Logo da CBIC
24/11/2017

Startups e construção civil

Vai chegando outubro e aumenta a tensão.

Dionyzio Antonio Martins Klavdianos

Presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Comat/CBIC)

Até quatro anos atrás, como que quadro na parede, o condicionador de ar do quarto agora segue a rotina do horário de verão, 1/3 do ano minimizando os impactos dos recordes quebrados anualmente pelas altas temperaturas.

A esposa é calorenta e o marido chega a usar meias. A 22 graus demora a esfriar, já a 20 dorme-se de blusa, mesmo sentindo calor, pois no meio da noite acordarão com frio.

Tivessem sensores junto à cama, que captassem a temperatura de lá e enviassem sinais para o equipamento ir variando a temperatura, o sonho seria mais tranquilo.

Uma das seis startups convidadas a mostrar seu trabalho, na reunião da Comat/CBIC na sexta-feira passada, lida com ventilação inteligente. Em resumo, uma série de sensores em locais determinados do ambiente controlam a vazão e a qualidade do ar lançado pelo aparelho.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 7 milhões morrem todo o ano devido à poluição do ar. Destas, 4,5 milhões por causa do inalado em ambientes internos, onde a população urbana passa, em média, 90% do seu dia!

Relevante ou não o trabalho destes jovens empreendedores?

Apareceram soluções para assentamento racional e seguro de grandes placas na fachada, construção na forma de lego, uso de drones, impressão de casa em 3D e até banheiro que gira em 360°, interessante para pequenos espaços.

O movimento de startups hoje em dia no Brasil é tão intenso que até mesmo um setor tradicionalista como o nosso, e atolado numa crise medonha que inviabiliza investimento, já conta com centenas, talvez milhares, destas microempresas orbitando em redor.

Para você que combina com o tal perfil tradicional e por isto acha que este tema não lhe interessa, saiba que há uma startup que inseriu 70 sensores numa betoneira, certamente porque o idealizador reconhece que cada betonada de concreto ou argamassa é como gêmeo, podem ser parecidas, mas cada uma tem sua singularidade, o que interfere sobremaneira na qualidade da obra.

Aonde dará esta onda não sabemos, mas uma coisa é certa, não precisa ser engenheiro civil para se envolver no negócio da construção.

Muito se questiona o padrão de qualidade das faculdades de Engenharia criadas nos últimos anos. É possível que o envolvimento dos alunos em startups, o que sempre exige mais estudo e conhecimento aplicado, contribua para sua melhor adaptação ao mercado de trabalho.

 

COMPARTILHE!

Agenda COMAT

Este Mês
Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.