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07/12/2021

MG e GO discutem relevância da inovação na implantação de projetos

Representando 1/3 do PIB da Construção, o segmento de obras industriais atingiu cerca de R$ 71 bilhões em obras executadas no país em 2020. Atualmente, o mercado emprega cerca de 710 mil operários formais, apenas nos canteiros de obras. Diante da dimensão desse mercado, a Comissão de Obras Industriais Corporativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (COIC/CBIC) realizou nesta terça-feira (7/12), em formato online, a 6ª edição do Roadshow: formação de preços e relações contratuais, desta vez direcionada aos empresários do setor da construção e de obras industriais de Minas Gerais e Goiás.

O objetivo foi compartilhar conhecimento com as empresas desses dois estados sobre inovação nos processos de implantação de projetos e planejamento e gestão da qualidade. “Há dois anos a COIC vem trabalhando para elevar a maturidade das empresas que atuam no segmento e aumentar o nível de sucesso na implantação dos projetos do setor”, salientou Ilso José de Oliveira, presidente da Comissão.

Realizado em parceria com os Sinduscons de Minas Gerais e Goiás, o evento foi transmitido pelo canal oficial da CBIC no YouTube e contou com a participação do vice-presidente de Obras Industriais do Sinduscon-MG, membro do Comitê Estratégico da COIC/CBIC e diretor comercial da MIP Engenharia, Celso Pimentel; do presidente do Sinduscon-GO e diretor da Irontec Construção Metálica, Cezar Mortari, e do gestor da COIC/CBIC, Hugo França.

Ao abordar o tema Inovação nos processos de implantação: caminho seguro, o gestor de Desenvolvimento de Negócios da Tractebel Engineering S.A, Ricardo Fabel, convidou os participantes a refletirem sobre a relevância da engenharia, fatores de sucesso e fracasso dos projetos, tendências de sustentabilidade e ESG (ambiental, social e governança) nos projetos, tendo como alicerce a inovação.

Também membro do Comitê de Inteligência Estratégico da COIC/CBIC, Ricardo Fabel ressaltou a importância de as empresas investirem em tecnologia e inovação. “Estamos vivenciando a 4ª revolução industrial, com a integração de tecnologias que combinam componentes físicos e digitais, tais como internet das coisas, inteligência artificial, e BIM. As mudanças nos processos de gestão, que buscam melhorias, como a gestão compartilhada, são fatores preponderantes para a implantação com eficácia”, mencionou.

Para ultrapassar possíveis barreiras para a implementação de melhorias no projeto, como os problemas de comunicação, Fabel reforçou que todos os envolvidos no processo de implantação de um empreendimento precisam estabelecer uma relação de parceria.

“As empresas contratantes e contratadas precisam entender a importância da inovação e de investir em tecnologia para resolver os problemas que envolvem o meio ambiente e a sociedade, que o ESG não seja apenas uma “maquiagem” e que realmente a gente consiga fazer com que os projetos tenham sucesso, sejam sustentáveis, atendam a sociedade e as gerações futuras”, reforçou.

Sucesso do planejamento e gestão da qualidade para segurança técnica dos projetos

O superintendente da Reta Engenharia, Breno Soares de Melo, apresentou o case de Planejamento e gestão da qualidade a favor da segurança técnica dos projetos da empresa.

O sistema da qualidade tinha como principais objetivos: atender os requisitos de qualidade e os níveis de serviço estabelecidos; garantir o registro de todos os serviços e ensaios realizados (documentação/representatividade), e fazer o setor da qualidade trabalhar a favor do Planejamento e da Produção.

Breno de Melo destacou ainda a gestão da qualidade adotada na Obra da Barragem de Santarém, que resultou em uma sistemática de rastreabilidade da documentação e dos ensaios elaborados, com Ficha de Verificação do Serviço (FVS), Ensaios de Liberação, Relatório Fotográfico e Croquis de Localização.

“O Setor de Qualidade nessa obra teve uma importância muito grande para o projeto”, afirmou Breno de Melo, tendo em vista ao cenário de rompimento de barragens.

Por fim, apresentou as ferramentas de tecnologia adotadas para a obra e as boas práticas implementadas. Assim como os benefícios resultantes para os negócios, como:

  • Segurança empresarial do contratante e contratado (executivos e acionistas)
  • Elevação da confiabilidade técnica do cliente junto aos órgãos de fiscalização
  • Melhoria na performance dos empreendimentos (qualidade e produtividade)
  • Desenvolvimento da cadeia produtiva (fornecedores)
  • Redução de retrabalho e custos operacionais
  • Garantia da qualidade e performance da estrutura para a demanda

Confira a íntegra do evento no canal oficial da CBIC no YouTube.

O roadshow tem interface com o projeto “Fortalecimento das Empresas de Obras Industriais e Corporativas” da Comissão de Obras Industriais (Coic), com correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

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