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AGÊNCIA CBIC

30/09/2013

Otimismo da indústria e varejo com as vendas

"Cbic"
30/09/2013

Valor Econômico

Otimismo da indústria e varejo com as vendas

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO  Por Letânia Menezes

Fabricantes investem no aumento da produção e comércio prevê expansão de 4% neste ano

Harger, da  Mexichem:  aportes de  R1 milhões  na Amanco 

 Com um crescimento de 3,7% no faturamento de janeiro a julho deste ano em comparação a igual período de 2012, a área de materiais de construção prevê fechar o ano com um índice acima do Produto Interno Bruto (PIB). "Não estamos desanimados", diz Walter Cover, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).

"A previsão é de fecharmos o ano com um crescimento em torno de 4%. Ainda estamos no grupo dos setores otimistas." E a expectativa é de que o segundo semestre melhore ainda mais. "Haverá um incremento em infraestrutura com obras de portos e aeroportos. O mercado imobiliário também está melhorando em São Paulo e no Rio de Janeiro, e deve ter um desenvolvimento na região Ccntro-Oeste, porque que a agricultura está indo muito bem", afirma.

A pesquisa da Abramat constata que em agosto a utilização da capacidade instalada das indústrias foi de 83%. E 74% delas revelaram a intenção de manter seus planos de investimento em 2014. As vendas para o varejo, segundo a pesquisa, que representam cerca de metade da receita do setor, devem crescer 5% em 2013.

O otimismo de Walter Cover é compartilhado por várias empresas. "A alta representatividade do Brasil tem deixado os acionistas confortáveis para aplicar cada vez mais recursos aqui", afirma Maurício Harger, presidente da Mexichem Brasil, que em 2007 comprou a brasileira Amanco, de Joinville (SC), fabricante de tubos e conexões que, no ano anterior, começara a divulgação de sua marca. De 2006 a 2013, os produtos Amanco praticamente dobraram sua participação no mercado, passando de 17% para 32%. Com nove fábricas e cerca de 3 mil funcionários, a Mexichem Brasil prevê um crescimento do setor de 8% para 2013, com a Amanco superando esse índice.

SILVIA COSTANTI / VAlOR 

 Em 2012, só a empresa cresceu 11,9%. Para isso, faz treinamento de mão de obra, criou um cartão de crédito próprio e lança um produto de plástico flexível, que facilita a instalação hidráulica.

"Hoje, o Brasil representa para a empresa 36% em tubos e conexões na América Latina, o que é relevante. Há um grande potencial de crescimento", diz Harger. Em 2013, o investimento será de RS 131 milhões, principalmente na Amanco, já que a Mexichcm também atua no mercado brasileiro com a Bidim, na área de infraestrurura. Ao comprar em 2012 a holandesa Wavin, a Mexichem assumiu a liderança mundial em sistemas de tubos plásticos para condução de água. Com aporte de USS 100 milhões em três anos, a empresa trará máquinas da Wavin e construirá novas fábricas no país. "O que vai nos deixar numa posição confortável para crescer acima do mercado e seguir rumo à liderança' 1 , prevê Harger. O grupo Mexichem conta com 89 fábricas em 41 países e faturamento de USS 4,8 bilhões.

Há 76 anos no país, o grupo francês Saint-Gobain atua nos mercados de produtos para construção, vidro, abrasivos, cerâmicas industriais, tubulações e distribuição de materiais de construção. Com 17 mil funcionários diretos e indiretos, soma vendas anuais de RS 7 bilhões, 53 fábricas, 42 centros de distribuição, dez mineradoras, 36 lojas e 18 escritórios comerciais. "O mercado do habitat é a prioridade do nosso grupo", diz Benoit d'Iribarne, presidente do Saint-Gobain no Brasil. "Do total das vendas de RS 7 bilhões, cerca de 30% vêm de produtos para a construção e 20% da distribuição." Ou seja, 50% do faturamento do grupo no país é gerado no setor de materiais de construção.

"Temos um ano de desempenho razoável, não diria maravilhoso, com um crescimento de 2% a 3% no volume de produção", afirma d'Iribarne, que destaca as diferenças entre as regiões do país. No Sul e Sudeste, ele prevê crescimento de 1% a 2%, enquanto no Nordeste e Centro-Oeste será de 3% a 4%. Também destaca as diferenças de cada segmento. O de gesso, por exemplo, deve crescer mais de 20% por causa da nova tecnologia drywall.

"A necessidade e o potencial é maior do que temos hoje, mas há um gargalo que tenho dúvidas de que possa ser resolvido rapidamente", destaca. O gargalo envolve questões administrativas, falta de mão de obra qualificada e custo de energia do gás, que subiu mais de 20% neste ano. Sem esses empecilhos, ele estima que o crescimento do setor poderia chegar a 10%. "O Brasil é estratégico para nosso grupo e a Saint-Gobain investe muito

MARCELO JUSTO / rOLHAPBCSS 

 Vendas das  no país, com novas fábricas e no

lojasda  vos produtos", ressalta. Em 2013,

Telhanorte  o investimento será da ordem de

vão crescer  R$ 400 milhões.

8% em 2013  Comprada em 2001 pelo Saint

Gobain, quando tinha apenas sete das atuais 36 unidades, a Telhanorte estima ter um crescimento de 8% neste ano. "Nos mantemos prudentes, moderados", diz Manuel Corrêa, diretor-geral da Telhanorte. Em 2014, serão abertas quatro novas lojas de 5 mil metros quadrados e ainda neste ano começa a operar a loja virtual.

nota fiscal eletrônica e as reduções de tributações pagas na origem, no momento da produção, que contribuem para diminuir a sonegação. Em busca de fidelização, a Telhanorte criou seu cartão de crédito, atualmente nas mãos de 500 mil clientes. Sua estimativa é de que 25 milhões de pessoas passam por suas lojas por ano, que exibem um mix de 45 mil produtos.

O mercado brasileiro acaba de atrair mais uma multinacional. Em maio, a rede de lojas Dicico foi comprada pela chilena Falabella, que vai usar no Brasil uma de suas bandeiras, a Sodimac. "O potencial do Brasil é fantástico e estamos focados no futuro", diz Dimitrios Markakis, que se manteve na presidência da Dicico (ficou com 49,9% e vendeu 50,1%). Com 58 lojas no Estado de São Paulo, para 2014 estão previstas a abertura de novas lojas. "É natural abrir primeiro nos Estados vizinhos", comenta ele, indicando que talvez possa ser em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná.

"O ano está sendo bom, embora junho tenha sido um mês estranho", diz Markakis. "Estamos batendo recordes de vendas em agosto, e julho foi o melhor mês da história. O negócio está indo bem, não podemos reclamar", destaca.

Em 2012, a Dicico teve um faturamento de R$ 926 milhões, crescimento de 9% em relação ao ano anterior. Com vendas superiores a US$ 5,3 bilhões em 2012, a Sodimac conta com 136 lojas espalhadas pela Argentina, Chile, Colômbia e Peru. "Nós sabíamos que a Sodimac vinha para o Brasil, um país com cerca de 200 milhões de consumidores. Negociamos por dois anos", conta Markakis. "Outros players virão, grandes varejistas virão para o Brasil", ressalta.

De capital totalmente nacional e entre as cinco grandes do varejo de materiais de construção, a rede de lojas C&C conta com 44 unidades distribuídas entre os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O diretor-geral da C&C, Jorge Gonçalves, diz que serão inauguradas duas novas lojas no Rio de Janeiro ainda neste ano: Nova Iguaçu, em setembro; e Cabo Frio, em outubro. "Precisamos crescer e ocupar espaços porque os concorrentes estão aí", diz.

O segredo do sucesso da C&C, segundo Gonçalves, é garantir o melhor atendimento, fazer uma boa parceria com os fornecedores e ter lojas agradáveis, onde o cliente se sinta em casa, passando pelo quarto, banheiro, sala. -? o estilo "one stop shopping", onde se compra tudo, desde o material para a reforma até a decoração e eletrodomésticos. A empresa também tem um canal de atendimento direto para construtoras, empresas, hospitais e hotéis. "Nosso site foi o primeiro de varejo de material de construção, é muito avançado e vai avançar mais. Além de atender o cliente, tem dicas de faça você mesmo", afirma Gonçalves. Há vários outros serviços exclusivos, como o C&C Orienta, para fidelizar o cliente.

 



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