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16/05/2018

Instituto de Cardiologia de Santa Catarina apresenta caso prático de licitação em BIM em agenda prévia do 90º Enic

As significativas mudanças nos fluxos de trabalho que foram necessárias para a implantação do BIM (Building Information Modeling – Modelagem de Informações da Construção) no novo Instituto de Cardiologia de Santa Catarina foram apresentadas nesta quarta-feira (16/05) no 90° ENIC – Encontro Nacional da Indústria da Construção.

Em parceria com o Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) e da Secretaria de Planejamento do Estado de Santa Catarina, a Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e produtividade (Comat) da CBIC e o Senai Nacional, realizou o evento “Caso prático de licitação em BIM – Instituto de Cardiologia de Santa Catarina”, na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Florianópolis (Sinduscom/SC). O evento contou ainda com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-DN).

O primeiro processo de licitação de projetos executivos em BIM feito pelo Governo do Estado foi realizado pelo escritório EA+ Studio Arquiteturae contou com entregas quinzenais em formato eletrônico dos projetos em andamento a fim de acelerar o processo de aprovaçãoO edital e o acompanhamento da evolução dos projetos em BIM, atestando inclusive as entregas, foi desenvolvido pela Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina.

Segundo o engenheiro da Secretaria de Planejamento de Santa Catarina, Bruno Conquioni Hillesheim, a construção do Caderno BIM foi a principal mudança necessária para a implantação do modelo no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina. De acordo com Hillerheim, o caderno também foi usado como anexo do edital. “Ele esclarece como o estado gostaria de receber as entregas e norteia as empresas que participaram da licitação. Além disso, o Caderno BIM também revela o andamento do projeto detalhando que empresas já entregaram e o que ainda deverá ser entregue”, detalhou.

A engenheira da Secretaria da Saúde de Florianópolis, Ana Emília Margotti, reforça que as benfeitorias do projeto realizado em BIM foram percebidas desde o início do projeto. “Toda a organização do fluxo de trabalho é diferenciada. A evolução dos projetos é toda encaminhada com a equipe, o que favorece e reduz retrabalho e revela a qualidade do projeto e de informações constantemente”, explicou.

Para o presidente da Comat/ CBIC, Dionyzio Antonio Martins Klavdianos, promover e difundir processos de utilização do BIM no Brasil contribui para inovar a indústria da construção e aumentar a transparência das compras públicas no País. “A utilização do BIM em instituições públicas reduz custos e aumenta a eficácia no mercado de construção. O BIM evita retrabalho, aditamentos de contratos, da maior agilidade e qualidade”, destacou Klavdianos.

Setor privado
O responsável pela empresa de projetos vencedora do edital, Studio EA+, detalhou a experiência na elaboração dos projetos do Instituto de Cardiologia e a visão desta iniciativa, por parte do setor privado. Ronaldo Martins explicou que 90% dos projetos que a empresa atua são na área privada mas, que ele sempre percebeu possibilidades no setor público.

Ele conta que o projeto do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina apresentou algumas dificuldades no início do projeto como a localização de um olho dágua no terreno, o que limitava o desenvolvimento do projeto. “Recebemos um terreno que não tinha avaliação ambiental e, com isso, ficamos com apenas 1/3 da área para utilizar. Usamos o BIM mostrando a volumetria inicial e todas as necessidades mostrando que ainda era possível construir os 28 mil metros de obra verticalizando o edifício sem interferir na área da mata que é preservada’, concluiu.

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