
AGÊNCIA CBIC
16/09/2011
Recorde de vagas no semestre
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16/09/2011 :: Edição 178 |
Jornal do Commercio RJ/RJ 16/09/2011
Recorde de vagas no semestre EMPREGO – Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostram que, de janeiro a junho, a geração de vagas formais superou as demissões em 1.473.320 postos formais de trabalho; em junho, saldo de vagas ficou em 212.952
O Ministério do Trabalho informou nessa quintafeira que o saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no País em junho foi de 212.952, o segundo melhor resultado para o mês. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a geração de vagas de emprego superou as demissões em 1.473.320 postos formais de trabalho no primeiro semestre deste ano. Segundo o Ministério, foi o melhor semestre da história do Caged.
Na quarta-feira, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já havia adiantado que, com os dados de junho, o saldo total de novas vagas na primeira metade do ano chegaria próximo a 1,5 milhão. A meta do governo é atingir 2,5 milhões de empregos novos com carteira assinada este ano, já descontadas as demissões.
"Eu previa mais, é verdade, mas isso não altera a previsão para o ano", disse Lupi, durante entrevista coletiva. Com a meta de 2,5 milhões de empregos líquidos este ano, o objetivo é fechar o governo Lula com um saldo total de 15 milhões de empregos. "A cada dia, nos aproximamos mais do número da meta." O resultado de junho interrompeu uma série de cinco meses de recorde. Lupi enfatizou que, apesar do número mais baixo no mês passado, em relação a meses anteriores, não se trata de uma queda na geração de vagas.
"É que vocês estão acostumados a ganhar de goleada de 6 a 0 e agora, foi 3 a 0", brincou o ministro com jornalistas.
"Não houve redução.
Aliás, o número é mais do que o dobro do gerado em 2009, mas é claro que está havendo acomodação na contratação", acrescentou.
Ele explicou que parte deste movimento deve-se ao término de obras da construção civil e parte pode ser atribuída à diminuição de contratações no setor de serviços, em especial, de educação, por conta das férias escolares.
Para o ministro, o dado de junho não gera qualquer preocupação em relação à economia brasileira ou ao mercado de trabalho. "O Brasil terá um dos melhores segundos semestres da história.
Será um saldo de emprego de mais de 1 milhão de vagas", previu. "Estes dados mostram que o Brasil será uma das principais locomotivas da economia mundial", acrescentou.
OTIMISMO. Para o resultado deste mês, Lupi voltou a fazer um prognóstico otimista. "Em julho, volta a crescer bem. Não posso afirmar que voltará a ser recorde, mas a safra da soja começa a crescer", exemplificou.
Ele acredita que, mesmo na comparação com o resultado do segundo semestre do ano, quando o Brasil já apresentava robustez da economia após o impacto da crise financeira internacional, haverá crescimento na segunda metade deste ano. "Será igual ou um pouco melhor." Um dos motivos que levaram o ministro a não apostar em números muito maiores a partir de agora foi a saída do seleção brasileira de futebol da Copa do Mundo mais cedo do que "o imaginado". "Muitos empresários se prepararam para que o Brasil fosse mais longe no mundial", comentou.
Em compensação, lembrou, a eleição tende a aquecer o mercado de trabalho. Ele citou que os segmentos mais afetados pelo advento político são os de telecomunicações, de gráficas e de produção de papel e celulose. Indagado se não se trataria de vagas criadas informalmente, o ministro evitou entrar no mérito inicialmente, mas, depois, comentou: "Claro que deve crescer o mercado informal também. Não sou cego."
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