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04/03/2021

CBIC apoia movimento pela integridade do setor da construção

A Rede Brasil do Pacto Global da ONU e o Instituto Ethos lançaram nesta quinta-feira (04/02), com a participação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Movimento pela Integridade do Setor de Engenharia e Construção (Misec) para a consolidação de um ambiente ético, íntegro e de permanente combate à corrupção e defesa da livre concorrência para gerar novas oportunidades de negócios com isonomia, ativando toda a cadeia de valor do setor.

No site do Misec é possível acessar materiais de capacitação, treinamentos, mobilização e engajamento da cadeia de valor em prol da integridade. www.misec.gov.br

A expectativa do diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Globo, Carlo Pereira, é de que pela ferramenta e publicações disponíveis para alterar o hábito e a cultura do setor, “o movimento vai impactar 30 mil fornecedores das maiores empresas de engenharia e construção do país”. Segundo Pereira, esse tipo de movimento – internacionalização da integridade e mudança da cultura empresarial –, sem dúvida garante vantagem competitiva para as empresas.

“O desafio é que o movimento leve essas iniciativas para as empresas, para mostrar que há mudanças, transformações e caminhos para percorrer, mas que os compromissos efetivamente estão sendo cumpridos”, frisou o diretor-presidente do Instituto Ethos, Caio Magri.

Na opinião do diretor de Compliance do BNDES, Claudernir Brito, a iniciativa certamente vai gerar um impacto bastante relevante para o setor. “No mercado, só prosperam os mais aptos e os que demonstram uma cultura de integridade muito forte”, disse, ressaltando que integridade é o que vai fazer o Brasil avançar cada vez mais.

Importância da integridade para as empresas

Ao avaliar a relevância do tema integridade para as empresas, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, ressaltou que “postura ética e um bom programa de compliance são fatores fundamentais para a sobrevivência e melhoria da competitividade das empresas”.

Durante o painel Oportunidades e desafios das ações coletivas de integridade e combate à corrupção e engajamento da cadeia de fornecedores’, o diretor de Integridade da Controladoria Geral da União (CGU), Pedro Ruske Freitas, representando o ministro da CGU, Wagner Rosário, destacou aspectos positivos no avanço da pauta de integridade e riscos (falhas reiteradas na sua implementação), do ponto de vista empresarial, no País, o que aumenta a expectativa da CGU com o movimento lançado hoje.

Freitas também ressaltou a necessidade de fomentar a cultura ética da organização, com valores que são balizadores de tomadas de decisões, e compromisso da alta administração. Também apontou que a Administração Púbica precisa participar dessa ação contra a corrupção.

Informou que selos ou certificações demonstram que a empresa tem elementos mínimos do seu ambiente de controle, processos mapeados e organização de processos internos, mas não traduzem em cultura para o mercado de infraestrutura. “Os parâmetros de avaliação podem tangenciar cultura, mas o elemento cultural não consegue ser destacado de forma objetiva, porque para verificar a cultura há necessidade de ir até a empresa e falar com os funcionários”.

Comunicou ainda que CGU vê como excelente prática a iniciativa de fomento do Ministério da Infraestrutura (Minfra), desdobramento do Pró-ética, e que a ideia é proliferar projetos neste sentido em outros setores.

Representando o presidente da CBIC no evento de lançamento, a vice-presidente da área de Responsabilidade Social da CBIC, Ana Claudia Gomes, destacou que desde 2015 a entidade atua ativamente na agenda de ética e compliance junto às empresas do setor. Deu ciência de que já foram publicados materiais de referência para apoiar e ampliar o conhecimento sobre o tema e realizados 23 Seminários sobre Ética & Compliance em todo o Brasil, de 2016 a 2018, com a participação de especialistas, lembrando sempre que a agenda é do pequeno e médio empresário e ele precisa se apropriar dela, por que tem relação direta com o negócio.

Gomes citou ainda a realização de treinamento semipresencial das entidades associadas e das empresas em 2018, do EAD de Ética & Compliance na construção a partir de 2019 e, agora em 2021, a campanha ‘Certo é certo, mesmo quando ninguém está olhando’, direcionada aos trabalhadores do setor da construção, bem como o grupo CBIC Jovem,       que visa formar jovens líderes para uma gestão mais responsável na perspectiva social e sustentável e nas relações com os stakeholders.

Para o presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção (Sinicon), Alexandre de Almeida Barreto Tostes, “a raiz de cultura da ética já está bem estabelecida em determinados players do mercado, o desafio é fomentar para as pequenas e médias empresas conseguirem transmitir as ações do Misec para a cadeia de valor”.

“O grande desafio no combate à corrupção é o aculturamento. A gente constrói isso no dia a dia, por isso a importância do suporte da alta liderança e de que os setores público e privado e a sociedade civil estejam na ‘mesma página’”, salientou a presidente do Conselho Consultivo da Alliance for Integrity, Marcia Muniz.

“Tem que pensar integridade como uma corrente uniforme. O meu papel é olhar para a minha empresa, para a sociedade, para quem eu me relaciono e como eu posso fazer com que elas também entendam que compliance é positivo e traz lucro”, completa.

Muniz realçou ainda que é preciso quebrar o mito de que programas de ética e compliance não são para empresas de pequeno porte e que as autoridades estão fiscalizando apenas grandes empresas.

Experiência na Ação coletiva

A gestora da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da CBIC, Claudia Rodrigues, e o diretor de Compliance e Auditoria Interna da Andrade Gutierrez, Eduardo Staino, compartilharam suas experiências no desenvolvimento da ação coletiva que deu origem ao Misec.

“A plataforma foi uma construção coletiva para desmistificar o compliance. Os materiais e as informações disponíveis vão ajudar as pequenas e médias empresas a se desenvolverem, independentemente do número de funcionários. Ela é acessível e vai colaborar para o País de um modo geral ”, destacou Claudia Rodrigues.

“Percebemos que o nosso papel era construir e facilitar que as pequenas e médias empresas criassem seus programas de integridade. Nessa linha nasceu o Misec, com muito conteúdo para criar um repositório de compliance da engenharia e construção”, disse Eduardo Staino.

O evento também contou com a participação de:

  • Ana Paula Carracedo, ex-coordenadora da Plataforma de Ação Contra a Corrupção do Pacto Global e mediadora do painel
  • Fernando Cabral, ativista e empreendedora da Agenda 2030

A iniciativa, sob o comando da área de responsabilidade social da CBIC, faz parte do projeto ‘Ética e Compliance em tempos de crise’, realizado pela CRS/CBIC em correalização com o Sesi Nacional.

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