Logo da CBIC
06/12/2019

2020 será um marco para o uso do BIM na Construção

(Foto: Divulgação)

No ‘Seminário Forúm BIM’ realizado no dia 5 de dezembro pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), em Porto Alegre, o consultor estratégico e integrante do Comitê Estratégico do Governo Federal, Wilton Silva Catelani, afirmou que o principal beneficiário com o uso do BIM (Building Information Modeling) é o investidor e incorporadores/construtores, “pois a metodologia  garante um resultado mais adequado, mais preciso com o que se espera, ou seja, uma obra concebida com o nível de qualidade exigido, com alto desempenho e vida útil aprofundada”.

“A metodologia BIM é muito mais ampla que visualização 3D ou um software. Trata-se de um conceito para construção civil, que agrega empoderamento ao projeto e facilita todo o fluxo de execução da obra, o que possibilita um maior controle de gestão e riscos de um projeto”, reforçou Catelani, para o qual 2020 será um marco.

Segundo o consultor do Comitê Estratégico de BIM, “grandes organizações públicas como a Caixa Econômica Federal, o Metrô de São Paulo e a sociedade por ações denominada Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) passarão a exigir contratações com a exigência do BIM.

O especialista internacional no tema, professor e pesquisador da Universidade de Minho/Portugal, José Carlos Lino, salienta que tais exigências em editais e licitações, acabam mobilizando toda a cadeia da construção.

Membro do BIM Fórum Portugal, Lino afirma que o Brasil, em comparação com países mais desenvolvidos, demonstra uma maior criatividade e agilidade na adoção de novas tecnologias. “Claro que a crise torna o processo mais lento. Mas aos poucos vai se evoluindo.

“O Brasil tem competência tecnológica. O uso do BIM, mesmo que de forma tímida e não tão generalizada, está acontecendo aqui de maneira mais estruturada”, disse.

Segundo a arquiteta e urbanista da Método Engenharia (vencedora dois anos consecutivos do Prêmio Excelência BIM do Sinduscon-SP), Camila Kfouri, quando se fala em BIM, o tema custos é inevitável. Seu uso implica em investimento em consultoria para implementação, hadware, software e treinamentos. Mas os obstáculos vão além do econômico.

“O BIM não é só uma ferramenta. É metodologia, de um processo que exige repensar processos e a forma de trabalhar”, aponta a palestrante ao ressaltar a necessidade de mudança de cultura, o que normalmente gera resistências.

Quando questionados sobre acessos a recursos para a adoção do BIM principalmente às pequenas e médias empresas Catelani afirma que o governo federal está fazendo sua parte.

Recentemente foi publicado Edital de chamamento público pelo Ministério da Economia (nº 3/2019) direcionado à construção civil. As ações visam contribuir para a redução da burocracia no setor e para o aumento da sua produtividade e competitividade, contemplando melhorias nos processos a exemplo da disseminação BIM.

“Caminhos para adoção desta evolução tecnológica benéfica e irreversível existem vários, mas todos exigem estudos, dedicação, tempo, esforço e vontade”, concluiu.

 

(Com informações do Sinduscon-RS)

COMPARTILHE!

Agenda COMAT

Este Mês
Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.