
Projeto “O Futuro da Minha Cidade” cativa Rio do Sul (SC)

Cerca de 300 pessoas, representantes do setor público e privado, da academia, lideranças políticas e apartidárias e a comunidade local, estiveram reunidas em Rio do Sul, Santa Catarina, no Parque Universitário Unidavi (PUNF), durante o seminário “O Futuro da Minha Cidade”, cuja finalidade consiste em estimular o público a pensar sobre o desenvolvimento urbano sustentável do município para 20 anos, com participação efetiva da sociedade.
O Projeto O Futuro da Minha Cidade é uma Iniciativa da CBIC com correalização do Sesi Nacional, patrocínio nacional da Caixa Econômica Federal. No município de Rio do Sul foi realizado pelo Sinduscon do Rio do Sul, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC, do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Rio do Sul – Codensul e do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí – UNIDAVI.
As autoridades locais foram representadas pelo presidente do Sinduscon de Rio do Sul o senhor Marcos Melchioretto, o presidente do CODENSUL o senhor Ciro Cerutti, o vice-presidente da FIESC o senhor André Armin Odebrecht e o prefeito de Rio do Sul o senhor José Eduardo Rothbarth Thome.
Durante a fala na abertura do evento, o presidente do Sinduscon de Rio do Sul, Marcos Melchioretto, destacou a importância do planejamento estratégico. “Todos os setores acabam ganhando, porque podemos tirar o potencial de cada bairro e estudar a melhor forma de crescimento”, afirmou. O vice-presidente da Fiesc Alto Vale, André Odebrecht, registrou que Rio do Sul ocupa uma das melhores colocações nos índices de desenvolvimento do Estado de Santa Catarina, e por isso “A sociedade sabe das demandas que a cidade tem e, com essa ligação, nós conseguimos efetivar o avanço muito mais rápido do que o poder político-partidário”, comentou André.
A primeira palestra foi conduzida por Marcella Arruda, arquiteta urbanista do Instituto “a Cidade Precisa de Você”, que falou sobre a importância da participação das pessoas na construção de cidades compartilhadas. Ela citou as ferramentas que constroem a união da sociedade. Na avaliação que fez de Rio do Sul, destacou os espaços naturais que podem ser melhor aproveitados. “Pelos índices, você percebe que existe uma qualidade de vida urbana aqui. Mas ainda há muitos paradigmas, como o problema da mobilidade urbana”, comentou ela, destacando o grande número de automóveis do município. “Em uma cidade repleta de rios e que não tem transporte fluvial, você está ignorando um potencial que ela apresenta”, concluiu. Destacou, ainda, o grande potencial do município para o Ecoturismo e como esse produto pode se tronar uma fonte de renda para os habitantes locais.
A segunda palestra foi ministrada pelo ex-prefeito de Maringá, Silvio Barros, trouxe o case de sucesso da administração municipal de Maringá, que serviu de base para a criação do projeto “O Futuro da Minha Cidade”. Pelo segundo ano consecutivo, a cidade paranaense foi considerada a melhor do país para se viver. Barros destacou o protagonismo assumido por Maringá e a importância do Conselho de Desenvolvimento Municipal. “A cidade precisa começar a pensar no futuro, 20 anos na frente. Assim como nós fazemos planos para a vida, as cidades precisam fazer. Você tem que plantar para poder colher”, destacou o ex-prefeito e empresário.
Na oportunidade, instigou os participantes a entender que é preciso fazer a mudança acontecer: “Se queremos mudar algo, precisamos ser protagonistas dessa mudança e não esperar que o poder público seja o único responsável por ela”.
Rio do Sul já conta com um movimento popular interessado em organizar a participação da sociedade nas proposições do planejamento urbano da cidade a longo prazo. Ou seja, o diálogo entre o Poder Público, empresas e cidadãos está criado e agora a cidade precisa estabelecer as metas e implementá-las.