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AGÊNCIA CBIC

09/03/2011

Falta de qualificação

09/03/2011 :: Edição 052

Jornal O Estado de S.Paulo/BR   |   06/03/2011

falta de qualificação

A primeira década do século 21 viu nascer cerca de dez novos grandes
municípios brasileiros com mais de 500 mil habitantes. Somados às 30 cidades
então já existentes com igual perfil no Brasil – 18 delas capitais e 12 no
interior do País – temos agora o mesmo número de metrópoles nas capitais e no
interior. Alguns desses núcleos conseguem destacar-se pelo notável
desenvolvimento com manutenção da qualidade de vida.

As cidades do interior paulista representam com maestria essa rara fatia,
atraindo riquezas pelas mãos da fórmula serviços de ponta X tranquilidade e
segurança. Naturalmente, toda essa bonança acaba por alavancar a indústria
imobiliária local e, um dos grandes desafios apresentados por esse contexto
positivo para o setor é justamente manter o crescimento populacional com
garantias consideráveis de emprego e renda.

Hoje, o interior paulista é um país com PIB superando a casa dos US$ 135
bilhões – 12% maior que o PIB chileno, por exemplo -, respondendo por 44% de
todas as riquezas produzidas no Estado de São Paulo e 13% do Brasil. Só nos
primeiros cinco meses do ano passado, a região gerou quase 360 mil novos postos
de trabalho, número que corresponde a 75% de todos os novos empregos do Estado.

Embora São Paulo concentre mais de 60% das cidades médias que crescem por
meio de atividades educacionais (o Estado é responsável por um quarto de toda a
produção científica nacional, abrigando importantes instituições de ensino
superior brasileiras), sua indústria imobiliária não está livre de um flagelo
comum: a falta de profissionais qualificados.

Em décadas anteriores, imperavam no mercado a baixa produtividade, o pouco
cuidado com a segurança, o uso de equipamentos rudimentares e a mão de obra
pouco qualificada. Hoje, o sucesso de um produto depende da qualidade de todos
os elos da construção civil.
Para isso, a mão de obra passou a ser mais qualificada e novas regras surgiram para controlar
procedimentos.

Estamos no auge de um período produtivo, mas, como manter esse cenário sem
considerarmos a importância crescente da formação profissional? A verdade é que
o forte momento da construção civil
contrasta com a pequena quantidade de profissionais qualificados. Tanto mais
quando assistimos à decolagem do programa Minha Casa, Minha Vida, que aumentou sensivelmente a quantidade de
projetos, à consolidação das políticas de crédito imobiliário, ao advento do présal, que movimenta
sobremaneira a Baixada Santista, ou mesmo a toda a demanda, em breve, gerada
pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas.

Todos sabem que a indústria imobiliária nacional já é uma das principais
responsáveis pela geração recorde de empregos com carteira assinada (vide
estudos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Caged – do Ministério
do Trabalho). Mas, quando o empresário do setor implementa uma grande obra, que
requer investimento elevado,
cada vez menos encontra qualidade no momento da contratação.

Para reforçar a tese, recente levantamento da Confederação Nacional da
Indústria (CNI) revela que o custo da produção aumentou muito em função dos
altos salários exigidos pelos poucos e bons profissionais. Apesar de tudo, em
2010, a maioria das empresas imobiliárias do Estado trabalhou em ritmo
acelerado e com número de empregados crescente. E assim deve ser também ao
longo de 2011.

Essa realidade também é detectada em cidades como Sorocaba, Campinas,
Jundiaí, Taubaté e São José dos Campos, que, apesar da dificuldade, avançam nos
investimentos, não só no âmbito empresarial, mas também no sentido de reunir
esforços e instituir parcerias com entidades afins, rumo à promoção do
aperfeiçoamento e formação profissional.

O processo de capacitação é essencial e deve ocorrer o mais rápido possível.
Com a rotatividade de profissionais no setor, as empresas deverão cultivar uma
visão autocrítica sobre o clima organizacional e criar uma relação de
confiabilidade, inclusive a partir das experiências e vivências de cada um.

A escassez de mão de obra é um contexto que deve perdurar por algum tempo
ainda, já que a formação de profissionais requer investimento de mais longo prazo. É preciso reinventar a empresa,
quando a realidade muda, e avançar com mais afinco no setor da educação, para
não desperdiçarmos esse momento de ouro.

VICE-PRESIDENTE DO INTERIOR DO SINDICATO DA HABITAÇÃO (SECOVI)


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