
Faleceu o ex-presidente da CPRT/CBIC, Antônio Carlos Mendes Gomes, uma das mais importantes personalidades da construção civil

Faleceu ontem (29/07), no Rio de Janeiro, aos 78 anos, o engenheiro civil, ex-presidente da Comissão de Política de Relações Trabalhistas (CPRT) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e ex-diretor executivo do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-Rio), Antônio Carlos Mendes Gomes. Internado há cerca de nove meses, Mendes Gomes lutou pela vida, com apoio e força de seus familiares e amigos mais próximos. Ele deixou viúva Maria Aparecida Pontes Gomes, os filhos Ana Paula, Ana Cláudia (presidente do Fórum de Ação Social e Cidadania – Fasc da CBIC) e Marcelo, além de genros, nora e seis netos. Antônio Carlos nasceu em 6 de maio de 1940, na cidade de Cachoeira Paulista, em São Paulo. Seu sepultamento foi realizado na tarde desta segunda-feira (30/07), no Parque da Colina, em Niterói-RJ. “É uma grande perda. Antonio Carlos foi uma das pessoas que mais contribuiu para a história da CBIC. Sabedoria o definia. Seu maior legado foi o diálogo. Nos ensinou muito sobre a busca do entendimento. Foi ele quem trouxe as centrais sindicais para uma mesa de negociação com o setor. Tenho muito a agradecer a ele por tudo o que a entidade conquistou nessa linha do diálogo”, diz o presidente da CBIC, José Carlos Martins.
Inúmeras estão sendo as manifestações de apreço e gratidão dos amigos que reconhecem a importância do Antonio Carlos não apenas para a CPRT/CBIC, mas também para o Sinduscon-Rio e o movimento sindical. “Quem teve a oportunidade de conviver com ele guarda o aprendizado, vindo da sobriedade, coerência, paixão e, por que não, do carinho com o que tratava a tudo e a todos: do sindicalista ao empresário, do trabalhador ao Ministro de Estado”, destaca o presidente da CPRT/CBIC, Fernando Guedes Ferreira Filho, que completa: “sou muito grato a ele, que me recebeu e me ensinou a importância do diálogo, não só para as relações trabalhistas, mas para as relações humanas. Tenho orgulho de ocupar o lugar que sempre será dele”.
“Antonio Carlos, homem do bem e um grande personagem. Foi um precursor do movimento moderno de relações do trabalho na CBIC, a quem devo muito do aprendizado por mim obtido e a quem tive a honra de suceder na CPRT/CBIC”, salienta o ex-presidente da CPRT/CBIC, Roberto Sérgio Oliveira Ferreira.
“Mestre, líder, amigo e fonte de inspiração profissional e pessoal”, diz a gestora da CPRT/CBIC, Gilmara Dezan. “Tive o privilégio do seu contato diário, por longos anos à frente da Comissão, onde pude desfrutar da sua sabedoria e com ele aprender a importância de se ter compaixão no trabalho e nas negociações e equilíbrio nas nossas posições. Ele era assim: um homem humilde e sábio, que dava o encaminhamento mais adequado às discussões acaloradas sem pender para nenhum dos lados. Deixa um grande legado para todos que permanecemos na jornada da vida”, evidencia.
“Trago a citação de uma mensagem que, segundo ele, deve nos conduzir à reflexão permanente: ‘um homem se humilha, se castram seu sonho; seu sonho é sua vida e a vida é o trabalho; e sem o seu trabalho, um homem não tem honra; e sem a sua honra se morre, se mata’ ”, conclui Dezan.
Os membros do Conselho de Administração estão consternados. “Muito pesar com a notícia. Grande exemplo de pessoa e de associativista”, diz o vice-presidente da CBIC, Rafael Tregansin, o que é reforçado pelo vice-presidente do Ricardo Antunes Sessêgolo, “meus profundos sentimentos pela perda deste eminente colega”.
“Nossa reverência ao trabalho desenvolvido em favor da construção e, em especial, a dedicação à CPRT. Saga tão belamente continuada pela filha e querida Ana Claudia”, menciona o presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) da CBIC, Dionyzio Antonio Martins Klavdianos.
Com o mesmo propósito, o vice-presidente José Irenaldo Jordão Quintans, declara seu respeito e admiração ao decano do movimento sindical. “A serenidade e a seriedade com que tratava as relações trabalhistas sempre me inspiravam. Observava-o abordar esse tema como que escutava um mestre”, salienta.
“Grande perda! Um profissional de mão cheia. Sempre atencioso conosco”, evidencia a vice-presidente Maria Elizabeth Cacho do Nascimento (Betinha). “Exemplo de dedicação e de doação”, menciona o vice-presidente da CBIC e presidente do Sinduscon-BA, Carlos Henrique Passos.
“Antônio Carlos foi uma pessoa maravilhosa e de uma consideração enorme com os companheiros e funcionários do Sinduscon-Rio. Deixa uma lição para todos nós de competência e amizade. Eu tive um relacionamento de mais de 20 anos com ele”, frisa o vice-presidente da CBIC e Sinduscon-Rio, Roberto Kauffmann.
“Conheço o Antonio Carlos há mais de 30 anos e posso garantir que grande parte do que sou, aprendi convivendo com ele. Um ser humano exemplar e extremamente habilidoso, honesto, ético, competente e justo nas relações humanas, que sem dúvida alguma promoveu transformações extremamente importante para o nosso setor de construção do Brasil, especialmente no campo das relações capital e trabalho”, menciona Sergio Paiva, superintendente do Seconci-Rio.
“Quando fundamos o Seconci-Rio, o Antonio Carlos foi a referência que norteou a Missão da entidade. Lembro como se fosse hoje de uma frase dele quando assumi a direção do Seconci-Rio em 1992: ‘Nós fundamos o Seconci-Rio para transformar e desenvolver o nosso setor e contribuir para o crescimento de todo o seu contingente como indivíduos e cidadãos. Cuidar da doença é importante mas é muito pouco’. Ele se foi, mas as suas ideias e a semente do bem ficaram com cada um de nós que acreditamos ser possível promover mudanças para o bem de todos, com justiça e redução das desigualdades sociais”, afirma Paiva.
“Ele partiu do nosso meio mas o seu exemplo permanecerá. Era um conselheiro brilhante e admirável que nos fará muita falta. Que a família encontre conforto na fé”, sublinha a gerente executiva de Relações do Trabalho na Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sylvia Lorena.
