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22/05/2018

CBIC Jovem é apresentado à universidade

A ação pretende aproximar os jovens do setor da construção para que possam participar de forma ativa dos sindicatos

Jovens empresários, integrantes do CBIC Jovem, aproveitaram o 90º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), realizado em Florianópolis, de 16 a 18 de maio, para apresentar o programa de formação de lideranças a estudantes de engenharia da Universidade Federal de Santa Catarina. Numa reunião no campus na noite do dia 17, eles conversaram com os estudantes sobre suas experiências na profissão e outros assuntos, como a aproximação da academia com a indústria e a importância das entidades representativas do setor. Os estudantes receberam coletâneas de publicações técnicas da CBIC e convites para participar do último dia do 90º Enic.

A iniciativa faz parte do projeto Desenvolvimento de Lideranças do Fórum de Ação Social e Cidadania da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Fasc-CBIC), com correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional), que visa fortalecer os vínculos da academia com a indústria, contribuindo para melhorar o conhecimento dos futuros profissionais e estimular a inovação no setor.

Segundo Ana Cláudia Gomes, presidente do Fasc, o objetivo é que os futuros profissionais saiam da universidade sabendo da importância dos sindicatos e entidades representativas na superação das dificuldades e desafios do setor de construção. Ela informou aos estudantes que 85 entidades estão associadas à CBIC, que trabalha pelo setor e pelo desenvolvimento do País.

“Queremos aproximar esses jovens para que possam participar de forma ativa dos sindicatos. É uma ação de aproximação e de fortalecimento desses jovens”, explica Ana Cláudia. Assim, os novos profissionais podem sair da universidade sabendo um pouco mais do que vão enfrentar no mercado de trabalho. O engenheiro precisa de muitas habilidades, pois tem que lidar com pessoas, com contabilidade, com finanças, com a burocracia estatal, além da parte técnica da obra.

Nem todos esses conhecimentos são adquiridos na escola. A iniciativa do CBIC Jovem contribui para suprir essa deficiência. No Rio Grande do Sul e Alagoas, os sindicatos elaboraram uma lista de temas de interesse do setor que podem ser usadas nos trabalhos de conclusão de curso (TCC), permitindo ao estudante dedicar-se a uma monografia que contribua para sua formação profissional e pessoal. Goiás e Ceará também desenvolvem ações com os estudantes.

O CBIC Jovem trabalha na capacitação de jovens empresários para que, no futuro, eles estejam preparados para assumir e conduzir o setor de construção. São 20 jovens de todas as regiões do País, indicados pelos respectivos sindicatos da indústria da construção (Sinduscon). Eles já passaram por dois ciclos de formação.

“Estão finalizando o escopo de atuação, definindo uma missão. Já fizeram uma análise, já montaram até um planejamento estratégico dessa comissão e, agora, eles vivem o momento de conhecer mais profundamente a própria CBIC, os sindicatos e os desafios da indústria”, diz Ana Cláudia. No 90º Enic, o grupo participou das reuniões das comissões para aprofundar seus conhecimentos.
É um programa de formação continuada, com vários módulos, explica Ayrton Ferreira, consultor do programa. Em outubro do ano passado, os jovens, reunidos em Brasília, conheceram um pouco das ações desenvolvidas pela CBIC em prol do setor e ouviram do presidente José Carlos Martins um chamado para que o setor seja protagonista no atual cenário de grandes mudanças de paradigmas. No mês de fevereiro deste ano, passaram por mais dois dias de treinamento em São Paulo.

O novo líder deve estar atento às inovações e ter sensibilidade para as demandas e desafios do setor, e grande capacidade de entrega, de contribuir voluntariamente. “E também precisa estar bem alinhado com o novo ambiente de negócios, que leva em conta não só a empresa, mas também a questão de ética, de compliance, de compromisso, de uma visão mais ampla de acordo com novo ambiente de negócio”, define Ayrton Ferreira. Para ele, os novos líderes empresariais não podem mais pensar apenas no negócio da empresa, sem incluir a responsabilidade social em seus planos.

Outra questão importante, segundo ele, é enxergar a empresa como parte de uma cadeia produtiva, e não como uma peça isolada. O trabalho com a cadeia produtiva, conjugando esforços e sinergia, é essencial para melhorar a produtividade do setor e aumentar ganhos com inovação e tecnologia. Ana Cláudia acrescenta que o desafio é trabalhar a cadeia produtiva como um todo, envolvendo fornecedores, empreiteiras e outros atores da indústria da construção.

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