seja da ordem de 4% a 5%", diz Harger.

Na semana passada, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou a revisão da taxa de crescimento esperada para o setor, neste ano, de 4,5% para 3,4%.

Apesar da desaceleração registrada neste mercado nos últimos meses, o vice-presidente da Mexichem Brasil espera que o crescimento natural da demanda na segunda metade do ano ajude a incrementar a produção e as vendas da empresa. "Entendemos que o segundo semestre deverá ser superior ao primeiro", acredita Harger.

Investimentos

Apesar da desaceleração registrada pela empresa em 2012, Harger ressalta que os investimentos no mercado brasileiro, neste ano, estão mantidos, devendo chegar a R$ 114 milhões. "O aporte faz parte da estratégia da companhia de inovar e crescer acima do mercado, o que tem acontecido nos últimos anos", diz. De acordo com Harger, essa cifra deverá contemplar aumento de capacidade de produção das plantas brasileiras, desenvolvimento de novos produtos e forte investimento em comunicação das marcas comerciais, tanto na mídia quanto nos pontos de venda no varejo.

Para o ano que vem, a perspectiva é que os aportes do grupo aumentem em torno de 15%, para R$ 131 milhões. "Os investimentos na Mexichem Brasil devem ser incrementados com o intuito de acelerar o crescimento da empresa, dentro de nossa estratégia global de integração da cadeia produtiva", afirma Harger.

O grupo Mexichem possui nove fábricas no Brasil, com ampla atuação em tubos e conexões. Estimativas de mercado apontam que o share da mexicana gira em torno de 35%, contra cerca de 50% do concorrente. No entanto, no mês passado, a Mexichem adquiriu 87,4% do controle da companhia holandesa Wavin, uma das líderes da Europa em sistemas de tubos plásticos e soluções, com presença em 26 mercados no mundo. "Essa aquisição irá reforçar a nossa liderança global no segmento de tubulações plásticas", acredita o executivo.