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29/06/2018

Crescimento de vendas e queda da oferta são os destaques do 1° trimestre de 2018

O relatório CBIC de acompanhamento dos indicadores do mercado imobiliário, compilando dados de comercialização e lançamentos de imóveis residenciais verticais em 23 regiões brasileiras, aponta alguns notáveis resultados do 1° trimestre de 2018, quando da comparação com o mesmo período de 2017.

Como destaque, houve expressivo crescimento de 22% nas vendas de unidades residenciais na comparação dos trimestres, como se pode ver no gráfico abaixo:

Esse expressivo crescimento em vendas foi puxado especialmente pelas regiões Centro-Oeste e Sudeste que, na mesma comparação, cresceram 62,6% e 26,3% respectivamente.

Já os lançamentos imobiliários, por sua vez, operaram movimento contrário: queda de 30,7% em unidades lançadas na comparação trimestral, com todas as regiões administrativas brasileiras lançando menos. As unidades lançadas totalizam pouco mais de 10 mil unidades, possivelmente indicando uma retomada mais lenta do que o esperado no crédito imobiliário.

Como consequência destes dois fatores, o maior volume de vendas e o menor volume de lançamentos, a oferta final, isto é, os níveis de estoque de imóveis de fato disponíveis para a comercialização, apresentou mais uma redução expressiva de 14,8% na comparação trimestral. Trata-se da continuidade de uma tendência, pois os últimos quatro trimestres avaliados também apresentaram essa redução na oferta comparativa.

Assim, pode-se avaliar que, de fato, os níveis de estoque do mercado imobiliário brasileiro – representado pelo mercado residencial de apartamentos nos principais mercados avaliados, não indicam a oferta como um fator de preocupação, ao contrário. Avalia-se que, na medida em que a recuperação econômica venha a ser sustentada pode mesmo ocorrer crescimento de preços pela maior pressão da demanda e os níveis relativos baixos de novas ofertas (lançamentos) e de oferta final disponível. Note-se que essa queda de oferta é verificada em todas as regiões brasileiras:

 

Assim, o Relatório do primeiro trimestre de 2018 dos Indicadores Imobiliários CBIC indica que, seguindo-se a lógica dessa primeira avaliação, ou seja, com crescimento de vendas em ritmo bem superior ao de lançamentos de novas ofertas, continuará a ocorrer o consumo de estoques, favorecendo a recuperação gradual do preço. Naturalmente, parte da retração de lançamentos pode-se dever não apenas ao crédito mais moderado, mas ao próprio cenário de retomada incerta e ao contexto político indefinido. Há uma possível oferta represada, o mesmo acontecendo com parte da demanda. A perspectiva para 2018 continua favorável na comparação com 2017, devendo os próximos relatórios tornar mais claro o quadro imobiliário nacional, no contexto da recuperação lenta da economia brasileira.

 

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