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AGÊNCIA CBIC

22/08/2011

Freio de arrumação

"Cbic"
22/08/2011 :: Edição 162

 

Correio Braziliense/BR 22/08/2011
 

Freio de arrumação

Os empresários são enfáticos em dizer que o ritmo menor no reajuste dos imóveis nada tem a ver com o estouro de uma bolha. "Essa bolha nunca existiu", assegura Eduardo Aroreira, diretor-financeiro da Apex Engenharia e da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademir-DF). Para ele, o mercado corrigiu anos de defasagens no valor de casas e apartamentos. A mesma avaliação é feita pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão. "A recomposição dos preços era inevitável. As empresas do setor ganharam competitividade e não faltou dinheiro para lançamentos. Agora, um dos itens que começa a fazer a diferença é justamente o preço menor dos imóveis", avalia.
Revisão 
 Ciente de que as famílias serão mais seletivas na hora de fechar a compra da casa própria, as construtoras e incorporadoras anunciam projeções mais modestas de vendas. A Brookfield, por exemplo, reduziu a meta de lançamentos para este ano, de um intervalo entre R$ 4,7 bilhões e R$ 5,2 bilhões, para algo entre R$ 4 bilhões e R$ 4,2 bilhões. Esse movimento não surpreende Ana Maria Castelo, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), coordenadora do grupo de acompanhamento da construção civil da instituição. "O freio de arrumação era inevitável", enfatiza.
Para ela, a construção civil continuará crescendo, mas sem registrar o insustentável movimento de alta dos preços dos últimos anos. Na avaliação de Ana Maria, como o mercado muito aquecido, as empresas aceitaram arcar com valores altíssimos para assumir terrenos em áreas consideradas estratégicas. "Mas esse custo foi quase que integralmente repassado para os imóveis e amplamente aceito pelos compradores. Portanto, é claro que, em algum momento, esse sistema deixe de ter suporte", comenta. "Ou seja, as famílias continuarão buscando um lugar para morar, mas, ao mesmo tempo, dirão: não, esse preço eu não pago", destaca. (GC eVC) 
 
 Quem comprou imóveis à vista ou financiado no período de maior valorização dos empreendimentos não deve se preocupar. Não há a menor possibilidade de os valores desabarem. Segundo o superintendente de Negócios Imobiliários do Banco Santander, Emílio Vieira, a correção dos preços será menor. "É natural que haja uma acomodação em várias regiões do Brasil. Porém, não há qualquer indicador de forte queda", observa. Ana Maria Castelo, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), endossa essa visão. "Não haverá perda para quem comprou imóveis nos últimos três anos. Só que a valorização desse período não se repetirá, porque, simplesmente, as pessoas não terão como comprar, diante dos reajustes", completa.

"Cbic"

 

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