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23/05/2019

Artigo: Cai estoque imobiliário disponível no país no 1° trimestre de 2019

 

Marcos Kahtalian é sócio dirigente da Brain – Bureau de Inteligência Corporativa, empresa de inteligência estratégica, pesquisa e consultoria em negócios, com atuação nacional.

 

 

 

Tiziana Weber é sócia consultora da Brain.

 

 

 

A pesquisa de indicadores imobiliários da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) referente ao primeiro trimestre de 2019 apresentou destaque de vendas em comparação aos lançamentos do período e ao desempenho do primeiro trimestre de 2018. As unidades lançadas representam 51,2% das vendidas, resultado que gerou uma queda de 6% no estoque imobiliário nacional no primeiro trimestre do ano.

Os lançamentos se mostraram estáveis com um aumento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Na comparação com o último trimestre de 2018, os lançamentos apresentaram queda de 62,5%. Os dados, no entanto, não apontam para um encolhimento do setor, mas sim refletem um movimento natural do mercado de timidez de lançamentos nos primeiros meses do ano. Esta tendência de aumento de volume de lançamentos nos trimestres de fechamento de semestre (segundo e quarto trimestre do ano) tem sido documentada desde o início da pesquisa em 2016.

Mesmo com um volume de lançamentos moderado, as vendas apresentaram um crescimento de 9,7% em comparação com o primeiro trimestre de 2018. A queda de 18,9% em comparação com o trimestre anterior é um reflexo direto do menor número de unidades colocadas para comercialização no período.

Evidentemente, dado o maior crescimento de vendas em proporção aos lançamentos, o primeiro trimestre de 2019 trouxe uma redução significativa nos estoques disponíveis a venda. Sendo este período responsável pela menor oferta final levantada desde janeiro de 2016. Podemos observar esse desempenho pelos gráficos:

 

Com os resultados do primeiro trimestre de 2019 com melhor desempenho do que os primeiros três meses do ano anterior, podemos possivelmente esperar um ano com maior aquecimento do setor e um próximo trimestre de maior atividade. A contínua queda dos estoques e progressivos incrementos nas vendas e lançamentos, indicam uma recuperação estável e duradoura para o mercado imobiliário nacional.

 

*Artigos divulgados neste espaço, não necessariamente correspondem à opinião da entidade.

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