Criação de vagas cresceu acima da média nacional

Jornal do Commercio RJ/RJ

Criação de vagas cresceu acima da média nacional

EMPREGO  
 Puxado peLo setor de construção civil, Rio de Janeiro gerou 148.797 vagas em 2012, alta de 4,17% frente a 2011. Salários também cresceram em todo o estado
 MATHEUS GAGLIANO  
 O aquecimento do mercado de trabalho levou o Rio de Janeiro a fechar 2012 com uma expansão no número de vagas abertas superior ao da média nacional, aponta estudo do Instituto Pereira Passos (IPP), feito com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No total, foram criados 1415.797 postos de trabalho em todo o estado, alta de 4,17% frente a 2011. No Brasil, onde foram gerados de 1.301.842 empregos formais, esse percentual chegou a 3,43%.
 O gerente de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Guilherme Mercês, destaca que o setor de construção civil vem puxando esse movimento. "O Rio é o estado que mais gerou emprego. Principalmente devido a grandes projetos como o complexo do Porto do Açu, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e o Arco Metropolitano, entre outros", disse Mercês, acrescentando que a recente desaceleração na abertura de empregos observada no País tem sido mais lenta no Rio.
 Apesar da construção civil estar bastante aquecida, foi a área de serviços que mais gerou empregos em 2012, com 73.041 postos de trabalho. 'A chamada indústria criativa também será muito demandada", acrescentou o gerente da Firjan, com destaque especial para o setor de publicidade e propaganda.
 Só na capital, de acordo com o levantamento do IPP, foram criadas 86.494 vagas, crescimento de 4,29% frente ao ano anterior. O estudo aponta a construção civil como principal gerador de empregos na Região Metropolitana, com 14.213 em 2012, contra 11.584 no ano anterior. Mercês diz também que outra área que se destacou foi a indústria de alimentos e bebidas, que criou 1.939 vagas no ano passado, contra 1.585 em 2011. "A capital costuma dar o tom para o crescimento no estado e, em 2012, não foi diferente", acrescentou.
 Participação  
 O estudo também mostrou que o Rio, desde 2010, o Rio de Janeiro vem crescendo sua participação no mercado de trabalho brasileiro. Essa fatia, que era de 8,6% há três anos, passou para 10,4% em 2011, fechando 2012 com 11,4%.
 Além de mais oportunidades formais de emprego, as estatísticas apontam que os trabalhadores fluminenses também tiveram aumento na remuneração. Em 2012, os salários de admissão apontaram um aumento real de 6,32% quando comparado ao ano anterior. A média subiu de R$ 1.086,71 para RS 1.115,36, deixando o estado no primeiro lugar no ranking nacional.
 Grandes eventos  
 Para o professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio (UFRJ), Cláudio Salms, os grandes eventos esportivos previstos para o estado ajudarão a impulsionar ainda mais a geração de empregos. "O Rio tem um cenário muito mais favorável para os próximos anos", afirmou.
 Salms ressalva que, apesar do baixo desemprego em todo o País, o tímido crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro poderá influenciar o desempenho do mercado fluminense. "Uma retomada da economia como um todo pode mudar esse cenário, mas só resta esperar para ver como será o desempenho em 2013", avalia.
 Para Mercês, a indústria criativa tem grande potencial no Rio