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AGÊNCIA CBIC

17/12/2022

Brasil recebe aço importado da Turquia por cooperativa de construtoras

De janeiro a outubro de 2022, a construção já abriu mais de 288 mil novos postos de trabalho. O resultado poderia ter sido melhor, não fosse a alta dos custos dos materiais de construção desde julho de 2020. Em busca de novos fornecedores para amenizar a pressão desses custos e, assim, fortalecer empresas e empregos do setor, a Cooperativa da Construção Civil do Estado de Santa Catarina (CooperconSC), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), trouxe neste mês de dezembro mais um lote de importação do aço turco certificado pelo Inmetro.

A ideia é dar continuidade às obras em todo o país, gerando milhares de empregos e fazendo o motor da economia do país girar. Indiscutivelmente a indústria da construção tem sido a âncora da economia brasileira e a forte geração de emprego é reflexo do desenvolvimento do segmento, que deve registrar crescimento de 7% neste ano e de 17,7% no biênio 2021-2022. De julho de 2020 a outubro de 2022, o setor foi responsável pela geração de mais de 670 mil novas vagas com carteira assinada.

Na avaliação do presidente da CBIC, José Carlos Martins, “tirando a Covid, nos últimos 3 anos o aumento dos insumos foi, indiscutivelmente, o maior problema enfrentado pela indústria da construção”.

Desde junho de 2022, o setor registra uma desaceleração do custo dos insumos. Em destaque, a redução do preço dos vergalhões e arames de aço carbono dentro do INCC/FGV. De julho de 2020 a maio de 2022 esse insumo aumentou 91,6% e de junho a novembro de 2022 caiu 7,32%. Em maio de deste ano, de acordo com a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, houve a redução da alíquota de importação de 10,8% para 4%. “Essa medida pode ter contribuído para reduzir a queda do preço desse insumo nos últimos meses”, frisou.

No entanto, segundo Vasconcelos, essa desaceleração não significa queda, mas variação em menor grau ao observado no período de julho de 2020 a junho de 2022. “O setor continua com o crescimento do custo, apesar de em um menor patamar”, salientou.

Aço importado

Aproveitando a redução do imposto de importação de vergalhões, de 10,8% para 4%, como oportunidade de reduzir custos e driblar a alta nos preços do insumo no mercado nacional, a importação de aço via CooperconSC já alcança 25 estados brasileiros, com mais de 300 empresas atendidas.

A operação representa, mais uma vez, a garantia de abastecimento das empresas participantes desde o primeiro processo de importação do insumo, contribuindo para o cumprimento dos seus cronogramas de obras, com preços estáveis do produto.

O número, segundo o presidente da cooperativa, José Sylvio Ghisi, segue crescendo. “Aqueles que participaram do primeiro processo de importação seguem firmes, participando de todas as operações que realizamos!”, frisou.

José Sylvio Ghisi salienta que a instabilidade e o constante risco de falta de material prejudicam a competitividade do setor da construção. “As empresas não conseguem fazer um custo de obra assertivo, uma programação financeira ou um planejamento de compras de longo prazo, porque os valores sofrem variações mais de uma vez dentro do mesmo mês”, menciona.

O dirigente ressalta que toda vez que a demanda aquece o setor sofre com a falta de algumas bitolas no mercado e, com isso, os preços sobem instantaneamente até o abastecimento normalizar. “Logo na sequência as empresas sofrem o mesmo problema com outra bitola e, assim, ficamos enfrentando dificuldade de atendimento e alta de preços”, disse Ghisi.

O navio vindo da Turquia, com toneladas de Aço SC50, atracou neste mês de dezembro no Brasil. A carga já foi nacionalizada e está liberada aos participantes para coleta dos seus pedidos.

Manutenção da redução do Imposto de Importação

Após anos de intenso trabalho e como oportunidade de reduzir custos e driblar a alta nos preços do insumo, a CBIC apresentou à Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia uma solicitação de redução da tarifa de importação do aço. Além disso, esteve com o ministro Paulo Guedes mostrando que, se nada for feito, o consumidor e o próprio governo vão pagar a conta desse aumento de custo, que deverá ser repassado ao preço final das obras.

“Reduzir os preços significa permitir a continuidade da demanda na construção civil e a consequente geração de emprego e renda. Um país que precisa melhorar sua economia e tem uma série de problemas sociais não pode se furtar de tomar medidas que vão resultar em benefícios socioeconômicos”, concluiu Martins.

O setor da construção chegou a solicitar ao governo alíquota zero para o imposto de importação até normalizar a produção, porém o II foi reduzido para 4% e o benefício encerra neste mês.

“Contamos que seja revisado novamente essa questão para 2023, buscando zerar o Imposto de Importação para vergalhões, considerando que teremos um grande aumento no consumo com aquecimento do setor da construção civil e ainda devido ao conflito Rússia e Ucrânia, crise energética na Europa e consumo na China”, frisou Ghisi.

Segundo o presidente da Cooperativa, o volume de exportações das usinas nacionais disparou, aproveitando a alta do dólar. Portanto, reduzir o Imposto de Importação no vergalhão significa ajudar a garantir o abastecimento de aço e não deixar acontecer o “apagão” que tivemos em 2020, com a redução de produção nacional, ficamos até segundo semestre 2021 sem conseguir atendimento de Aço para os projetos em andamento por todo o País.

Importação: custo competitivo para as empresas

Além das condições de custos mais favoráveis, operação de menor custo no País, o processo de importação da CooperconSC segue todas as normas brasileiras – ABNT e Inmetro e é transparente com os empresários, ao apresentar análises constantes do melhor momento para executar a operação, considerando condições estratégicas do setor da construção.

O processo de importação de Aço CooperconSC tem um prazo estimado para execução total em 90 dias. Com o advento da guerra na Ucrânia e a total falta de discernimento e compreensão do setor da construção, a cooperativa se movimentou para reduzir o impacto das barreiras e restrições, principalmente no transporte marítimo, com as sanções para as bandeiras Russa dos navios, conseguindo, mesmo nesse período extremamente crítico, executar e concluir sua operação de importação de aço entregue neste mês no Porto de Itajaí.

Novos projetos da CooperconSC para 2023

O fortalecimento do setor da construção com as importações da CooperconSC, por meio de ações de planejamento e não só o dia a dia da obra, abre espaço para um novo momento do setor. “Seguimos gerando valor e levando cooperativismo ao segmento da construção civil com nossas importações, que seguirão de acordo com a demanda dos cooperados”, ressaltou Ghisi, destacando que o cooperativismo movimenta trilhões anualmente em todo o mundo e promove a união de pessoas em torno de um objetivo.

Confira nos links abaixo fotos e vídeos do descarregamento do aço importado no porto de Santa Catarina.

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