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AGÊNCIA CBIC

31/01/2013

Garantia de bons negócios

"Cbic"
31/01/2013

Estado de Minas/MG

Garantia de bons negócios

Mercado de Belo Horizonte ainda tem imóveis novos com padrões construtivos anteriores às mudanças da Lei 9.959/2010. Preços são os maiores atrativos.
 Clarisse Souza
 
 Comprar um imóvel novo agora pode ser um bom negócio por vários motivos. Na avaliação do presidente da Rede Netimóveis, Ariano Cavalcanti, além da redução do potencial construtivo dos terrenos, o preço dos imóveis tende a subir em decorrência do encarecimento dos insumos necessários para a construção civil e da falta de mão de obra qualificada no setor.
 O presidente da Netimóveis explica que vários empreendimentos lançados na cidade foram projetados depois das mudanças na Lei 9.959/2010, mas garante que ainda há imóveis novos em Belo Horizonte com padrões anteriores às restrições. "A legislação também causou o empobrecimento arquitetônico dos imóveis, mas ainda há unidades projetadas antes da lei à venda. Devido a esse conjunto de fatores, comprar agora é garantia de preços mais baixos", afirma Cavalcanti.
 Mas se o momento é bom para o consumidor, para os profissionais da arquitetura, a falta de terrenos viáveis para construção na cidade já gera prejuízos. "Antes da lei, somente em nosso escritório eram aprovados entre cinco e 10 projetos por mês. Hoje não chega a dois", reclama o arquiteto Túlio Lopes. Para o empresário, que lida com o mercado imobiliário há 25 anos, o mau desempenho nos negócios está diretamente relacionado à Lei 9.959 e às normas que regulam a ocupação do solo em Belo Horizonte. O diretor da Túlio Lopes Arquitetura argumenta que "o problema não é a falta de terrenos, que são encontrados na cidade inteira e onde se pode edificar. O que tem motivado a queda no número de projetos é o fato de que o cumprimento da lei diminuiu em 10% o potencial construtivo dos terrenos. Mas em algumas regiões da cidade essa redução pode variar entre 30% e 50%, o que tornou caro investir neles".
 O diretor da Torres Miranda Arquitetura também já observa os problemas decorrentes das mudanças na legislação. Júlio Guerra Torres afirma ter registrado queda de pelo menos 50% no número de projetos aprovados em seu escritório nos últimos dois anos. Para ele, é necessário revisar as normas impostas pelas alterações da Lei 7.166/96 ainda este ano, a fim de reaquecer o mercado da construção civil na cidade. "A lei está travando os negócios em Belo Horizonte, e as grandes construtoras já estão saindo daqui por não encontrarem uma solução para o problema", critica.
 Para os arquitetos ouvidos pela reportagem, um dos resultados desse movimento é a migração dos empreendimentos para cidades da região metropolitana e também do interior do estado, conforme aponta Túlio Lopes. "Com a falta de áreas produtivas em Belo Horizonte, as incorporadoras estão viabilizando projetos em lugares antes inimagináveis, como Pedro Leopoldo, Vespasiano, Lagoa Santa, Sete Lagoas, Itabira e Ouro Branco."
 CONTRA O TEMPO  Apesar de alarmar alguns profissionais do setor, o mau momento nos negócios pode ter sido motivado pelo excesso de projetos aprovados antes das alterações na legislação. Segundo o vice-presidente de Comunicação Social do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Jorge Luiz Oliveira de Almeida, ao perceber que as mudanças na lei de ocupação do solo iriam reduzir o potencial construtivo dos terrenos em Belo Horizonte, muitas construtoras correram contra o tempo para aprovar um grande volume de projetos a fim de evitar os prejuízos. "A redução de projetos observada hoje é natural, porque as construtoras ainda têm muitos empreendimentos aprovados que nem começaram a ser construídos", analisa.
 O representante do Sinduscon confirma o aumento dos custos e a dificuldade em edificar na capital. "O que está havendo é uma acomodação do mercado. À medida que os projetos forem concluídos, outros vão começar a ser elaborados", considera. Sobre a ampliação do campo de atuação das empresas do setor para outras regiões do estado, o representante do Sinduscon-MG afirma que o movimento de migração não é provocado apenas pela saturação do território belo-horizontino e pela dificuldade em encontrar um terreno com potencial construtivo que compense o investimento. Segundo ele, o aumento da demanda por grandes empreendimentos em cidades como Nova Lima, Contagem e Betim, além de algumas cidades do interior também, tem motivado as construtoras a investir pesado fora da capital.

 

 
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