Logo da CBIC

AGÊNCIA CBIC

16/01/2013

Caixa reduz juros para compra de imóvel acima de R$ 500 mil

"Cbic"
16/01/2013

O Globo/BR

Caixa reduz juros para compra de imóvel acima de R$ 500 mil

Num financiamento de 30 anos, economia vai superar R$ 50 mil
 Gabriela Valente, Bruno Villas Bôas e Luciana Calaza
 [email protected]
 BRASÍLIA e RIO. Em mais uma tentativa de empurrar a economia, o governo decidiu dar mais um estímulo à construção civil. A Caixa Econômica Federal reduziu os juros para financiamentos de imóveis acima de R$ 500 mil. Segundo fontes da equipe econômica, a medida visa a estimular investimentos e gerar empregos.
 Desde ontem, os empréstimos feitos a clientes que não têm relacionamento com a Caixa terão juros de 9,4% ao ano. Antes, essa taxa era de 9,9% ao ano. Já para pessoas que recebem salário pelo banco pagarão juros de 8,4% ao ano em vez dos 8,9% cobrados até anteontem. No caso de servidores públicos, a taxa pode chegar a 8,3% ao ano. Com as mudanças, num financiamento de R$ 600 mil, por exemplo, o mutuário que fechar contrato de 30 anos fará uma economia de cerca de R$ 43 mil. Num imóvel de R$ 1 milhão, a economia com a queda de juros, num financiamento de 30 anos, ultrapassa R$ 50 mil.
 – Temos muitos clientes da Caixa que já compram imóveis nessa faixa e os clientes que conquistamos em 2012 também serão atendidos – ressaltou o vice-presidente de Habitação do banco, José Urbano Duarte, que confirmou que a estratégia é conquistar mercado entre as faixas de rendas mais altas.
 Segundo o Banco Central (BC), esse nicho – financiamentos imobiliários desenquadrados do Sistema Financeiro Habitacional – está em cerca de R$ 20 bilhões. A Caixa financiou apenas R$ 3 bilhões em 2012 e quer chegar a R$ 6 bilhões em 2013. Dentro do SFH, que tem teto de R$ 500 mil, há R$ 270 milhões em contratos ativos no país. A Caixa tem 71,5% dos financiamentos de imóveis no Brasil.
 Concorrentes mantêm juros
 Os outros quatro principais bancos do país não correram ontem para anunciar redução de taxas, como ocorreu no ano passado com o crédito pessoal e tarifas. O Banco do Brasil (BB) disse que "no momento, não existe a decisão de alterar a taxa". No banco, os juros imobiliários são de 10% ao ano para clientes com pouco relacionamento (taxa de balcão), e de 9,5% para quem recebe salário numa conta da instituição.
 Para o BC, o aumento desse tipo de operação de crédito é salutar já que o cidadão troca uma despesa de serviço, o aluguel, por investimento. Entretanto, ele tem feito aumentar a estatística de endividamento que chegou em 44,53% da renda, em outubro: um recorde.
 As novas taxas prometem movimentar o setor da construção civil que, em dezembro, foi o beneficiado da vez de mais um pacote do governo que custará R$ 3,4 bilhões aos cofres públicos só neste ano.
 Alinhamento com o governo
 O Bradesco disse que vem reduzindo taxas, inclusive em imóveis de mais de R$ 500 mil, sem detalhar o valor desse corte. Os juros são de 11% ao ano na instituição. O Santander anunciou que já trabalha com taxas muito competitivas – quem não recebe salário no banco paga 11% ao ano. O Itaú Unibanco, por sua vez, informou que não há redução porque as taxas já são competitivas. O instituição disse que cobra dos clientes a partir de 8,4% ao ano, mas sem explicar o perfil necessário para o cliente obter esses juros.
 Para Luis Miguel Santacreu, analista da Austin Rating, o corte dos juros pela Caixa mostra alinhamento do banco com a política do governo de reduzir custo do crédito no país e incentivar a construção civil.
 – As construtoras tiveram um ano difícil em 2012 – avalia Santacreu.
 Roberto Kauffmann, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-RJ), diz que o corte dos juros beneficia a classe média. Segundo ele, a Caixa incentiva a construção de imóveis na Zona Sul e parte das Zonas Norte e Oeste, onde o preço de um apartamento pode variar de R$ 500 mil a mais de R$ 1 milhão:
 O financiamento de imóveis que custam mais de R$ 500 mil aumentou sua participação no crédito imobiliário do país: cresceu de 12,61% em 2010 para 18,32% em 2012, considerando os valores financiados (R$ 8,8 bilhões), segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
 Numa simulação feita pelos professores do Ibmec/RJ Gilberto Braga e Marcos Heringer, na compra de um imóvel de R$ 1 milhão, o mutuário pagará R$ 2.324.896,84 no Bradesco e no Santander. Já na Caixa, o total será de R$ 1.796.185,21 e, no Banco do Brasil, de R$ 2.105.886,26.
 Anote
 Dicas para financiamento  
 PESQUISA.  Especialistas sugerem pesquisar e comparar preços dos imóveis sem pressa, assim como se informar sobre as taxas dos bancos. Para que o financiamento caiba no bolso, sugerem que a prestação fique em até 30% da renda familiar
 Tarifa. Os bancos cobram uma tarifa de "avaliação, reavaliação e substituição de bens recebidos em garantia", que pode custar mais de R$ 1 mil. É preciso pesquisar essa tarifa, cobrada por avaliar o valor do preço do imóvel e documentação
 SEGURO.  Os bancos cobram dois seguros junto com o financiamento: o chamado prestamista, que evita que herdeiros assumam a divida em caso de morte, e o seguro de danos materiais, para eventuais danos ao imóvel, como incêndios. Esses seguros acrescentariam cerca de R$ 20, cada.
 ….
 Caixa, Bradesco, Santander, Banco do Brasil

 

 
"Cbic"

 

COMPARTILHE!

VEJA TAMBÉM

Calendário

Data

Este Mês
Parceiros e Afiliações

Associados

 
Sinduscon-RO
Sinduscon-CE
Ademi – PE
Associação Nacional de Correspondentes Caixa Aqui
SECONCI BRASIL
Sinduscon – CO
Sinduscon-DF
Sinduscon – Vale do Piranga
Sinduscon-BC
Sinduscon-JF
Ademi – SE
Sinduscon-BNU
 

Clique Aqui e conheça nossos parceiros

Afiliações

 
CICA
CNI
FIIC
 

Parceiros

Visão geral da privacidade

Este site usa cookies para que possamos fornecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.