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02/06/2021

Tabagismo eleva risco de gravidade de casos de Covid-19

A médica pneumologista do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP), dra. Marice Ashidani, faz um alerta sobre os prejuízos provocados pelo tabagismo, agravados nesses tempos de pandemia da Covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, 90% decorrentes do uso direto e o restante de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

Segundo o Instituo Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo e mais de 160 mil mortes poderiam ser evitadas todos os anos. “Já os prejuízos para o sistema de saúde e à economia superam a casa dos R$ 120 bilhões”, informa a médica.

“No caso da Covid-19, por se tratar de um vírus que provoca síndrome respiratória aguda, a sua relação com o tabagismo é inevitável. O consumo do tabaco, especialmente quando feito em excesso, pode desencadear problemas respiratórios, como asma, enfisema pulmonar, doença pulmonar obstrutiva e bronquite crônica. Todos esses fatores colocam a pessoa no grupo de risco e podem levar ao agravamento do quadro, diante da contaminação do novo coronavírus”, alerta a pneumologista.

Para os fumantes, é crucial que sejam reforçados os cuidados preventivos, com o uso de máscara, álcool gel, manter o distanciamento social, evitar aglomerações e tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19, assim que estiverem disponíveis para a sua faixa etária ou grupo com comorbidade.

Parar de fumar

O Dia Mundial sem Tabaco foi comemorado no último dia 31/05.

As evidências científicas indicam que parar de fumar antes dos 40 anos pode reduzir em 90% as chances de morte pelas doenças relacionadas ao tabaco. “O primeiro passo para abandonar o vício é reconhecer o problema e buscar ajuda. Há uma série de medicamentos e terapias que podem dar suporte à pessoa nesse processo. No começo, o corpo sentirá falta das substâncias, porém com determinação e apoio, é possível vencer o tabagismo”, destaca a dra. Marice.

A médica lembra que o Seconci-SP está preparado para atender seus usuários (trabalhadores da construção e dependentes) que estejam dispostos a cessar o tabagismo, contando para isso com equipe multidisciplinar formada por pneumologista, psiquiatra, assistente social e nutricionista.

“É preciso ter em mente que abandonar o cigarro será uma jornada difícil, mas que poderá ser mais tranquila com o suporte profissional. Contar com o apoio da família e amigos, evitar locais com fumantes, quebrar a rotina e praticar exercícios físicos com regularidade, que ajuda a diminuir a ansiedade e desintoxicar o organismo, são importantes aliados e contribuem para evitar recaídas”, enfatiza a médica.

O Seconci-SP também colabora com as empresas que queiram implementar programas de combate ao tabagismo em seus escritórios e canteiros de obra. Informações: [email protected] ou (11) 3664-5844.

Essa matéria integra o Mapeamento de Boas Práticas em Responsabilidade Social no setor da construção durante a pandemia do coronavírus dentro do ‘Projeto Responsabilidade Social e a Valorização do Trabalhador’, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em correalização com Serviço Social a Indústria (Sesi Nacional).

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