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AGÊNCIA CBIC

06/05/2013

Empresas têm bons salários

"Cbic"
06/05/2013

Correio Braziliense/BR

Empresas têm bons salários

Construção civil e tecnologia da informação e saúde são os segmentos que oferecem boas oportunidades de crescimento profissional e remuneração compatível com a dos grandes centros urbanos. Mas a área governamental ainda é a melhor pagadora FLÁVIA MAIA
 No mercado aquecido pela iniciativa privada, alguns setores se destacam na criação de empregos e oferecem melhores salários. Na análise de especialistas, no Distrito Federal, as atividades privadas com mais potenciais são a construção civil e a tecnologia da informação (TI). A área de saúde também é considerada como um bom campo para quem deseja seguir carreira fora do setor público.
 Com oferta de vagas e quantidade insuficiente de profissionais, o resultado são bons salários. Na área de TI, por exemplo, um profissional começa com remuneração mínima de R$ 2,5 mil, e pode chegar a ganhar mais de R$ 20 mil por mês. Na construção civil, um engenheiro, dependendo da experiência e das qualificações, ganha de R$ 10 mil até mais de R$ 25 mil mensais. “Brasília é uma cidade que paga bem. Salários na média de grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo”, afirma Rita Brum, sócia proprietária da Rhaiz Consultoria em RH.
 Ludmila Pires Fernandes, 52 anos, apostou na construção civil em Brasília, e hoje tem um cargo de diretoria, o que permite a ela uma vida confortável fora do funcionalismo público. Atualmente, ela trabalha na concepção dos empreendimentos da construtora Villela e Carvalho. Mas adianta que nem sempre o mercado esteve bom como agora. Ela se formou em 1984, momento em que o Brasil passava por inflação e instabilidade política. Devido às dificuldades do setor, na década de 1990, ela trocou a firma em que trabalhava por um órgão público. Ficou um ano, mas sentiu falta da engenharia e da motivação da iniciativa privada. “Muita ente busca estabilidade nos concursos públicos. Na área privada, a sua estabilidade é você quem faz. Tem que se fazer necessário”, afirma.
 Sem arrependimento
 José Cláudio Dias Gonçalves, 50 anos, também fez carreira na iniciativa privada e não se arrepende da posição tomada. Mesmo morando em Brasília, nunca prestou um concurso público. Abriu uma firma de aluguel de máquinas para construção civil com o pai, mas deixou a sociedade para investir na área de tecnologia da informação e está no ramo desde 2002. A princípio, a empresa Logus era terceirizada da Secretaria de Orçamento Federal (SOF).
 No período em que prestou serviços à SOF, José Cláudio adquiriu conhecimento em orçamento e finanças e se especializou em criar soluções de software de gestão pública. Hoje, todos os clientes são órgãos públicos, e eles estão em todas as esferas: federal, municipal e estadual. “No começo, não tínhamos clientes nem salário e trabalhávamos em uma sala de 30m². Insistimos porque sabíamos que os programas para orçamento eram complicados e havia demanda. Com a obrigatoriedade da transparência, estamos atendendo vários sites de órgãos públicos”, afirma.
 Dedicado ao ramo de TI, Cláudio sabe que bons profissionais custam caro. Prefiro pagar mais do que o mercado para ter o profissional capacitado ao meu lado. Alguns entram como sócios nos produtos que fazemos juntos”, explica. O gerente de projeto Masaru Ohasi Júnior, 39 anos, ilustra o caso. Ele, atualmente, é sócio de dois produtos da empresa. Com 25 certificações e uma em que só ele tem no Brasil, Masaru trocou a carreira pública pela privada. Ele passou em 13 seleções públicas e assumiu em cinco. O trabalho de TI é criativo e ágil. O setor público tem um tempo mais lento do que o privado. Eu estava me sentindo um pouco engessado, por isso e também pelo fato de o salário ser maior na empresa, aceitei o convite. ” Conceito No estudo da Codeplan, entende-se servidor público como qualquer trabalhador que tenha o contracheque pago pelo governo. O que engloba os temporários, os comissionados e aqueles que têm cargos de confiança. Trabalhadores terceirizados por uma empresa e que prestam serviços em órgãos públicos não entram na estatística de servidores públicos.
 Vagas para cada perfil
 A vantagem do profissional em escolher setores com mais espaço na economia é a versatilidade. Com vagas tanto no setor público quanto no privado, o trabalhador não fica tão dependente dos concursos públicos em Brasília e pode optar pelo certame ou pela distribuição de currículos nas empresas da capital. “As pessoas precisam trabalhar em vagas que encaixem com seu perfil. Quem é mais tranquilo e quer ganhar logo um bom salário pode prestar um concurso. Os que pretendem construir uma carreira, devem ir para uma empresa”, afirma Rita Brum, sócia proprietária da Rhaiz Consultoria em RH.
 Rita explica que muitos profissionais optam pelo serviço público pela comodidade, salário e pela estabilidade, mas acabam esquecendo as vantagens da iniciativa privada como a possibilidade de construção de carreira. Aqui, na Rhaiz, chegam profissionais que estão no setor público se sentindo engessados, mas que também não querem deixar de lado a estabilidade, conta.
 O professor da Universidade de Brasília e proprietário da J Pinho Consultoria em Recursos Humanos, Jorge Fernando Pinho, lembra ainda que a diferença salarial entre pessoas da mesma qualificação do setor público e do privado em Brasília não é tão grande.A questão é que o setor público paga muito pelo que exige”, analisa.
 Setor público paga mais
 Embora a iniciativa privada empregue mais da metade da população do Distrito Federal, quem trabalha na administração pública ainda tem a vantagem de ter o valor do contracheque mensal mais alto. O salário de quem tem o governo como chefe é, em média, três vezes superior ao de quem trabalha para as empresas particulares. Enquanto os assalariados no setor público ganham, em média, R$ 5.092, as demais ocupações — que englobam empresários, autônomos e empregados — recebem R$ 1.560. Os dados são da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
 Responsáveis pelos salários mais altos, os funcionários públicos do DF representam somente 22,4% dos trabalhadores. Desse percentual, 72,8% ganham mais de cinco salários mínimos, concentrando a renda. A maioria dos servidores recebe, no mínimo, R$ 3.390. Quando as atenções se voltam para a iniciativa privada, responsável por 52,4% dos empregos de assalariados, a maior parte está na faixa de até três salários mínimos. Temos que tomar cuidado, porque a média salarial da iniciativa privada pega extremos, de salários de executivos de empresas, que são poucos, e também de trabalhadores de renda baixa, como terceirizados de limpeza. Isso cria uma distorção no valor médio”, alerta Adalgiza Amaral, coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese.
 No grupo que soma empresários, autônomos e empregados, apenas 12,5% ganham mais de cinco pisos salariais. A maioria vive com até três mínimos — pouco mais de R$ 2 mil. Na distribuição no setor privado, os funcionários de instituições financeiras aparecem com maior parcela entre aquelas empresas que ganham de 10 a 20 salários mínimos, são 13,9%.
 A agropecuária mostra as distorções: 70,1% ganham até três salários mínimos e, ao mesmo tempo, é a com maior percentual de profissionais com renda acima de 20 salários, 5%. No comércio, construção civil, transporte e serviços domésticos mais de 80% dos funcionários ganham até três mínimos.

 
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