Mercado imobiliário cearense segue confiante
O desempenho do setor da construção civil do Ceará é excelente e confirma as expectativas para o ano de 2021, com vendas expressivas nos primeiros quatro meses do ano. De janeiro a abril, foram financiadas 5.095 unidades, o que corresponde a um crescimento de 256%, se comparado com o mesmo período do ano passado.
Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e revelam que o desempenho do mercado cearense está melhor que a média nacional. De janeiro a abril, os financiamentos imobiliários em todo o país somaram R$ 59,91 bilhões, aumento de 122, 3% ante igual período de 2020 (R$ 26,95 bilhões).
O valor contratado com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) cresceu 200% com relação ao igual período de 2020 e alcançou a soma de R$ 1,033 bilhão, no Ceará. A expectativa do setor é alcançar um crescimento de 10% no Valor Geral de Vendas (VGV), se comparado com o resultado de 2020, quando o setor alcançou R$ 1,9 bilhão.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), Patriolino Dias de Sousa, no segundo semestre do ano os estoques das construtoras cearenses devem acabar. Com isso, os lançamentos previstos para o período irão se concretizar.
Em maio, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), aumentou 2,22%. Nos cinco primeiros meses do ano, a alta registrada foi de 7,41%, a maior para o período desde 2003. Em um ano, o incremento foi de 15,26%. A maior elevação para um período de 12 meses, desde novembro/2003 (16,18%).
Dias pondera que o setor tem buscado soluções para enfrentar os sucessivos aumentos de preços dos insumos. “Estamos buscando alternativas fora do país. O aço tem sido um grande vilão dessa história. O produto já teve aumento de 50%. Vamos importar aço da Turquia para equalizar os custos e seguir com o plano dos lançamentos previstos para o ano”, afirmou.
A geração de emprego e renda também segue uma tendência de alta no segundo semestre. A expectativa é gerar 10 mil novos postos de trabalho até o final de 2021. O mercado imobiliário do Ceará deverá viver, este ano, a melhor fase dos últimos tempos.
(Com informações do Sinduscon-CE)
