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24/02/2021

Seminário Sinapi completa 40 edições e atinge todas as capitais do país

Coroando o trabalho de quase oito anos entre o setor da construção e a Caixa Econômica Federal, a Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou nesta quarta-feira (24) a 40ª edição do Seminário de Revisão do Sistema Nacional de Pesquisas de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), com a presença de cerca de 100 empresários e profissionais do setor da construção e da Caixa.

A abertura oficial do evento, que encerrou o ciclo de apresentação do seminário em todas as capitais do país e foi realizado virtualmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amapá (Sinduscon-AP), contou com as participações da vice-presidente de governo da Caixa, Tatiana Thomé, e dos presidentes da CBIC, José Carlos Martins, e da Coinfra/CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge.

Atualmente, o Sinapi compõe mais de cinco mil composições que podem ser usadas como parâmetro para justificar os preços utilizados e ter um orçamento melhor.

Ao agradecer a parceria da CBIC com a Caixa, iniciada com sua participação em 2013 para a revisão do sistema, a vice-presidente de Governo da instituição, Tatiana Thomé, destacou a importância de o processo ter o olhar do setor produtivo. “A iniciativa deu início a uma solução estruturante de uma agenda que construiu uma ponte entre a Caixa e a Academia e que fortaleceu todo o setor da construção”.

O presidente da CBIC, José Carlos Martins, salientou sua felicidade em comemorar o diálogo estabelecido com a Caixa, que resultou na realização da 40ª edição do Seminário de Revisão do Sinapi, importante não apenas para a melhoria do processo, mas também por levar conhecimento aos orçamentistas e empresários de como utilizar bem a ferramenta. “Temos que ficar muito felizes hoje, porque foi um caminho que trilhamos de 2013 para cá. São quase 8 anos e hoje completamos todos os estados brasileiros”.

O presidente da Coinfra/CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, mencionou que tão importante quanto a revisão do sistema é a parte de alimentação dessa estrutura, que neste caso se dá pelo IBGE. “Temos realizado reuniões com a FGV e o IBGE sobre a estrutura de custos. Estamos preparando com o IBGE uma remodelagem da sua pesquisa de preços, buscando ampliar a sua base. Pretendemos iniciar esse trabalho pelos estados do Amapá e do Maranhão. Muita atenção será dada a questão da logística – preocupação detectada desde o ano passado –, que tem uma influência muito grande de como e onde coletar preços”, anunciou Lima Jorge, informando que a questão do preço do IBGE será objeto de uma nova reunião.

“A base da pesquisa é pequena e o que mais tem é preço de São Paulo”, reforçou o consultor da CBIC/Sinapi, Geraldo de Paula, destacando que a preocupação do setor é manter o mercado ativo e saudável, por isso a importância de cuidar do Sinapi.

Setor detalha Sinapi aos empresários e profissionais do Amapá

Anfitrião do seminário, o presidente do Sinduscon-AP, Glauco Cei, destacou a expectativa dos empresários com o evento. “Um pontapé inicial para buscar um denominador comum e conhecer as particularidades do sistema para as empresas que estão no dia a dia e querem concluir as obras com preço justo”.

O diretor da Múltipla Engenharia, Álvaro Andrade Vasconcellos, reforçou que “um orçamento bem elaborado proporciona resultado, qualidade, previsibilidade e a continuidade do empreendimento”.

Ressaltou ainda a importância da retroalimentação do sistema, pelo usuário, e que orçamentistas precisam estar nos canteiros de obras, por que são os primeiros profissionais a perceberem as necessidades e dificuldades do orçamento. Lembrou que “orçar é construir em uma planilha”.

O gerente executivo do Sinapi/Caixa, Mauro Fernando Martins de Castro, esclareceu que o Sinapi é um sistema de referências com composições e insumos nacionais e que os preços é que são locais, pesquisados pelo IBGE em 27 Unidades da Federação.

Informou que a Caixa é responsável pela gestão das aferições pela aferidora e atua na revisão permanente das referências.

Castro destacou que o Sinapi não é tabela e que composições podem não ter custo, por faltar preço para algum insumo (sem pesquisa pelo IBGE). Salientou ainda que referência não é só composição e insumo publicado com custo e preço e que os coeficientes dos itens são referências para as composições e especificações para insumos

Já Ubiraci Souza, da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE), destacou o processo de aferição das composições e avaliou a relevância do trabalho de integração entre a FDTE e a Caixa para o novo Sinapi, uma contribuição para o desenvolvimento do país, por dar mais ferramenta para a indústria da construção, em razão da sua importância para economia brasileira.

Já a coordenadora do Sinapi/Caixa, Iris Luna Macedo, apresentou a documentação técnica, os insumos e as composições do sistema.

Também participaram do evento:

  • Luiz Eduardo Corrêa, vice-presidente do Sinduscon-AP
  • Roberto Tavares de Souza, diretor do Sinduscon-AP

O seminário integra as ações do projeto ‘Melhoria da Competitividade e Ampliação de Mercado na Infraestrutura’, da CBIC, em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

Veja a íntegra da apresentação do Seminário Técnico de Revisão do Sinapi.

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