Logo da CBIC
11/11/2021

Nova Lei de Improbidade Administrativa não afrouxa o combate à corrupção e promove segurança jurídica

Na live Quintas da CBIC desta semana (11) especialistas debateram as mudanças aprovadas na Lei de Improbidade Administrativa para as construtoras e para os gestores públicos. O projeto que modula a Lei foi sancionado em 26 de outubro deste ano. A iniciativa visa facilitar a tomada de decisão do poder público e é considerada uma ‘vitória’ para a indústria da construção, por promover maior segurança jurídica.

O presidente da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Carlos Eduardo Lima Jorge, defendeu que a nova Lei não afrouxa o combate à corrupção e traz segurança jurídica.

“Nós entendemos que absolutamente não foi isso que aconteceu [o afrouxamento no combate à corrupção]. Primeiro, porque a nova lei, em boa medida, consolida entendimentos que o próprio Superior Tribunal de Justiça (STJ) já vinha cravando em suas decisões para uma melhor aplicação da Lei de Improbidade. Segundo, as alterações aprovadas buscam, claramente, agregar segurança jurídica para o gestor de boa fé, minimizando procedimentos que se convencionou chamar de ‘apagão das canetas’”, disse Carlos Eduardo.

O prefeito de Porto Velho e vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Hildon Chaves, também ressaltou que a nova Lei busca salvaguardar o gestor de boa fé. “Cerca de 92% das ações de improbidade que chegam ao STJ são anuladas ou julgadas improcedentes. A lei da forma como estava praticamente paralisou o serviço público como um todo. Ninguém tinha coragem de decidir. Tudo isso gera impactos na sociedade”, explicou.

O advogado Fernando Vernalha afirmou que a reforma da lei é importante para mitigar o fenômeno do apagão das canetas, para dar mais segurança ao gestor e impõe a obrigação para os controladores considerarem as consequências práticas das suas decisões. “São alterações importantes que corrigem distorções do passado. Na minha opinião, vai contribuir para aperfeiçoar o sistema de controle e ter uma calibragem mais justa da improbidade administrativa no Direito brasileiro”, disse.

Já para o advogado Marcos Saes, só se promove justiça se fizer correta a aplicação da lei. “Agora fica muito mais fácil para o servidor público, para o agente político, para o Ministério Público poder trabalhar e para o Judiciário julgar de forma melhor. Talvez diminua esse percentual de 92% quando a gente tiver mais clareza na legislação”, reiterou.

Os especialistas ainda debateram sobre obras paralisadas, licenciamento ambiental, entre outros temas. Assista à íntegra da transmissão e saiba todos os detalhes!

A iniciativa tem interface com o projeto “Melhoria da competitividade e da Segurança Jurídica para Ampliação de Mercado na Infraestrutura” da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

COMPARTILHE!

Agenda COINFRA

Este Mês
Comissão de Infraestrutura
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.