Logo da CBIC
09/05/2019

Comissão do Congresso Nacional aprova marco regulatório do saneamento básico

Medida provisória do saneamento básico passou por comissão mista e seguirá para apreciação da Câmara dos Deputados. Foto: Agência Senado.

A medida provisória que atualiza o Marco Regulatório do Saneamento Básico foi aprovada nesta terça-feira (7) por comissão mista de deputados e senadores no Congresso Nacional. A MP n° 868/2018 passou por análise prévia e agora seguirá para o plenário da Câmara, e depois para o plenário do Senado.

O projeto autoriza a União a participar de um fundo para financiar serviços técnicos especializados para o setor. Também determina que a regulamentação de águas e esgotos se torne responsabilidade do governo federal, por meio da Agência Nacional de Águas (ANA). O órgão passaria a se encarregar de regular as tarifas cobradas e os subsídio para populações de baixa renda, o que hoje compete aos municípios.

O vice-presidente da área de Infraestrutura da da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Carlos Eduardo Lima Jorge, ressalta a importância de uniformizar essas regras. “Hoje, existem mais de 50 agências regionais, estaduais e municipais, cada uma estabelecendo suas próprias diretrizes. Isso causa muita insegurança jurídica para investidores”, explica.

A medida provisória também estabelece que contratos de saneamento passem a ser estabelecidos por meio de licitações, facilitando a criação de parcerias público-privadas. “Isto dá uma maior igualdade entre governo e empresas. Quem for mais eficiente, poderá assumir a operação do serviço”, diz Lima Jorge. O texto também veda os chamados contratos de programa, firmados entre estados e municípios para prestação dos serviços de saneamento em colaboração.

Segundo Lima Jorge, outro ponto sensível da legislação é a possibilidade de municípios ou regiões formarem aglomerações urbanas para buscar soluções conjuntas de saneamento. “O receio é que isso dê uma dimensão aos projetos que dificulte a participação de médias empresas”, alerta.

A versão da medida aprovada foi o substitutivo do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da medida. Ele recebeu 15 votos favoráveis e 10 contrários.

Jereissati acrescentou ao texto que a ANA deverá definir normas para o cálculo de indenizações relativas a investimentos não amortizados ou depreciados, a governança das entidades reguladoras e o reúso de efluentes sanitários. Segundo o substitutivo, a agência deverá consultar entidades representativas para a elaboração dessas regras.

O relator também incluiu diretrizes para o saneamento básico a serem seguidas pelo governo: a regionalização da prestação dos serviços, a melhoria progressiva das metas de cobertura e de qualidade, a redução do desperdício, a racionalização do consumo, e o fomento à eficiência energética e ao aproveitamento de águas de chuva.

COMPARTILHE!

Agenda COINFRA

Este Mês
Comissão de Infraestrutura
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.