Construção civil espera crescer até 5% em 2013

O Povo – Últimas/CE

Construção civil espera crescer até 5% em 2013

Depois de um ano fraco na construção civil no Ceará, com um crescimento médio de 1,7% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor, a expectativa para 2013 é alcançar o patamar "sustentável", segundo o presidente da Cooperativa da Construção Civil do Estado do Ceará (Coopercon-CE), Marcos Novaes. Ele explicou que o Estado deve alcançar uma expansão entre 3% e 5%, "desde que seja reduzida a burocracia" para a aprovação de alvarás de construção e licenças ambientais.
 Marcos Novaes explicou que, nos últimos anos, o setor vinha se expandido a patamares de cerca de 10% e a redução dos índices ocorreu devido à burocracia. "O grande impeditivo de não termos atingido esse número de 3% se deve às amarras de liberar alvará de construção", criticou.
 O empresário informou que já foram realizadas reuniões com o prefeito Roberto Cláudio e com a titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), Águeda Muniz, e houve promessas de agilizar o processo. Ele disse que há cerca de R$ 6 bilhões em obras entre os cooperados esperando serem aprovados com até um ano e meio de espera.
 De acordo com Marcos, o ideal seria uma espera de três meses. No dia 18 de fevereiro, deve haver uma nova reunião para tratar do tema. "O Ceará perdeu obras, perdeu empreendimentos, deixou de empregar, deixou de arrecadar porque nós construtores fomos para outros estados", disse.
 A expectativa da cooperativa é dobrar o número de construções nos próximos dois anos. Existem hoje 320 canteiros de obra. Há ainda a expectativa de dobrar o número de trabalhadores, atualmente, em 28 mil.
 Para cumprir as metas arrojadas, as 89 construtoras filiadas à Coopercon terão pelo menos R$ 2 bilhões para investimentos nos próximos dois anos. A Cooperativa assinou ontem um convênio com o Banco do Brasil para fornecimento de crédito imobiliário aos construtores cearenses e cooperados do Nordeste.
 A taxa de juros é de RP (renda da poupança) mais 9%. "Esse valor é um piso. Não existe teto", explicou o superintendente regional de atacado do banco, Luiz Otávio Sobreira.
 Já há R$ 564 milhões em propostas com a demanda de 20 construtoras. "Não temos nenhuma dúvida de que essa meta vai ser superada", disse Marcos Novaes.
 A cooperativa também deverá assinar nos próximos dias um contrato com o Bradesco para viabilizar pelo menos R$ 1 bilhão anualmente.
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 Dezembro foi fraco de vendas da indústria de materiais, possivelmente em função da venda de estoques mantidos pelo comércio, pela baixa atividade no setor imobiliário e continuidade do baixo volume de obras na infraestrutura.
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 O Banco do Brasil quer dobrar carteira de crédito "ainda no Governo Dilma", como disse o superintendente de atacado do Norte/Nordeste e de parte do Sudeste, Eduardo Krieck.
 Ele não citou números: "A intenção do banco é ser líder de mercado. Queremos ser o primeiro agente financeiro do País. A gente não ia entrar no mercado imobiliário se não fosse para também ser líder. É uma disputa de mercado".
 O movimento financeiro anual da Coopercon-CE é de R$ 1,160 bilhão. A cooperativa tem atuação de nível nacional. O principal nicho é o mercado imobiliário de classe média e classe média alta, mas também há o padrão econômico.
 Cerca de 85% dos empreendimentos da cooperativa são no Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão. O Ceará responde por 70%.
 O déficit habitacional para imóveis de até três salários mínimos é de 170 mil unidades no Ceará e 7,8 milhões no País.