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19/01/2019

Construção 2030 define biênio de ações focadas no futuro da habitação

Projeto da CBIC com o Senai Nacional prevê pacto para industrialização e automação do setor

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em correalização com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), planejou ao longo de 2018 uma série de ações de curto prazo (2019-2020), dentro do projeto Construção 2030, a fim de preparar o setor para as modificações tecnológicas e comportamentais que já estão no nosso cotidiano e que devem se intensificar na próxima década, especialmente na habitação.

2019 será decisivo para o projeto.

“Já estamos focados em um horizonte mais amplo discutindo qual é o futuro da construção e como chegaremos lá”, destacou o presidente da CBIC, José Carlos Martins, na última reunião de 2018 do Conselho de Administração da entidade, realizada no dia 11 de dezembro, em Brasília.

Segundo Martins, a entidade preparou, por meio do Construção 2030, um conjunto de ações, prevendo cenários de mercado e políticas públicas que compreendem a agenda de 2018 (que incluiu o planejamento), ações de curto prazo para 2019-2020, ações de médio prazo para 2021-2025 e, finalmente, ações de longo prazo para 2026-2030.

As ações estão associadas a objetivos desafiadores como a construção de apartamentos que irão gerar sua própria energia e exigir ‘zero’ manutenção ou até a criação de lojas de casas, onde o consumidor pode escolher em um cardápio de tecnologias a forma de cons de trução mais conveniente para seu estilo de vida.

“O Construção 2030 é o grande projeto da CBIC para 2019. É o que nós imaginamos que vai ser o nosso guarda-chuva de uma série de outros projetos que a Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) está conduzindo. É muito interessante. Faz quase um ano que nós estamos trabalhando nesse projeto”, explicou José Carlos Martins, durante a apresentação do projeto na reunião do Conselho Administrativo da CBIC.

O resultado foi um grande interesse dos participantes, com perguntas e comentários a respeito da iniciativa.

O ponto principal do projeto para 2019 é a oportunidade de assinatura de um Pacto pela Construção 2030, marco que poderá lançar os alicerces político-institucionais essenciais para a realização das demais ações.

“Esperamos contar com o apoio de todos para viabilizar esse pacto, que é fundamental para o sucesso do projeto”, afirmou José Carlos Martins.

O projeto Construção 2030 começou pelo projeto Habitação 10 anos no Futuro – Onde estamos e para onde podemos ir”, desenvolvido pela Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) da CBIC, em correalização com o Senai Nacional, e que estão definidos no Estudo Foresight (Pensamento do Futuro).

“O projeto surgiu da necessidade de se antecipar às mudanças e criar o futuro desejado e não o possível, inicialmente na habitação e depois em outras áreas da construção”, destacou Dionyzio Antonio Martins Klavdianos, vice-presidente de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da CBIC.

Fábio Queda (consultor da CBIC e professor da UFPE), Adalberto Cleber Valadão (vice-presidente administrativo da CBIC) e José Carlos Martins (presidente da CBIC) – FOTO PH Freitas/CBIC

Klavdianos explicou ao CBIC Mais que a iniciativa é resultado do novo perfil dos consumidores; da tecnologia cada vez mais acessível, e dos novos modelos de negócio. A ideia é saber onde o setor quer estar nos próximos 10 ou 20 anos. “O projeto já reúne resultados consolidados de um trabalho de pensamento de futuro desenvolvido para o setor de construção de habitações do Brasil”, resumiu.

Ao longo de 2018, as duas etapas do Construção 2030 envolveram a realização de cinco oficinas, com mais de 50 participantes. Como resultado, foram elencados 47 sinais de mudanças no setor da construção, além de 36 grandes tendências. “Os sinais do futuro já estão ao nosso redor, temos que pensar sobre como criá-los no presente”, diz Fábio Queda, consultor da CBIC e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Queda ressalta que o projeto pode trazer transformações para a construção e para outras áreas. “A partir desse debate, podemos mostrar a outros setores o que a gente precisa e como pode ser o futuro”, acrescentou.

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