Participantes do BIM Colaborativo apresentam resultados do projeto
Chegou ao fim nesta sexta-feira (31) o projeto-piloto do BIM Colaborativo, com a participação de 16 empresas brasilienses. A iniciativa visa viabilizar a introdução da Modelagem da Informação da Construção (BIM) no cotidiano do setor imobiliário. O encerramento ocorreu na sede do Sindicato da Indústria da Construção do Distrito Federal (Sinduscon-DF) e contou com a apresentação dos resultados das equipes, que fizeram um balanço positivo da experiência.
O BIM Colaborativo é uma parceria entre a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), o Sinduscon-DF e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do DF (Sebrae-DF). O piloto começou em outubro do ano passado, com o apoio de consultoria especializada e dos principais desenvolvedores de software BIM do mercado.
O trabalho foi dividido em várias fases, como explica o responsável pela coordenação técnica do projeto, Rogério Suzuki. As atividades incluíram workshops, alinhamento conceitual, estudos dos processos e objetivos de implantação do BIM para os empreendimentos, de acordo com a especialidade e sistema de gestão de cada um. “O objetivo é fomentar micro e pequenas empresas do DF”, disse o engenheiro.
Uma vez delineadas as metas, foram formadas seis equipes, que trabalharam cooperativamente no desenvolvimento das soluções em BIM escolhidas. A consultora da Vista Consultoria Márcia Codecco encabeçou o iniciativa junto à Suzuki e elogiou o esforço de todos os envolvidos. “Fizemos todo um nivelamento antes de começar os projetos. Foi muito bom e dinâmico”, avaliou.
A arquiteta da Itebra Maricélia Lisboa foi uma das inscritas. Foi a primeira vez que a empresa teve contato com o BIM. “Entramos sem nenhuma experiência e foi muito gratificante ver a implementação da ferramenta na empresa. É um ciclo constante. Aprendemos bastante”, relatou.
Outros participantes já tinham familiaridade com o BIM, mas, mesmo assim, contaram que a oportunidade trouxe muito aprendizado. É o caso do diretor da Apex Engenharia, Eduardo Aroeira Almeida, cuja empresa já utiliza a tecnologia. “Foi excelente. Já esperava ganhos, mas o BIM Colaborativo permitiu identificar possíveis melhorias e nos aprofundar ainda mais”, salientou.
O diretor da Verko Engenharia, Ricardo Alexandre Gois Ferreira, também descreveu a experiência como muito produtiva. “Pudemos otimizar processos e galgar resultados num curto período de tempo”, comentou. Ele também trabalha na Infraero, que já adota o BIM para projetos, e diz que aplicará os conhecimentos também para obras e manutenção.
Para a diretora de projetos da Síntese Acústica Arquitetônica, Fabiana Curado, o pontos de destaque foi poder ver as diversas funcionalidades e benefícios do BIM. “O mais interessante foi ver envolvida toda a cadeia produtiva, como projetistas, incorporadoras e pessoal de orçamento, e entender como o mercado funciona por meio desse modelo”, detalha.
As equipes contaram com a ajuda de desenvolvedores especializados, que também disponibilizaram os programas e ferramentas necessários de forma gratuita. O assessor para o mercado corporativo e governo da AltoQI Jordayn Wall Thomaz de Almeida foi um deles. “Pudemos demonstrar na prática como é trabalhar com esses softwares”, relatou.
Todos os participantes receberam certificados. Durante a cerimônia de encerramento, o vice-presidente da área de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da CBIC, Dionyzio Klavdianos, ressaltou o sucesso da ação. “É uma iniciativa única no país e esperamos que seja ampliada para outras cidades”, afirmou.
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