Formação de preços e relações contratuais são temas de roadshow no Pará
Apostar na valorização dos conhecimentos consolidados da engenharia é o caminho para que os projetos no setor de construção aumentem seu percentual de sucesso. Discutir os benefícios que uma evolução no segmento de formação de preços e melhora das relações contratuais pode trazer para os projetos são uma necessidade do setor da construção hoje. Pensando nisso, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Sindicato da Construção Civil do Pará (Sinduscon-PA), vai promover o ‘Roadshow Formação de Preços e Relações Contratuais’, que será realizado no próximo dia 29 de novembro, das 9h às 16h30, na Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), em Belém.
O coordenador da Subcomissão de Contratos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e superintendente comercial na Reta Engenharia, Thiago Melo, vai abordar as modalidades de contratos em obras industriais e corporativas, com ênfase na construção da cartilha de contratos da CBIC. “A metodologia dessa cartilha foi construída com a participação de todas as entidades envolvidas: contratantes, contratadas, gerenciadoras e empresas de engenharia, o que foi fundamental para o resultado final”.
Soluções para o setor também serão abordados por Melo. “Está comprovado, por estatísticas, que um dos fatores de insucesso se refere ao processo de formação de preços dos projetos industriais e corporativos. Por isso, nós vamos discutir essa formação de preços, dando um destaque especial para nossa cartilha sobre a parcela de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI)”, destaca.
Já Iomar Tavares, diretor presidente da MIP Engenharia, que realiza um trabalho de sensibilização dos empresários sobre gestão compartilhada desde 2015, explica um dos riscos para as empresas que utilizam o processo de compartilhamento. “Nesse sistema, que tem vários tipos de contrato, o principal risco tanto para o contratante quanto para o contratado é a falta de informação. É preciso uma garantia mínima de que o projeto está sob controle e de que todas as informações de risco estão definidas, para evitar surpresas que podem onerar e aumentar o prazo de execução do mesmo, gerando disputas jurídicas”, alerta.
Tavares ressalta ainda a necessidade de se integrar todas as etapas da obra, atribuindo à gestão compartilhada a criação de uma sinergia entre as partes, em benefício do empreendimento. “A ideia é tentar estar perto do cliente o mais cedo possível no processo, dando sugestões e fazendo a consuntibilidade junto com o cliente. Tudo isso de forma amarrada, visando um equilíbrio para os dois lados”, afirma.
A valorização da engenharia, outro tema que será discutido no evento, terá como palestrante o ex-diretor de projetos de capital da Vale e presidente da GTEC Consultoria, Galib Abrahão Chaim.
A capital paraense será a primeira cidade do país a receber o roadshow da CBIC, em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional) – no âmbito do projeto ‘Fortalecimento das Empresas de Obras Industriais e Corporativas’ -, e com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) e do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral).