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15/07/2021

Importar aço no Brasil: uma odisseia

O jornal Valor Econômico, desta quinta-feira (15/7), fez um grande destaque ao preço do aço e o impacto nos setores, como na indústria da construção, por exemplo. Com o título “Importar aço no Brasil: uma odisseia”, o jornalista e diretor-adjunto de redação, Cristiano Romero, relatou, em sua coluna, as inúmeras barreiras e dificuldades criadas para a importação do insumo no Brasil.

Romero apresentou as dificuldades e as inúmeras etapas para a importação do insumo desde 2008, quando a economia brasileira vivia um momento de forte expansão e o consumo de aço usado pela construção civil aumentou significativamente, segundo a coluna.

Ao colunista, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse estar preocupado com alguns entraves, pois a construção civil vive um “boom” e os preços do aço longo deram uma escalada no último ano.

Segundo a coluna, o setor da construção entrou em um “boom”, com juros de um dígito e enxergando isso uma década à frente. “O auxílio foi um fator adicional que estimulou a demanda. Então a construção saiu pedindo insumo, mas o alto-forno estava desligado no início. Quando a construção continuou bombando, o setor de aço começou a religar os fornos. Estou em contato com quem produz e com quem consome o aço”, disse Guedes na “Live do Valor”. “Do lado da construção, estou pedindo para reduzir os impostos de importação de aço. Do lado da produção, eles estão aumentando a produção e vendendo aqui dentro. As exportações estão caindo porque estão tentando organizar o setor interno”, concluiu o ministro.

Alíquota de importação

Também ao jornal Valor Econômico, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, concedeu entrevista sobre a redução da alíquota de importação do aço longo. A reportagem destaca a proposta de reduzir a tarifa de 12% para 10,8%. Segundo Martins, será enviado uma solicitação à Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, para que a decisão sobre o tema seja tomada rapidamente. “Essa redução não é nada. A alíquota muda de 12% para 10,8%”.

A matéria destaca, ainda, que o setor do aço negou compromissos de represar reajustes e de não elevar o preço do insumo até o final do ano por questões de compliance e de concorrência.

Citado na matéria, o presidente-executivo da Abimaq, José Velloso, reclamou que os reajustes do aço são constantes desde 2020 e, até então, a justificativa das usinas era o preço internacional.

Chegada do aço ao Brasil

A CBIC integra um movimento, juntamente com entidades do setor, para viabilizar a importação do insumo para que o segmento e a sociedade não sejam prejudicados. No início do mês de julho, um carregamento com 20 mil toneladas de aço importado da Turquia chegou ao porto de Santa Catarina. A iniciativa reuniu 137 empresas de oito estados brasileiros para trazer um navio completo com a matéria-prima. Leia mais.

Para José Carlos Martins, esta iniciativa mostrou a capacidade de realizar importação em maiores lotes e com a agilidade que a indústria da construção precisa. De acordo com o presidente, a preocupação central das empresas é a disparada do preço do aço nos últimos tempos. “É preciso provocar um choque de oferta no setor, com estímulos à entrada do insumo importado no mercado brasileiro. Assim, é possível ampliar a oferta e reduzir preços e prazos de entrega”, destacou.

As entidades já fecharam um segundo lote de aço importado, com mais um navio de 20 mil toneladas, que deve chegar em setembro deste ano. E deve abrir a captação de volumes para um terceiro lote com data prevista de entrega do material para novembro.

Leia a íntegra da coluna do jornalista Cristiano Romero.

Leia a íntegra da matéria “Setor nega compromisso de represar reajustes”.

 

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