CRS dá visibilidade a projetos com foco em oportunidades para mulheres do setor

A Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) realizou, nesta terça-feira (11/10), reunião com foco em oportunidades para mulheres do setor, em especial de baixa renda, beneficiárias sociais e refugiadas.

Segundo a presidente da CRS/CBIC, Ana Cláudia Gomes, a reunião trouxe visibilidade a projetos e iniciativas que promovam cuidados para as mulheres que residem no Brasil. “O intuito foi despertar o interesse dos participantes pelo tema para que, num futuro próximo, se engajem em iniciativas já existentes ou desenvolvam seus próprios projetos com a temática ou integrem grupo montado pela CRS para discutir e trabalhar a temática”, disse.

No dia 23 de agosto de 2022, foi celebrado entre a CBIC e a Caixa Econômica Federal a assinatura de um protocolo de intenções referente ao Programa Caixa pra Elas. Uma iniciativa do banco para promover o cuidado e as oportunidades para mulheres do Brasil, com foco especial nas mulheres de baixa renda e beneficiárias sociais.

O protocolo de intenções assinado pela CBIC busca garantir os melhores esforços para promoção de iniciativas de defesa da mulher e de meninas, crianças e adolescentes, inclusive de prevenção e combate de violências, assédios e todo tipo de agressão (física ou emocional) sofrida por mulheres e meninas.

No intuito de fazer valer o protocolo assinado, a CRS/CBIC criou um grupo de trabalho específico para, de forma colaborativa, pensar, planejar e executar ações voltadas às mulheres, principalmente do setor da construção. Convocada pela presidente da comissão, a primeira reunião do grupo ocorreu no dia 19 de setembro.

Reunião com foco em oportunidades para mulheres do setor (11/10)
Durante a reunião, a gerente Nacional de Empreendedorismo Social da Caixa, Elaine Cristina Alves dos Reis, mencionou que a CBIC foi uma das primeiras empresas a assinar e abraçar essa causa. Segundo Elaine, são mais de 72,9 milhões de clientes mulheres no banco, o que representa 52,2% da base de clientes pessoa física.

A executiva ainda apresentou os três pilares do programa. Prevenção Pra Elas: materiais e parcerias para apoio em situações de abuso e vulnerabilidade. Promoção do Empreendedorismo Pra Elas: materiais e parcerias, principalmente com o Sebrae, para a emancipação e empreendedorismo da mulher. Produtos Pra Elas: elaboração de produtos e serviços alinhados às necessidades das mulheres.

A presidente do conselho FIRJAN de mulheres, Carla Christina Fernandes Pinheiro, comentou sobre um estudo que aponta 136 anos para o alcance da equidade de gênero se a sociedade continuar no ritmo atual. Por isso, a entidade promove ações e capacitações para contribuir na capacitação e formação cruzada de mulheres em situação de vulnerabilidade e/ou mulheres refugiadas. Além disso, a organização também trabalha com capacitação de conselheiras e de empreendedoras.

A secretária Nacional de Articulação e Parcerias do Ministério da Cidadania, Ivonice Campos, disse sobre boas práticas. De acordo com ela, a emancipação da mulher acontece no empreendedorismo. “A gente quer trazer as melhores boas práticas com colaboração de forma contínua, permanente e inovadora”, disse.

A assessora da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar/Cevid do Tribunal de Justiça do Pará, Riane Conceição Ferreira Freitas, apresentou os projetos “Mãos à Obra: unindo esforços no enfrentamento à violência doméstica contra a mulher” e “Construindo + Cidadania”, visa levar aos trabalhadores do setor ações no âmbito da saúde e qualidade de vida. As equipes chegam às 6h30 nos canteiros de obras, no horário do café da manhã, para educar e informar os colaboradores sobre os temas. Desde 2016 já foram alcançadas mais de 6 mil pessoas.

A reunião tem interface com o projeto “ESG/ASG no Setor da Construção” da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da CBIC, em correalização com o Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional).