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AGÊNCIA CBIC

01/08/2012

Estradas para o desenvolvimento

"Cbic"
01/08/2012 :: Edição 371

Jornal Brasil Econômico – 01/08/2012

ESTRADAS PARA O DESENVOLVIMENTO

O setor de transportes é um agente indutor de riqueza e desenvolvimento em qualquer país. A frase parece óbvia, mas quando analisada historicamente, impressiona. Em I d.C. os romanos já construíam estradas para fazer valer essa máxima. No Brasil, os primeiros investimentos vieram na década de 20. No governo de Juscelino Kubitschek, se não fosse o apoio à construção das estradas, marcas como Volkswagen, Ford e General Motors dificilmente teriam chegado ao país. Depois vieram Fiat, Renault, Peugeot, Citroën, Chrysler, Mercedes-Benz, Hyundai e Toyota, transformando o Brasil em um dos principais mercados automobilísticos do mundo.

Qual motivo então nos coloca tão atrás de países mais desenvolvidos quando o assunto é malha viária? A resposta também é óbvia: investimento. Em seus 8,5 milhões de quilômetros quadrados de área, o Brasil possui 1,76 milhão de quilômetros de estradas, apenas 212 mil quilômetros pavimentados. A primeira versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC I) previa investimento de R$ 43,5 bilhões. Já a segunda edição (PAC II) prevê R$ 50,4 bilhões. Para que estradas mal conservadas façam parte do passado, seriam necessários R$ 9,6 trilhões. Um aporte 220 vezes maior do que o Governo Federal destinou.

Muito trabalho ainda precisa ser feito para que os carros e caminhões possam acelerar nas estradas no mesmo ritmo de crescimento do país. A ação mais urgente seria a ampliação da malha viária, cuja demanda é de mais 4,4 milhões de quilômetros de estradas, com R$ 8,76 trilhões. A segunda é a pavimentação: 560 mil quilômetros precisam de melhorias, somando mais de R$ 700 bilhões. Em recuperação de rodovias, seriam mais de 125 mil quilômetros, superando R$ 60 bilhões.

A título de comparação, vamos pensar no Brasil atual e ideal. Na primeira situação, temos mais de 200 mil quilômetros de rodovias, sendo 56% em mau estado de conservação. No segundo quadro seriam 5,1milhões de quilômetros de pista pavimentada com padrões internacionais. Uma pesquisa da CNT avaliou 92,7 mil quilômetros de estradas do Brasil e, considerando o estado geral das vias, apontou que 12,6% estão em ótimas condições de utilização, 30% bom, 30,5% regular, 18,8% ruim e 8,8% péssimo. Não é difícil encontrar trechos com buracos, erosão na pista, pontes caídas ou quedas de barreiras e faltam quebra-molas, postos de abastecimento, borracharias, concessionárias, oficinas mecânicas, restaurantes e lanchonetes, telefones de atendimento, controladores de velocidade e postos policiais ou fiscais. O mais preocupante é que, no passado, os investimentos na malha viária eram maiores. Em 1975 chegou-se a 1,84% do PIB; de 2000 a 2010 a média foi 0,23%. Os outros países emergentes (Rússia, Índia e China) investem de 7% a 10% do PIB no mesmo segmento.

Investir em estradas não é uma ferramenta útil apenas para compor o portfólio de campanhas políticas em ano de eleição. Assim como já praticavamos romanos há 2 mil anos, o setor de transportes é fator decisivo para impulsionar a economia e o progresso. Se o Brasil está na corrida do desenvolvimento, estradas em boas condições são peças indispensáveis neste processo.

"Cbic"

 

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