Financiamento imobiliário é tema de reunião da CII e CHIS com Caixa Econômica
As Comissões da Indústria Imobiliária (CII) e de Habitação de Interesse Social (CHIS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizaram, nesta sexta-feira (6), reunião online com a participação de representantes da Caixa Econômica Federal, Marlon Machado e Rodrigo Wermelinger. O presidente da entidade, José Carlos Martins, realizou a abertura do evento junto com os presidentes das comissões, Celso Petrucci (CII) e Carlos Henrique Passos (CHIS).
Carlos Henrique Passos enfatizou que o foco da reunião com os representantes da Caixa foi a busca por ações para melhorar os processos das empresas no relacionamento com a instituição. “É baseado nisso que a nossa equipe está desenvolvendo, em parceria, formas de melhorar não só produtos de cobrança bancária, como produtos de pagamentos, os relatórios dos contratos habitacionais que são importantes para os controles internos das empresas’’, afirmou.
Dados do financiamento imobiliário foram tratados pelo presidente da CII, Celso Petrucci, que relembrou o ano de 2002, quando o financiamento imobiliário do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) foi de R$ 2 bi. Já em 2021, de acordo com o Petrucci, o SBPE financiou R$ 205 bilhões. “Em um período de duas décadas, com um novo marco regulatório, uma nova governança das empresas e com a Caixa voltando a operar, a partir de 2006, com pessoas jurídicas, nós elevamos em 100 vezes o crédito imobiliário com recursos da poupança”, afirmou. Para ele, as pessoas acabam perdendo a percepção da importância que isso tem no mercado. Petrucci ratificou ainda a importância que o banco tem para o setor da construção, citando o debate ocorrido na live Quintas da CBIC desta semana (5).
Outro tema abordado na pauta, foram os benefícios da integração de sistemas entre Agentes Financeiros (AF) e Gestão Empresarial (ERP), apresentados pelo superintendente Nacional de Operações, Marlon Machado, e pelo diretor de Habitação da Caixa, Rodrigo Wermelinger.
Uma das novas apostas da Caixa é o selo para “cliente especial”, com níveis de desempenho técnico diferenciado. O selo é destinado a uma carteira de clientes que já são conhecidos pela entidade e que têm uma reciprocidade de relacionamento técnico há mais tempo. “A ideia é acompanhar mais de perto as empresas que estão começando com a Caixa agora, que nunca operaram, para que elas aprendam”, explicou Wermelinger.
O superintendente Nacional de Operações, Marlon Machado, reforçou a importância da parceria entre a Caixa e a CBIC. “É bacana ver que nós estamos, realmente, independente de como a concorrência se porta. A Caixa confia no mercado de construção civil e tem melhorado os seus produtos, pensando no futuro e pensado numa mentalidade bem progressista em relação à construção. Que bom que essa parceria cada dia se fortalece mais”, afirmou. Durante a reunião, o superintendente apresentou a integração dos sistemas da Caixa e os benefícios entre os sistemas.
O diretor de Estratégia e Mercado do Sienge, Fabrício Schveitzer, também participou da conversa e confirmou a importância da integração com outros bancos, mas que a participação da Caixa nesse processo é fundamental. “A gente avançou em integrações com outros bancos e tem funcionado bem, tem trazido um alívio, mas obviamente que o grande desejo é a Caixa Econômica Federal, porque é o banco mais expressivo, líder de mercado”, apontou.
De acordo com ele, essa integração alivia principalmente os médios e pequenos empresários. “É importante porque isso dá competitividade no mercado. Como as pequenas empresas são as que mais sofrem com essas operações tradicionais, isso alivia muito”, finalizou.
Ao final, houve ainda uma Rodada Nacional de Negócios Imobiliários, com todos os palestrantes a respeito dos estados.
José Carlos Martins ressaltou que a casa própria é um grande programa de desenvolvimento social. “Habitação significa geração de emprego, realização de sonho. E no instante em que você dá casa, você dá aconchego para a família, melhora a educação, a saúde”, concluiu.
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