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18/05/2018

“Vivemos a maior transformação da humanidade”, diz futurista

A futurista Lala Deheinzelin afirmou nesta sexta-feira (18), em palestra no 90º Encontro Nacional de Indústria da Construção (Enic), que o mundo passa por uma grande transição: “É preciso ter muito claro que não estamos vivendo uma crise, porque crises são momentâneas. Estamos vivendo a maior transformação da história da humanidade”. É um caminho sem volta, segundo ela, e vai afetar todos os setores da economia, que terão que aprender a trabalhar com bens intangíveis.

O setor de construção hoje presta serviços ao governo, mas no futuro será a comunidade, munida de muita informação, que contratará a realização de obras. Isso, segundo ela, já acontece na cidade de Medelin, na Colômbia. O valor do empreendimento, prevê, não será mais o espaço construído, mas pode ser o que a construção oferece às pessoas, como espaço harmônico, colaborativo e de qualidade de vida. “Antes tinha valor o espaço. Hoje tem valor o tempo”, diz.

Deheinzelin prevê que quatro formas de economia serão dominantes no século XXI: a economia criativa onde o maior valor está em coisas intangíveis, como nos casos de marcas que valem mais do que a própria fábrica; a economia compartilhada, com o compartilhamento da infraestrutura disponível, espaços, equipamentos, materiais; e a economia colaborativa, baseada numa gestão horizontalizada, na confiança, no objetivo comum, que permita desburocratizar a administração e economizar recursos. A última é a economia multivalores, que trabalha com fluxo de recursos não monetários.

A futurista dividiu com José Luiz Esteves Fonseca, gestor de sustentabilidade da MRV Engenharia, a apresentação do painel “Futuro e Novas Economias Aplicados à Ação Social e Cidadania”, realizado por iniciativa do Fórum de Ação Social e Cidadania da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Fasc/CBIC) com apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional). Esteves apresentou um caso de investimento social privado num empreendimento no município de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. A reunião foi coordenada por Ana Cláudia Gomes, presidente do Fasc.

Antes de iniciar as obras, a MRV procurou conhecer as necessidades da comunidade e decidiu investir na melhoria do entorno da construção. Em parceria com o Serviço Social da Construção Civil do Estado do Rio (Seconci-RJ), a empresa fez melhorias na infraestrutura da região, promoveu cursos de capacitação para os moradores, ações de cidadania e teve um excelente resultado em vendas.

Segundo Esteves, a experiência foi incorporada pela empresa para uso em outros projetos. Devido ao investimento social em projetos sociais, comenta ele, a MRV não sofreu com a crise econômica.

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