
AGÊNCIA CBIC
26/09/2011
Incentivos a toda cadeia produtiva
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26/09/2011 :: Edição 184 |
Jornal Valor Econômico/BR 26/09/2011
Incentivos a toda cadeia produtiva Objetivo é criar rede de integração e colaboração de vários polos de conhecimento e acelerar projetos de inovação
As expectativas são as mais otimistas. As projeções indicam que o setor da construção civil mais do que dobrará seu tamanho até o ano 2022. O otimismo é estimulado principalmente pelo programa Minha Casa, Minha Vida e pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além do aumento da demanda por obras relacionadas com a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e a Olimpíada de 2016. Só em empreendimentos habitacionais, campo em que o Brasil tem um déficit de 7,5 milhões de casas, serão erguidas nos próximos 15 anos mais de 25 milhões de residências. Mas é preciso que esses projetos contemplem soluções sustentáveis e eficientes para atender às exigências da população, avaliam empresários, consultores e profissionais de centros de pesquisa e instituições de ensino do país.
"O Brasil atravessa uma fase de grande crescimento e é preciso preparar a cadeia da construção civil para aproveitar as potencialidades do país dentro de um ambiente de sustentabilidade. Temos que repensar a indústria brasileira da construção com parâmetros sustentáveis de baixo custo, rápida execução e ideias inovadoras" diz Raquel Blumenschein, coordenadora do Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e Sustentabilidade (tacis), da Universidade de Brasília (UnB), que desenvolve tecnologias e conhecimento com foco na cadeia produtiva da indústria de construção,gestão integrada de resíduos sólidos e processos regenerativos sociais e urbanos.
Tecnologia e inovação, portanto, são instrumentos fundamentais no movimento de transformação da indústria brasileira de construção civil. Um passo importante, segundo Raquel, está sendo dado com a criação do Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (Pisac)no campus da UnB. O projeto é resultado de uma parceria entre o setor produtivo, representado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Lacis, o governo do Distrito Federal, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCT)e a empresa inglesa Building Research Establishment (BRE). A previsão é de que o Pisac comece a ser executado no início de 2012."A ideia é criar uma rede de integração e colaboração dos vários polos de conhecimento voltados à área de construção civil no país, compartilhando recursos. Nossa proposta é construir uma plataforma tecnológica capaz de acelerar o movimento de inovação", explica Raquel, assinalando, contudo, que não há dennição das fontes de recursos que financiarão essa rede de conhecimento.
Dinheiro para inovação tecnológica, de fato, tem sido um problema. Há vários anos o setor de construção civil está praticamente paralisado em termos de investimentos para pesquisa e desenvolvimento, diz José Carlos Martins, vice-presidente da CBIC. "Dinheiro caro para investir em inovação e descontinuidade de programas são os maiores inimigos do processo de transformação do setor no país", diz ele. Em sua opinião, o Brasil começa a retomar seus planos de investimentos em infraestrutura, mas precisa investir em inovação tecnológica. "E a indústria da construção tem que vir junto. Há uma demanda grande por insumos, por tecnologia e por mão de obra capacitada. Sem isso será impossível atender às novas exigências.
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