Sienge e Grant Thornton lideram estudo sobre BIM na construção
O uso do BIM (Building Information Modeling) será obrigatório para obras públicas no Brasil a partir de janeiro de 2021, conforme decreto nº 9.983/2019. Dentre os benefícios, a metodologia traz ganhos de produtividade, redução de desperdícios, desempenho e controle mais afinado da obra e da operação das edificações. A expectativa é que a obrigatoriedade logo se desdobre para o setor privado.
Entretanto, o Brasil ainda se encontra num estágio muito incipiente de adoção da metodologia. Diante deste cenário, o Sienge, em parceria com a consultoria internacional Grant Thornton, realiza uma pesquisa pioneira para avaliar a maturidade das empresas brasileiras na adoção da metodologia BIM. A iniciativa conta com o apoio da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE).
O estudo será dividido em três etapas. A primeira, em andamento entre os dias 29 de junho e 24 de julho, tem o objetivo de mapear empresas que já utilizam ou planejam utilizar BIM. A intenção, neste momento, é atingir o máximo de profissionais da construção para ter um raio-X preciso do mercado. Para participar basta responder ao formulário disponível no site do Sienge.
Já na segunda fase, prevista para ocorrer a partir do final de julho, a pesquisa terá como foco entender a maturidade de uso do BIM nas empresas que já o adotam. Na terceira e última etapa, em novembro, ocorrerá o lançamento do mapeamento ao mercado. A partir dos dados coletados será possível entender os desafios a serem superados e os passos necessários ao longo do processo de maturação do BIM no Brasil.
O Sienge é a espinha dorsal tecnológica de seus clientes e a principal Plataforma de Gestão da indústria da construção. Os benefícios do Sienge Plataforma são obtidos a partir da máxima integração entre projetos e destes com a obra ao longo do ciclo de vida do projeto. Esse também é o princípio do BIM. Assim, inúmeras possibilidades se desdobram a partir da integração entre BIM e Sienge, como, por exemplo, a extração de quantitativos, emissão de pedidos e ordens de pagamento, dentre outras.
Giseli Anversa, Lead Product Manager do Sienge, acredita que a metodologia BIM é a alavanca que trará transformação digital para o canteiro de obras. “Realizar este mapeamento é, ao mesmo tempo, um desafio e um marco na história do BIM em nosso País. Estamos unindo duas características do Sienge: conteúdo e tecnologia. É um olhar atento à realidade da Indústria da Construção para apoiar e incentivar o aumento da maturidade BIM no Brasil”, destaca.
Para Rafael Fernandes Teixeira da Silva, consultor estratégico em BIM, este diagnóstico é estratégico e norteador para construção de políticas e leis que fomentem a qualidade dos produtos e processos da construção. “Em oito anos estudando e falando sobre BIM, ficou claro o impacto positivo que sua adoção traz para todo o setor da construção, público ou privado”, afirma.
Além de o Governo Federal já ter estabelecido prazos para adoção do BIM em obras públicas, há grande pressão por parte do mercado – em todo o mundo – para a ampla adoção do BIM. Entretanto, como diz Anversa, “o estágio incipiente de adoção da metodologia torna difícil saber o nível de maturidade do mercado”.
Para Luiz Iamamoto, líder do setor de Infraestrutura e Projetos de Capital da Grant Thornton, a adoção do BIM faz parte da preparação do setor para acolher inovações disruptivas. “O BIM faz parte desta tendência global e está progressivamente, se tornando um agente importante para preencher as lacunas necessárias relacionadas à melhoria na transformação digital e consequentemente, na produtividade do setor”, afirma.
Dados de mercado
De acordo com a CMAA Emerging Technologies Committee Members: Soad, mais de 30% dos custos globais na construção civil são gastos em campo devido a erros de coordenação, desperdício de material, ineficiência do trabalho e outros problemas na abordagem atual da construção. Para melhorar essa situação, a iniciativa do governo pretende aumentar em dez vezes a implantação do BIM.
Com isso, espera-se que 50% do PIB da construção civil utilize a metodologia até 2024. Por meio de protótipos e simulação da construção, o BIM permite criar melhores projetos e reduzir retrabalhos e desperdício de material e mão de obra. O BIM permite construir obras virtualmente, da concepção à demolição, passando por toda a operação ao longo de sua vida útil.
(Com informações da Sienge/Grant Thornton – Trama Comunicação)