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AGÊNCIA CBIC

30/03/2011

Pressão para antecipar Jirau causou revolta

 

30/03/2011 :: Edição 067

Jornal O Estado de S.Paulo/BR   |   30/03/2011

pressão para antecipar jirau causou revolta

Leonencio Nossa – O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, avaliou
ontem que a revolta dos operários da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia,
ocorreu no momento em que o consórcio construtor tentava antecipar a entrega da
obra.

Em entrevista no Planalto, Carvalho disse que o governo não vai tolerar nos
canteiros de obras do Programa de
Aceleração do Crescimento
(PAC)
trabalho "indecente" e a contratação de "gatos",
intermediários que recrutam operários.

"De fato, em Jirau, a decisão da empresa de antecipar a entrega da obra
provocou maior concentração de trabalhadores", afirmou. "Eu fiz a
ponderação de que era o caso de rever o contingente para diminuir a
tensão."

A avaliação de que a mudança no cronograma das obras pode ter sido uma das
causas da revolta dos operários de Jirau foi levantada, em entrevista ao
Estado, pelo procurador regional do Trabalho em Rondônia, Francisco Cruz. A
construtora Camargo Corrêa sempre negou essa possibilidade.

Carvalho informou que o governo, agora, pretende fazer um trabalho
preventivo para evitar violações de direitos trabalhistas nas obras da Usina de
Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará.

Ao relatar o encontro que teve com empresários e sindicalistas para discutir
a revolta no canteiro de Jirau, na semana passada, ele informou que o governo
montará comissões tripartites em todas as grandes obras do PAC.

Na quinta-feira, governo, empresas e sindicatos voltam a se reunir para
discutir problemas trabalhistas nos empreendimentos. "Vamos tentar nos
antecipar na questão de Belo Monte, para que o Estado dê condições de segurança
e saúde em Altamira", afirmou o ministro.

Divergência. Carvalho também disse que o governo não compactuará com
trabalho indecente e desumano nas obras de infraestrutura. Ele observou que, na
primeira fase, o PAC iniciou 14
mil obras. Agora, a previsão é que esse número seja aumentado.

Os participantes do encontro de ontem admitiram que há, nas obras do PAC, uma atuação de "gatos".
"Todo mundo falou mal do gato", relatou o deputado Paulinho Pereira
da Silva (PDT-SP), da Força Sindical.

"Somos absolutamente contra o gato", afirmou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria
da Construção
(CBIC), Paulo Safady Simão. O representante
das empresas, no entanto, reclamou que os sindicalistas não aceitam discutir
proposta para legalizar a terceirização nas obras, o que, segundo ele,
reduziria a atuação dos "gatos".

O encontro no Planalto expôs uma divergência no setor da construção. A
empresa Camargo Corrêa ressaltou, nos últimos dias, que o problema ocorrido em
Jirau foi um ato "criminoso" e de "vandalismo".

Já Simão, que representa também empresários da construção de prédios e de
outros setores da construção, admitiu "eventuais problemas" nas
relações de trabalho em Jirau e nos canteiros do PAC em Pecém, Ceará, e Suape, Pernambuco, embora
"pontuais". "É preciso apurar com rigor o que está ocorrendo
nessas mega obras", disse.

Juntando forças

Funcionários de Jirau e Santo Antônio e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia elaboraram
pauta com 10 reivindicações que serão apresentadas às empreiteiras.


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(Matéria publicada também no Jornal do Commercio)

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