AGÊNCIA CBIC
Evolução na carreira
05/09/2011 :: Edição 172 |
Jornal de Brasília/DF 03/09/2011
Evolução na carreira
Agora mestre de obras, a nova realidade de Helio envolve maiores responsabilidades. Rigoroso e atento ao rádio que utiliza para se comunicar, o mestre orienta, tira dúvidas e acompanha todos os procedimentos realizados pela equipe. "Comecei como encarregado de servente, varrendo a obra, mas não dispensei as oportunidades.
Uso meu próprio exemplo para incentivar os colegas e não quero parar de estudar. Desejo crescer até onde puder, até onde conseguir", diz, sonhando com a possibilidade de chegar a receber o diploma de engenheiro.
Com uma expectativa de emprego maior que 50%, Brasília atualmente sente falta de quatro mil mestres de obras. O levantamento feito pelo Instituto Nacional de Obras Públicas vai de acordo com o depoimento de Helio, ele próprio, assediado por concorrentes. "Recebo propostas de trabalho com muita frequência, mas não penso em me aventurar porque estou tendo oportunidades privilegiadas aqui. Trata-se de um investimento direto, uma parceria que oferece incentivo e realmente valoriza as equipes", reafirma.
Na hora de contratar, os empregadores levam em conta experiências prévias no setor e nem os corretores de imóveis ficam de fora. Especialistas de mercado e analistas de Recursos Humanos acreditam que o marketing pessoal ainda é o grande trunfo dos corretores. Vale investir também nas redes sociais e mostrar que os serviços oferecidos são indispensáveis. Já para as funções técnicas, os interessados devem demostrar que são pessoas capazes de assumir responsabilidades. Helio admite que procura identificar perfis de liderança e iniciados que já têm afinidade com determinados setores.
ALTERNATIVAS
Representantes do segmento da construção se reuniram recentemente, em São Paulo, para a 83ª edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção. Um dos destaques do evento foi o debate sobre a construção do Parque de Inovação Tecnológica para a Construção, que será construído na capital federal.
O presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF, Adalberto Valadão, aponta os atrasos que alguns empreendimentos estão passando com os prazos programados como um dos principais problemas da ordem do dia. "Esse aquecimento impressionante implica em casos, até seis meses de atraso, e a falta de mão de obra dificulta o cumprimento de diversas operações", explica.
Para contornar a situação, os esforços são de várias ordens e é aí que entra a proposta do Parque. "Estamos buscando alternativas para ganhar prazo e qualidade.
Essas tecnologias deverão ser acessadas para suprir a falta de mão de obra, mas não implicaria, necessariamente, na robotização do setor. Seria o piloto de um projeto que pode ser expandido para outros estados", diz.
A futura instalação criará polêmica entre os profissionais da área. Com orçamento previsto em aproximadamente R$ 15 milhões, será construída em um terreno da Universidade de Brasília. A iniciativa será uma parceria do GDF com a empresa inglesa Building Research Establishment.
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