Jornal Estado de Minas/BR – 05/05/2011
telha ecológica e barata
Mais resistentes e leves, coberturas de PVC se mantêm estáveis às
tempestades, granizos e outras intempéries
Humberto Siqueira
Visando a ganhar agilidade, produtividade, baratear os custos e combater o
déficit habitacional, a indústria da
construção civil tem buscado novas soluções, equipamentos e materiais.
Uma novidade em especial tem chamado a atenção dos trabalhadores do setor. A
estrela em questão é a telha de PVC. Em seu lançamento, na Feira Internacional
da Construção 2011, em São Paulo, gerou uma enxurrada de 8 mil e-mails aos
funcionários da Precon, expositores e fabricantes no Brasil.
Um dos diferenciais está no peso. O PVC chega a 5% a 10% do peso das telhas
de barro, por exemplo, o que dispensa o uso de caibros, ripas e outras
estruturas de sustentação. Enquanto a cerâmica exige um espaçamento do
madeiramento que dá suporte às telhas de 30 em 30 centímetros, a de PVC requer
um metro. Isso gera economia com a madeira e a mão de obra, já que o serviço a
ser executado é menor. "Além disso, o projeto foi desenvolvido com
matérias-primas não tóxicas e recicláveis. Nossa produção não gera resíduos e
tem circuito fechado e todo automatizado", revela Cléber Mário Borges,
diretor de Operações da unidade de PVC da Precon.
Para uma cobertura colonial de área de 280 metros quadrados (m²), com telhas
de 2,30m (área útil de 1,87m²), seriam necessárias 150 unidades de telhas PVC,
a um custo de R$ 5,1 mil. No caso de telhas de cerâmica, o custo subiria para
R$ 5.850. Os valores não levam em consideração os custos com madeiramento e mão
de obra. "A economia é de 15% a 20% usando o PVC", calcula Eder
Campos Ferreira Filho, diretor da Precon.
A durabilidade do PVC também gera economia. As telhas de PVC se mantêm
estáveis às tempestades, granizos e outras intempéries. Também podem ser usadas
como fechamento de espaços. As peças têm baixíssimos índices de expansão
térmica e, frente a variações de temperatura, sua estabilidade dimensional e de
cor é superior à das telhas convencionais. Em caso de incêndio não propaga as
chamas.
O produto já pode ser encontrado em 650 pontos de venda no Brasil. "Nossa
expectativa é de que seja largamente conhecido e aceito em cinco anos",
estima o presidente da Precon, Bruno Simões Dias. "Ele foi aprovado por
vários órgãos e instituições e obedece a todas as normas da ABNT",
confirma ele.
VARIEDADE A empresa oferece quatro modelos de telhas: colonial, ondulado,
minionda e trapezoidal, nas cores colonial, marfim e branca. Também
comercializa todas as peças de concordância como cumeeiras centrais,
triangular, lateral, peças de fixação, capa lateral e fechamento da cumeeira.
Para produzir as novas peças, a Precon ergueu uma planta industrial em Pedro
Leopoldo, com investimento de R$
23 milhões e capacidade de produção de 285 mil metros quadrados por mês.
"Nossa expectativa é ampliar o faturamento da empresa de R$ 260 milhões
para R$ 430 milhões até o fim do ano. Para o futuro, a ideia é fazer mais duas
ou três fábricas pelo Brasil, começando pelo Nordeste", revela Bruno.
Bruno garante que todo o sistema é mais barato. "O transporte, as
perdas, espaço para exposição. E a tendência é que até a madeira seja
substituída por perfil de PVC. Para quebrar as resistências iniciais, temos uma
equipe para atender ao público e outra especificamente para as
construtoras", diz.
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