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AGÊNCIA CBIC

21/02/2013

Lugar de mulher é no canteiro de obras

"Cbic"
21/02/2013

Estado de Minas/MG

Lugar de mulher é no canteiro de obras

 Pioneira em apostar na mão de obra feminina, a Caparaó começou com oito contratadas e hoje já são 140 espalhadas por todas as construções. O desafio agora é treinar encarregadas
 Celina Aquino
 A dificuldade de contratação levou as empresas de construção civil a enxergar a mão de obra feminina. Na falta de homens, por que não apostar nas mulheres que estavam de olho em uma das vagas? As trabalhadoras entraram nesse mercado para preencher uma lacuna, mas logo provaram que têm talento de sobra. "Percebemos que elas são muito melhores que os homens na parte de acabamento pela paciência, capricho e atenção aos detalhe. Elas gostam de fazer tudo benfeito", revela o gerente de Recursos Humanos (RH) da Caparaó, Silvano Aragão.
 A construtura mineira foi uma das primeiras do Brasil a colocar mulheres no canteiro de obras. Em 2007, Aragão criou o projeto "Elas na obra". O gerente de RH da Caparaó lembra que propôs a todas as donas de casa que foram alunas do Senai para fazer um teste como ajudante de pedreiro. Apenas oito toparam o desafio, mas hoje já são mais de 140 espalhadas por todas as obras. "As mulheres têm perfil para serviço quase artesanal e, como trabalhamos com produtos de R$ 1 milhão a 11 milhões, precisamos de atenção ao detalhe do detalhe para entregar o máximo de qualidade ao cliente", pontua Aragão, que também é presidente do Grupo de Intercâmbio da Construção Civil em Recursos Humanos (GICC RH) do do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).
 Na visão da diretora-financeira da Construtora Valadares Gontijo, Flávia Lacerda Valadares Gontijo, empregar mulheres não é uma tendência única e exclusivamente do Brasil. "O setor ainda é predominantemente masculino, voltado para o serviço mais pesado. Por outro lado, o processo de construção está sendo industrializado. Abre-se, portanto, uma possibilidade maior de contratação de mulheres porque não se exige tanta força física", observa. No cargo que exerce hoje, a engenheira civil sente que a diferença entre homem e mulher não pesa, mas ela diz que no canteiro de obras seria preciso ter pulso mais firme para ganhar o respeito do sexo masculino.
 Assim como Flávia, a engenheira civil Olívia Medeiros, gerente técnica da Even Construtora e Incorporadora em Belo Horizonte, veio de uma geração já acostumada à presença feminina no setor e ela garante que nunca se sentiu constrangida. "O único preconceito que pode existir é a falta de preparo, mas isso podemos reverter. A mulher estuda mais, tem dedicação e paciência", opina. Em relação ao cargo de liderança, Olívia acredita que não adiantaria nada ter a oportunidade se não estivesse preparada para assumir a posição. O exemplo dela já serviu de inspiração para muitas amigas que hoje fazem engenharia.
 Silvano Aragão analisa ainda que, depois da Copa do Mundo, o setor de construção civil tenderá a retrair. "Até 2014, muitas mulheres vão entrar no mercado, mas depois o número de contratações deverá diminuir. Ficará quem tiver competência", alerta. Por isso, ele sugere que as trabalhadoras adquiram experiência para garantir a vaga. Aragão diz que o desafio agora é treinar lideranças femininas para que seja possível transformar pedreiras em encarregadas de obra.

 
"Cbic"

 

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