Jornal do Commercio RJ/RJ
Construtoras se destacaram
REBECCA MELLO
A expectativa de que as medidas do governo para aumentar o consumo interno finalmente se traduzirão em recuperação do crescimento do País e avanço do fluxo de caixa das companhias fizeram com que ativos do setor de construção civil liderassem a ponta compradora da sessão de ontem da Bovespa. Houve operadores que disseram perceber um leve otimismo que acabou beneficiando as ações atreladas à economia doméstica.
A ação da PDG registrou a maior valorização, de 4,67%, a R$ 3,36, seguida por Gafisa, que avançou3, 81%, a R,90, Brook- field que subiu 1,95%, a RS 3,66, MRV que ganhou 1,79%, a RS 11,35, e Cyrela com alta de 0,43%, a RS 18,59. Os analistas Daniel Gasparete e Guilherme Vilazan- te, do Barclays, acreditam que após o turbulento momento enfrentado pelas construtoras no ano passado, esse ano as companhias devem engatar movimento de recuperação.
Os analistas apostam nas ações da Gafisa, da Tecnisa e da PDG. "O pessimismo em 2012 com os ativos, que foram de certa forma exagerados, fez com que os papéis ficassem baratos", enfatizaram, em relatório. De acordo com Gasparete eVila- zante, os investidores deverão realizar pressão compradora nos ativos diante da perspectiva de recuperação da economia brasileira.
A MRV, que não conseguiu que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) retirasse o seu nome do cadastro de empregadores, criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que sujeitam funcionários a condições semelhantes.
as de escravidão, também pegou carona na onda de otimismo em relação ao setor, apesar de seguir fazendo parte da lista, que é chamada pelo mercado de lista suja do trabalho escravo.
Apesar do tom negativo em relação à MRV, a equipe de analistas da Um Investimentos tam- bém aposta no desempenho positivo de ativos do setor de construção civil devido à possível aceleração da atividade econômica, com redução da taxa de juros, baixa taxa de desemprego
e recentes incentivos governamentais. "A preferência é pela ação da Cyrela, que emendou sucessivos trimestres com ganhos de margem bruta devido ao corte de lançamentos e estoques e aceleração das vendas", apostaram.
Os analistas do BB Investimentos também enfatizaram a estimativa de retomada do crescimento interno, sendo mais consistente na visão do mercado. "Os efeitos dos estímulos do governo no ano passado aparecerão", acreditam. A equipe também aposta no avanço da ação da Cyrela no ano, lembrando que em um cenário conturbado do setor de construção civil em 2012, os ativos registraram alta de 22,8%.
A ação da Rossi aparece na lista de apostas do BB Investimento. Os analistas ressaltam que a reestruturação da empresa e o aporte de RS 600 milhões beneficiam os papéis, principalmente levando em consideração a queda de 39,6% do ativo no ano passado. "A Rossi está seguindo o mesmo caminho que a Cyrela nos últimos anos, focando nos mercados que possui atuação mais expressiva, São Paulo e Rio de Janeiro. Rossi caiu 0,22%, ontem, a RS 4,47.
|